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Análise: Final Fantasy XV é uma viagem inesquecível e imperdível

Final Fantasy teve um longo e conturbado desenvolvimento que fez pairar muitas dúvidas se a espera de 10 anos valeria ou não a pena. Felizmente, como jogador de Final Fantasy há mais de 20 anos, posso afirmar que Final Fantasy XV é uma das histórias mais profundas contada da série e entrega uma maravilhosa experiência.

Claro que antes de você jogar, é obrigatório você ler esse post que explica um pouco mais do mundo de Eos e da história de cada personagem.

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E começa a jornada do príncipe Noctis

Antes de iniciar o jogo é extremamente recomendável que assista o filme Kingslaive para entender todo o primeiro capítulo do jogo que começa com Noctis Lucis Caelum e seus amigos/guardiões Gladiolus Amicitia, o guarda costas de Noctis, Ignis Scientia, um grande estrategista e cozinheiro do grupo e seu amigo Prompto Argentum, embarcando em uma aventura pelo mundo de Eos.

Alguns dias após sair da cidade real de Insomnia eles descobrem que a cidade sofreu um ataque do império e que foi tomada completamente. Não somente isso, o rei, e pai de Noctis, Regis Lucis Caelum CXIII é declarado como morto juntamente com o oráculo, que é sua prometida Lunafreya Nox Fleuret, e o próprio Noctis. Logicamente eles saem em buscas de respostas e descobrir a real situação deste golpe e buscar poder o suficiente para se vingar do império que está colocando o mundo a mercê de demônios, escuridão e caos completo.

Ao longo do jogo você encontrará diversos ótimos personagens como os sempre presentes Cid, Biggs e Wedge. Também temos a ótima Cindy que é a mecânica de seu valioso Regalia (seu carro), o intrigante e suspeito Ardyn, a simpática Iris Amicitia (irmã de Gladiolus) e muitos outros ótimos personagens.

Algo que devo enfatizar é que os personagens são muito bem-vindos e bem construídos. É tão bem feito que você se sente deprimido quando algo ruim acontece e fica em completa sintonia com Noctis quando encontra o antagonista (fazia tempo que eu não sentia tanta raiva de um inimigo).

final fantasy xv

Gente como a gente e a força da amizade

Já pincelei acima que Final Fantasy XV tem personagens muito bem construídos e muito bem vindos. Porém, o jogo não brilha por causa deles, mas sim por causa da relação extremamente humana e sincera entre os personagens. É muito difícil colocar tamanha brodagem em palavras, mas tentarei. Sempre que acontece algo no mundo os personagens conversam dentre si e dispara diálogos completamente críveis.

A maior frequência de bullying acontece com Prompto, pois ele é o membro mais tranquilão e infantil do grupo. Logo no inicio ele se apaixona pela Cindy e durante toda a aventura ele fica preocupado com ela. Claro que seus amigos sempre ficam perturbando ele (como um bom amigo faria) sobre sua paixão adolescente. Ele também é um fotografo amador e diversas vezes ele pede para parar e tirar uma foto de recordação. Diga-se de passagem, todas fotos desse post foram tiradas por ele.

Dentre esses momentos inesquecíveis 3 ficaram marcados para mim (não é spoiler, não se preocupem):

  • Após uma luta aleatória e eu fazer um ataque de link com um amigo ambos bateram a mão (hi five) e falaram: “Isso aqui é muito amor”.
  • Durante uma das longas viagens de carro um dos membros falou: “Que tal pararmos um pouco para o Ignis (ele que normalmente dirige) descansar um pouco”?
  • A alegria sincera e Prompto ao visitar o rancho cheio de Chocobo.

Ainda em tempo, tenho que dizer que a localização (vai além de simplesmente legendar o jogo) está incrível e diversas expressões que usamos no dia a dia estão dentro desta aventura.

final fantasy XV

O sempre Ilustre Regalia

Seu carro, o Regalia, tem uma participação fundamental em Final Fantasy XV. Antes de mais nada adianto que sua direção é limitada para dentro da estrada e o jogo não é GTA. O objetivo principal do Regalia é ser um meio de locomoção no mundo de Eos e para fortalecer os laços de amizade entre os amigos. Dentro dele você terá diversas conversas “pequenas” sobre o dia a dia da vida deles.

O quick travel estará disponível para as localidades principais após sua primeira ida até lá. Porém, antes de ir pela primeira vez, você é “obrigado” a ir fazendo todo o percurso. E isso é incrível, pois é durante essas viagens que você verá a grandiosidade de Eos e as mais diversificadas paisagens. Em certas vezes é possível até reparar na fauna que está atravessando a rua, ajudar pessoas com o carro quebrado ou achar pontos de interesse.

E tudo isso é feito ouvindo sua música preferida de Final Fantasy. É possível comprar os discos de cada jogo da franquia e ouvir dentro do Regalia. Também é possível comprar um MP3 player e ouvir ao longo de sua jornada e luta. Por fim, o Regalia ganha diversos upgrades ao longo da história principal e a habilidade de voar após terminar o jogo. O que é sempre customizável, é a cor dele, de seu estofado e detalhes no carro.

