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Análise: Aragami se inspira em clássicos de stealth para entregar um ótimo indie em 2017

Você acaba de ser “despertado” em meio a uma guerra entre clãns de samurais no Japão feudal. Sem se lembrar de nada, você é recebido pela projeção de uma princesa aprisionado em um castelo que clama por ajuda e vingança. Você é uma sombra, um espectro de morte que não descansará até concluir sua missão. Você é Aragami.

Assim começa uma das gratas surpresas que o mercado gamer recebeu neste início de 2017. Aragami é um título ousado que busca um lugar ao sol inspirado em grandes clássicos das gerações passadas de videogame. Bebendo em fontes como Tenchu e Metal Gear, Aragami te leva às origens dos jogos de stealth. Se esconder, estudar a movimentação dos inimigos e agir com cautela na hora exata.

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Indie, mas com disposição para ser grande

Desenvolvido pelos estúdios Lince Works, uma pequena equipe indie localizada em Barcelona (Espanha), Aragami já nasce grande. Apesar do pouco investimento, o resultado surpreende pela qualidade intelectual de seus desenvolvedores. O jogo não apenas traz mecânicas saudosas (e um pouco esquecidas), como inova ao apresentar elementos frescos que agregam bastante à experiência do jogo. Aragami é extremamente simples, mas a criatividade da rapaziada da Lince Works transforma o título, que teria tudo para ser mais um em um oceano de novidades indies, em algo que chama a atenção.

Design moderno e clássica identidade com o Japão Feudal

Os gráficos são simplistas (não simplórios) e trazem uma estética bem moderna, sem perder a caracterização inconfundível do Japão feudal (um dos períodos históricos mais amado pelos gamers). Personagem principal, Aragami, é bem detalhado e suas animações são muito legais. Novamente, tudo é simples, mas é de se tirar o chapéu alcançar esse nível de gráfico vindo de um estúdio pequeno onde os investimentos são ínfimos.

Vingança, morte e uma trama sinistra

Como falamos no começo desse texto, Arigami é um jogo de stealth em terceira pessoa no qual você controla um sombrio espectro. Você foi invocado do mundo dos mortos pela princesa Yamiko, que elaborou um plano astuto no qual você é a peça central. E isso te leva a pensar durante o jogo: que tipo de princesa invocaria um espírito sombrio para matar seus inimigos? Seria você um libertador de uma princesa indefesa ou um fantoche para uma vingança insana? Tchan, tchan, tchan…

Fantasma ou demônio: qual estilo lhe agrada mais?

Assim como nos clássicos jogos de stealth, em Aragami você também pode escolher jeitos distintos de avançar pelo jogo. Ser um demônio é o tipo ideal para aqueles jogadores que preferem limpar o cenário antes de prosseguir pela área. Isso facilitará encontrar os pergaminhos que lhe garantem novas habilidades. Sem eles você dificilmente melhorará seu Aragami. Porém, sendo um fantasma, você certamente avançará mais rápido pelo jogo e gastará MUITO menos horas esperando o momento exato para matar todos os inimigos de determinada área.

Claro, você também pode misturar os estilos e o jogo não lhe punirá por nenhuma das escolhas. Pelo contrário: é uma grata opção de estilo de jogo que ele lhe dá.

Invoque um amigo das sombras para lhe ajudar na jornada

Essa foi uma das adicções que achei mais incríveis. Em Aragami, é possível jogar em co-op (online) com outro ninja espectral para lhe ajudar nos momentos de maior perrengue. Claro, o caminho inverso também é possível, no qual você se disponibilizará a ajudar outro Aragami em sua batalha por vingança e sangue.

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Bugs e quedas de framerate

Infelizmente nem tudo são flores para Aragami. Por ter gráficos e mecânicas “simples”, surpreende negativamente que Aragami apresente quedas de framerate tão bruscas. Um simples virar de câmera e notamos claramento a queda. Alguns bugs também foram notados, quando em determinado ponto do jogo invocamos um dos poderes do Aragami e o jogo simplesmente fecha e nos leva para a tela inicial do console. Erro grave, mas que pode ser corrigido com uma atualização ou em futuras DLCs.

Conclusão

Aragami é um trabalho belíssimo feito pelo muito competente time da Lince Works. Apesar de ser claramente um indie, Aragami tem jeitão de jogo grande e poderemos ver grandes e belos trabalhos do estúdio muito em breve. O jogo possui pequenos erros que atrapalham um pouco a experiência do jogador, mas o resultado final são horas de diversão em um game o qual seu estilo fazia falta ao mercado. Por ter um preço abaixo dos títulos AAA, Aragami desponta como uma ótima opção.

{{

game = [Aragami]

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info = [Lançamento: 27/01/2017]

info = [Produtora: Lince Works]

info = 

plataformas = [PS4, PC e Xbox One]

nota = [4/5]

decisão = [Compra obrigatória para fãs de Tenchu]

texto = [Stealth em sua essência mais amada]

texto = 

positivo = [Clássico gameplay stealth]

positivo = [Fotografia marcante]

positivo = [Enredo]

positivo = [Co-op online]

negativo = [Alguns problemas técnicos]

negativo = 

negativo = 

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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