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Análise: Dragon Ball Xenoverse 2 expande o universo de Xenoverse 1

Dragon Ball foi lançado em 1986 e terminou de ser exibido em 1996 no Japão. Seu sucesso foi absurdo e 20 anos depois de seu término, a marca Dragon Ball criada por Akira Toriyama ainda está em alta. Desde a década de 90 dezenas (talvez centenas) de jogos foram lançados e eles contavam e recontavam a mesma história. E em pleno 2016 a série Xenoverse desafia em re-contar esta história alterando-a o máximo possível para trazer um suspiro de inovação.

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E nasce o novo patrulheiro em Coton City

Xenoverse 2 é uma sequencia do primeiro jogo. Você será o mais novo patrulheiro que irá ajudar a manter a linha do tempo estável de qualquer mudança possível mudança. Algo que me agradou muito é que você será recepcionado por Trunks, a suprema senhora Kaioh do tempo, o antigo velho Kaioh e você mesmo do primeiro jogo! Caso tenha o save do primeiro jogo, você poderá migrar seu herói como o salvador da cidade de Toki Toki, caso contrário, ele será o herói genérico do jogo.

Como no primeiro jogo, você poderá optar em ser um Sayajin, Namekusenjin, Majin, raça de Freeza ou um humano. Aqui eu acho que eles poderiam ter arriscado um pouco mais e ter trazido uma nova raça para o jogo, porém, não o fizeram.

Ao invés de andar na pequena Toki Toki City, você desta vez andará pela grande Coton City. Você poderá andar nela, dirigir seu veículo planador e até voar. O que mais me chamou a atenção nesta cidade, é que cada raça ganhou um hub específico (casa do Sr. Satã, nave de Freeza, casa de Majin Boo, casa do Grande Patriarca e Corporação Capsula) com suas tarefas. Além da história e das corriqueiras missões paralelas, em cada um deste hubs você terá ainda mais missões e alguns desafios para participar no jogo.

E por fim, você poderá encontrar diversos mestres na cidade assim que for fazendo a história do jogo. Poderá escolher entre Raditz, Nappa e Vegeta ou até personagens mais fortes como Freeza, Cell, Majin Boo e Lorde Bills.

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Towa e Mira dão as caras novamente

Como aconteceu em Xenoverse 1, teremos os mesmos vilões em Xenoverse 2. A “doutora” Towa e sua abominação Mira passarão por todas as conhecidas eras de Dragon Ball Z e o início de Dragon Ball Super mudando as peças de lugar. Porém, ao contrário do primeiro jogo, eles não somente adicionarão poder aos inimigos da história clássica, mas também irão tirar personagens de filmes e os darão liberdade para incomodar linhas do tempo que não são de sua origem. Logo no início você enfrenta Slug e Tullece e posteriormente Janemba e Brolly. Também tem o sayajin mascarado que sua identidade é obvia, mas não darei spoiler.

Algo que me decepcionou é que as lutas são fáceis demais. Posso contar em uma única mão as lutas que tive dificuldade e as outras eu praticava o mesmo padrão de ataque com poucas variações: Combo com o ataque fraco + perseguição + Kame Hame Ha. Isso tirava quase uma barra inteira de energia facilitando muito a luta. Porém, a última luta é a melhor do jogo sendo extremamente original em muitos sentidos. Outra crítica ao mesmo tempo negativa e positiva, é que seus aliados durante a luta são menos eficientes do que gostaria, porém, eles chamam a atenção das hordas de inimigos e você pode focar em 1 por vez.

Mas olhando pelo lado positivo, a luta em si está melhor do que o primeiro jogo. Os golpes encaixam melhor e ele está bem mais rápido e fluido. No geral as fases ajudam essa mecânica de luta 3D e digo que é a melhor da série Dragon Ball até então. Porém, como nem tudo são flores, posso afirmar que a fase da nave de Freeza é a pior fase já feita na história. É simplesmente horrível lutar nela, felizmente as lutas nela são opcionais.

Jogo ou anime?

Todos os jogos que são lançados pela Bandai sofrem um grande problema, pois foi ela que lançou a série Naruto Ultimate Ninja Storm e esta série se tornou uma referência para o mundo dos games de anime. Dragon Ball Xenoverse 2 tem uma animação bem decente, porém, fica aquém da série mencionada. Seus melhores momentos são quando os personagens estão no campo de batalha e existe alguma fluidez. Porém, quando eles estão conversando em algum ponto do jogo, chegam a ser assustadoras algumas animações…

Como um alento a esta atuação instável, o jogo lhe traz algumas poucas mas incríveis CG’s, como a do início do jogo e a da luta do Gohan do Futuro, por exemplo. Outra adição bem legal foi a inclusão de alguns trechos de anime. A equipe deveria ter usado mais de ambos recursos.

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Mecânicas de RPG e novidade

Para os desavisados, Dragon Ball Xenoverse 2 tem uma pegada de RPG igual ao primeiro jogo. E para os que conhecem a franquia, ficarão felizes em saber que tudo se encontra lá. A cada aumento de nível você poderá distribuir seus pontos de habilidades para ki, ataque básico, ataque especial, ataque supremo, vigor e saúde. Também poderá equipar suas habilidades e roupas, que conseguirá através de treinamento com os mestres no jogo e ao completar as missões. E por fim, a velha mecânica de formar um time está presente. Você poderá tanto optar em fazer as missões sozinho, com NPC’s ou então com amigos online. Diga-se de passagem: o online funciona muito bem.

A grande novidade nestas missões que ficam fora da história principal é a exploração das fendas temporais. Nelas você encontrará um inimigo muito mais forte do que o normal e o seu time de 6 lutadores deverá usar de estratégia para derrotá-lo, parar ataques de energia gigantes e escapar de uma dimensão que você pode ficar preso. Embora a ideia seja muito bonita no papel, acaba por se tornar um bullying (com o inimigo), pois, por exemplo, personagens de nível 60 irão lutar contra um Nappa Oozaru (macacão) e o destruirão rapidamente.

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Conclusão

Dragon Ball Xenoverse 2 é o melhor jogo de Dragon Ball de luta 3D já feito (que teve o estilo mudado desde a saudosa era Budokai de PS2). Xenoverse 2 importa muita coisa de Xenoverse 1, incluindo suas forças e fraquezas. Sua mecânica de luta foi melhorada e está uma delicia lutar com os amigos ou então cumprir as missões. O jogo está mais bonito e os golpes estão mais plásticos, porém ele ainda peca na animação dos personagens e na repetitividade dos combos que certamente irão lhe garantir a vitória. Outro ponto positivo é a grande quantidade de personagens, contando com praticamente o elenco inteiro de lutadores de Dragon Ball Z e Dragon Ball Super. Ainda assim, o game acaba pecando no fator desafio, diminuindo a satisfação geral que se tem ao lutar e completar a história.

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plataformas = [PS4, Xbox One e PC] nota = [4/5] game = [Dragon Ball] game = [Xenoverse 2] info = [Lançamento: 28/10/2016] info = [Produtora: Dimps] info = [Distribuidora: Bandai Namco] texto = [Xenoverse 2 expande e melhora] texto = [o que vimos em Dragon Ball Xenoverse 1] decisão = [Fãs do estilo irão adorar] positivo = [Melhor que Xenoverse 1] positivo = [Muitos personagens] positivo = [Gráficos melhorados] positivo = [Jogabilidade melhorada] negativo = [Repetitivo] negativo = [Jogo fácil] negativo = [Fase da nave de freeza] }}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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