Os apaixonados por carros entenderão o amor entre o carro e seu dono.

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Summons nem tão majestosos e pequenos problemas

Os summons tem uma participação diferenciada em Final Fantasy XV. Enquanto normalmente você gastaria uma quantidade grande de mana para chamar uma das deidades, você tem que contar com a boa vontade delas para aparecerem ao longo do jogo. Na teoria, elas aparecem para te ajudar quando você está passando por um problema sério durante uma luta, porém, isso nem sempre acontece. As vezes elas aparecem já no último inimigo com a vida no final ou então não aparecem. Também aconteceu de eu iniciar uma luta e elas aparecerem sem nenhuma explicação.

Entendo que a Square Enix quis dar um ar de grandiosidade a essas invocações e deixar claro que elas mudariam o percurso da batalha. E isso é feito de forma primorosa, não me entendam mal. Toda vez que um deles aparece é sempre muito satisfatório e com uma animação inigualável. Porém, é simplesmente chato você não poder ter controle algum de quando vou aparecer ou qual irá aparecer. Como exemplo, posso dizer que meu primeiro summon, que foi o Titã, nunca apareceu para mim, enquanto isso Ramuh e Shiva eram figurinhas repetidas.

Além dessa falta de controle que me incomodou, tive um outro incomodo ao longo do jogo que foi o maldito botão de ação. Diversas vezes você pode interagir com um objeto, escolher uma sidequest, falar com alguém e etc. Porém, ao tentar fazer isso, você ficará pulando que nem um retardado até efetivamente executar a ação. Isso incomoda mais quando está numa situação que precisa de agilidade e precisão.

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Sistema de combate e acampamento

O grande diferenciador de Final Fantasy XV dos outros títulos de sua franquia é seu sistema de batalha que foge de batalha de turno e vai para um estilo mais ação. Felizmente posso dizer que ele funciona muito bem e depois de um tempo, você se entende muito bem com ele. Noctis pode equipar até 4 armas variando entre das armas normais, armas de reis e magias e troca “on the fly” durante a luta. Já seus amigos, podem carregar até 2 armas (magia inclusa) que eles usarão a bel prazer de acordo com cada luta.

Além de atacar normalmente e usar as magias, é muito aconselhável usar de estratégia para vencer as batalhas que é abusar da esquiva e atacar por trás. Além de aumentar o dano, quase sempre acontecerá um ataque de elo com um de seus amigos que acaba sendo um ataque devastador. Outro diferencial na luta é que Noctis pode se teletransportar para fazer um ataque mais forte (de impacto) ou então fugir do calor da batalha para recuperar HP e MP.

O problema desse sistema não está nele, mas sim em sua câmera. Enquanto ele funciona perfeitamente bem em campos abertos, a câmera vira uma bagunça quando você está numa quina ou então num lugar mais fechado (infelizmente esse problema acontece em muitos jogos hoje em dia). Outro problema é quando está numa região com muitas árvores. É certo que você perderá um tempo reajustando o angulo da câmera para achar o melhor angulo da luta.

Após batalhar e cumprir missões você acumula XP. Para você efetivamente subir de nível é necessário que acampe ou então durma num trailer/quarto de hotel. Cada um desses lugares te da um benefício de aumentar o XP na hora de contabilizá-lo para sua party. Enquanto o trailer da 1.2 vezes, os hotéis dão 1.5 vezes e um lugar em específico dobra todo seu XP ganhado! Já o acampamento ao ar livre não lhe dá esse bônus, porém, Ignis poderá cozinhar e a comida melhorará seus status para o dia seguinte.

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Chegou a hora de dizer Adeus

Final Fantasy XV chegou com muita hype e conseguiu mantê-la ao longo do jogo. A relação entre os personagens é simplesmente maravilhosa e é o ponto alto do jogo. Como esperado de um Final Fantasy sua história é muito boa e cheia de reviravoltas com personagens muito bem construídos e carismáticos. Todo esse cenário te coloca dentro da história de forma muito bem feita e você se importa com cada personagem e cada fato dentro do jogo te toca como te tocaria na vida real. É desnecessário perder tempo dizendo o quão bonito e bem feito são as animações do jogo e que sua trilha sonora é a melhor em tempos.

Como ponto negativo temos que ressaltar o botão de ação que funciona de forma atrapalhada, a falta de controle dos seus summons e a câmera que fica presa em certos pontos do cenário. Isso não chega a atrapalhar a experiencia em Final Fantasy XV, mas eventualmente incomoda.

{{

game = [Final Fantasy XV]

info = [Lançamento: 29/11/2016]

info = [Produtora: Square Enix]

info = [Distribuidora: Square Enix]

plataformas = [PS4 e Xbox One]

nota = [5/5]

decisão = [Compra obrigatória]

texto = [Final Fantasy XV abraça fãs e não fãs de RPG]

texto = [ao entregar uma experiencia incrível]

positivo = [Personagens e história]

positivo = [Bons antagonistas]

positivo = [Amizade dos personagens]

positivo = [Regalia e cenários]

positivo = [Dungeons bem feitos]

negativo = [Pequenos problemas técnicos]

negativo = [Falta de controle do summon]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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