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Análise: Digimon World: Next Order vai testar sua paciência até os limites

Em 2016 foi lançado no Ocidente o jogo Digimon Cyber Sleuth que foi um sucesso imediato. Tanto eu como outros membros do site amaram o jogo e gastamos mais de 50 horas jogando ele e fazendo a evolução perfeita enquanto aproveitávamos a história e sua ótima mecânica. Agora em 2017, temos a re-leitura da franquia Digimon World, que de certo modo é um reboot do primeiro jogo lançado para PS1.

Como será que a Bandai transcreveu essa aventura de tantos anos para os dias de hoje?

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Bem vindo ao Digimundo

A história de Digimon World: Next Order é extremamente simples. Alguns tamers são escolhidos para entrar e salvar o digimundo. A grande crise dessa vez é que diversos Machinedramon estão a solta causando caos no mundo digital. Como sua principal função, você deverá trazer todos os Digimon que estão “largados no mundo” para a cidade de Floatia. Para recrutar eles para sua aldeia, você deverá cumprir seus pedidos que são uma espécie de quest secundária.

Dito isso, a aventura começa. Você irá escolher seu Digimon bebê e irá treiná-lo até virar um Rookie. Depois disso, você será liberado para explorar o digimundo que é repleto de ameaças e inimigos. E aqui já vemos a primeira forte herança do primeiro Digimon World, a parte de treinamento. E diferente de muita coisa desse jogo, essa parte é bem funcional. Você poderá optar em fazer diversos tipos de treinamento com foco em HP, MP, ataque, stamina, etc. E isso tornará seus Digimon mais fortes e aptos para lutas como para evoluções. Marque minhas palavras, você gastará horas treinando eles.

Algo que deve ser comentado é a dificuldade do jogo, ele não é nem um pouco fácil. Ao entrar em uma nova área, você muito provavelmente sofrerá para derrotar seus inimigos. Como exemplo, posso dizer que após 6 horas de jogo eu ainda encontrava dificuldade para derrotar um inimigo que se encontrava no nível 6.

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Sistema de combate morno

Ao andar no campo aberto, você verá que os Digimons andam livremente e possuem um indicador do nível de cada um. Normalmente eles irão te atacar, mas caso você esteja muito forte, eles irão ficar amedrontados e fugirão de você. Isso lhe dará uma boa pista se vale ou não a pena entrar em uma luta.

Ao engajar na batalha você irá comandar seus dois parceiros e ai já temos minha primeira crítica. O “controle” de seus parceiros é extremamente reduzido. Você será jogado numa arena que eles andarão por vontade própria. A única coisa que você pode fazer como treinador é incentivar eles (apertar o botão x) que ganharão pontos de comando. Assim que chegarem a um valor específico, será possível dar um comando de ataque, especial ou melhoria de status. Porém, tenha muito cuidado com isso, pois seus colegas de luta são burros. Caso você não esteja na área de alcance do ataque, ele atacará e você perderá essa oportunidade. Tem que ter paciência e esperar seus Digimons estarem perto do inimigo para ai sim darem o ataque.

E caso você não faça nada, tudo o que verá será seus Digimons andando nesse círculo e dando ataques básicos de tempo em tempo.

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Babá de seres digitais e evolução

Algo que é muito comum na série World, é a necessidade de cuidar de seus Digimons. Então sim, eles sentirão fome, sono, cansaço, felicidade, tristeza, rebeldia e até vontade de ir ao banheiro. E isso tudo vai influenciar diretamente os status deles. Mas, para que vou querer me preocupar com isso ou então tratar bem ou mal eles? A resposta para isso é muito simples, EVOLUÇÃO.

Todos sabemos o que queremos ao jogar Digimon World: Next Order, um time com War Greymon e Metal Garurumon. E para chegar neles, você deverá ter uma paciência a ponto de ser canonizado pela igreja. Antes de mais nada, você pode ser legal ou um completo babaca com seu Digimon. Se você for legal, poderá chegar a um Greymon e outros. Mas caso você seja um péssimo treinador, ele se transformará um um Digimon “du mal” como SkullGreymon, Nunemon ou até num Sukamon.

Porém, não pense que é simplesmente isso. Seu Digimon VAI morrer mais cedo ou mais tarde. E terá que refazer tudo. E de novo e de novo e de novo… Isso irá acontecer até ele renascer com os melhores status e conseguir ser o “Digimon perfeito”. E claro, ele vai morrer em algum momento.

O grande problema é, não existe um controle específico sobre o sistema de evolução. Pegando o Cyber Sleuth como exemplo, existia um sistema penoso para as evoluções, mas você chegava até onde queria. Perdi a quantidade de vezes quando queria o Digimon A e evoluía para o B. Ou então quando treinava muito para uma quest e ele morria. Vale dizer que ao longo das tentativas de evolução você ganha pistas sobre sua evolução, mas nem sempre é tranquilo controlar os status necessários.

Para entender um pouco melhor esse sistema penoso, confira abaixo nosso gameplay onde gastamos muito tempo treinando e lutando até evoluir.

Conclusão

Se eu pudesse resumir esta análise eu diria o seguinte: Treine, eduque, de comida, cate cocô, lute, morra e faça tudo novamente. Por mais que a franquia seja conhecida por exigir do jogador tempo e dedicação em seus jogos, é claro que existe um desequilíbrio em Digimon World: Next Order. Ser dono de seu próprio destino é uma tarefa muito árdua ao longo do jogo e você passará horas para evoluir na história que não é tão apelativa.

Não me entendam mal, o jogo funciona em suas mecânicas e é um bom reboot da franquia. Porém, exige uma paciência de jó que muitos não terão e é clara a falta de equilíbrio no jogo com relação a inimigos/treinamento/evolução.

{{

game = [Digimon World]

game = [Next Order]

info = [Lançamento: 31/01/2017]

info = [Produtora: Bandai Namco]

info = [Distribuidora: Bandai Namco]

plataformas = [PS4]

nota = [3/5]

decisão = [Espere uma promoção]

texto = [A falta de balanceamento em suas mecânicas]

texto = [fará com que se canse da repetitividade]

positivo = [Nostalgia da série]

positivo = [Treinamento direto]

negativo = [Combate sem interação]

negativo = [História medíocre]

negativo = [Evolução confusa]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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