Enquanto preparamos a análise de Dishonored 2 (vai sair muito em breve, prometo!), nossa equipe teve a oportunidade de jogar bastante com Corvo Attano – protagonista da primeira aventura – ou sua filha, a imperatriz Emily Kaldwin. Sim, pois para quem não sabe, Dishonored 2 vem como a bem-vinda opção de escolha do protagonista. Logo no início do jogo, temos de optar por um ou pelo outro para dar continuidade a trama, que é basicamente sempre a mesma, salvo alguns pequenos detalhes.
As maiores diferenças entre Corvo e Emily estão em suas habilidades. Ambos têm suas próprias maneiras de atravessar o cenário em alta velocidade e em diversos níveis, de passarem despercebidos por patrulhas e de eliminarem os oponentes na surdina ou fazendo muito barulho. A grande sacada dos desenvolvedores de Dishonored 2 foi em manter a paridade entre os personagens. Embora possuam poderes diferentes, nenhum é objetivamente pior ou melhor que o outro, ao invés disso possuindo poderes distintos que permitem aos jogadores abordagens diferentes para as mesmas situações. Além disso, Emily não é mais fraca ou menos capaz que Corvo em momento algum do jogo, e passa, literalmente, pelas mesmas provações do pai.
A história do jogo como um todo parece dizer mais respeito a Emily do que a Corvo (inclusive, antes de selecionarmos entre os personagens, acompanhamos o ponto de vista da jovem mulher), então entendo que os desenvolvedores da Arkane Studios mantiveram Corvo por ali apenas para dar mais opções e acrescentar ao fator replay do título. De qualquer forma, é muito bacana podermos escolher a personagem feminina sem temer nenhum tipo de handicap na aventura que se segue.
Com o novo jogo, Emily Kaldwin entra no ainda pequeno rol de heroínas femininas do mundo dos games. Pode ainda ser cedo para compará-la à Lara Croft ou Samus Aran, cujos jogos já englobam inúmeras gerações, mas Emily tem a personalidade e história ideias para dar certo nesse panteão – e a qualidade dos jogos que protagoniza também.
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