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Análise: Hakuoki: Kyoto Winds marca o novo retorno de um clássico.

Hakuoki é um dos melhores, se não o melhor, visual novel produzido pela Idea Factory. Seu lançamento original ocorreu no Playstation 2, porém, esta versão nunca deu as caras no ocidente. Mesmo sendo um “otome game” (visual novel feito para garotas), este jogo conseguiu fazer sucesso com o público masculino por não dar um foco total no romance e também introduzir as questões políticas em volta do Shinsengumi (policia militar que do século XIII que trabalhava em meio do regime militar feudal forçado pelos membros da família Tokugawa) e a inclusão de misticismo na história. Tanto que uma sequencia prequel foi desenvolvida e tinha como protagonista um rapaz e cada rota da história era desenvolvendo sua amizade com os membros da Shinsengumi.

Posteriormente o jogo recebeu relançamento para o PSP e PS3, sendo que estes foram lançados no ocidente e deram retorno para a sua produtora, já que Hakuoki: Kyoto Winds mal lançou no Japão e já está recebendo sua localização no ocidente. Vale citar que este é um remake do primeiro game tendo adição de 6 novas rotas com direito a três novos personagens.

DE KYOTO ATÉ A GUERRA

A protagonista da história se chama Chizuru Yukimura (você pode mudar o nome dela). Ela é uma garota na adolescência que está em busca de reencontrar que seu pai que sumiu ao viajar para Kyoto. Determinada ela parte para esta jornada apenas com a sua espada que é herança familiar, porém, ao chegar ao seu destino acaba notando que Kyoto não é uma cidade tão amigável. Em meio da noite, a jovem heroína acaba se envolvendo num incidente nada agradável, mas é “salva” por Okita, Saito e Hijikata. Três membros importantes da Shinsengumi.

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A partir desde ponto mostra como é o convívio de Chizuru com os membros desta policia feudal. Este arco da história tem seis capítulos e só então inicia o segundo arco contendo maior ação na história e um desenvolvimento mais notável da protagonista e dos personagens em sua volta, principalmente, porque neste ponto iniciam-se as rotas. Um dos vários personagens masculino se tornará protagonista ao lado da jovem e juntos terão que confrontar problemas, vilões e, por fim, um final podendo ser de “amor verdadeiro”.

É interessante comentar a maioria dos personagens existentes no jogo são baseados em pessoas reais que compartilham do mesmo nome e possuem semelhanças em suas histórias.

QUESTÕES TÉCNICAS

Por ser um visual novel não tem muito que se falar da jogabilidade, uma vez que, a base vem a ser apenas apertar um botão para passar o texto até surgir uma pergunta na qual você tenha que escolher qual opção a protagonista responderá. Se comparado com as novels mais atuais, podemos notar que Hakuoki segue o padrão clássico da sua época onde não era tão interativo como Danganronpa, Zero Escape ou Arcana Famiglia (que também é um otome game).

É possível notar o cuidado que a Idea Factory teve ao produzir o jogo, uma vez que a ambientação, trilha sonora e até mesmo os menus de Hakuouki: Kyoto Winds consegue trazer maior imersão aos jogadores. Fora isso, também tem a enciclopédia e a opção de acessá-la rapidamente toda vez que uma palavra ou nome novos surgem. Deste modo não tem risco da pessoa ficar boiando em algum termo desconhecido ou não saber do que ou quem se trata tal nome.

O INCENTIVO PARA QUEM JÁ JOGOU A VERSÃO DO PSP E PS3

Por ser um remake é obvio que encontraremos a mesma narrativa existente na versão original. Por mais bem feita que esta seja, será que consegue incentivar uma nova compra? A resposta é um grande “sim”. Mesmo seguindo a mesma história, temos uma ampliação desta ao terem adicionado novas seis rotas com três novos personagens. Heróis antigos, porém esquecidos, agora possuem um foco maior juntamente de sua própria rota. Eles são: Yamazaki, Sanan e Shinpachi (no qual eu não nunca entendi porque não teve uma rota na primeira versão).

Enquanto isso, os novos protagonistas adicionados ao jogo foram Souma Kazue, Iba Hachirou e Sakamoto Ryouma.

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Uma de minhas curiosidades foi como iriam adicionar esses três personagens a algo no qual nunca tinham sido citados. A Idea Factory tomou a correta decisão em não mexer de forma drástica na história já estabelecida no jogo original e apenas aproveitar de alguns textos para adicionar citações para que o jogador esteja mais ambientado na hora de iniciar uma das três rotas. Fora isso, o conteúdo delas é totalmente inédito a ponto de usar e abusar da liberdade que possuem ao desenvolver essa nova parte da narrativa. Acaba sendo um presente gratificante para quem já se aventurou na versão de PSP/PS3. Além disso, para os fãs de primeira viagem acaba sendo um pacote completo.

CONCLUSÃO

Em uma época em que o lançamento de visual novel está em alta no ocidente e que os atuais otome game da Idea Factory não tem apresentado o mesmo brilho de sua época dourada, Hakuoki: Kyoto Winds chegou em boa hora tanto para o público ocidental quanto para o oriental. Mantendo os fatores que o fizeram um sucesso em seu primeiro lançamento e adicionando conteúdo sem descaracterizado, este acaba sendo uma das melhores visual novel e o melhor otome game presente na biblioteca do PSVita.

Algo no qual deixou a desejar é a falta de uma opção de não poder seguir direto para as rotas novas se acaso a pessoa já é um conhecedor da franquia.

Seu único defeito é deixar os fãs da Idea Factory ansiosos por um remake de sua sequencia ou da série Hiiro no Kakera.

Por fim fiquem o veredito e uma referência a Star Wars:

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{{

game = [Hakuoki:]

game = [Kyoto Winds]

info = [Lançamento: 16/05/2017]

info = [Produtora: Idea Factory / Design Factory]

info = [Distribuidora: Idea Factory International]

plataformas = [PSVita]

nota = [4/5]

decisão = [Compra obrigatória para fãs do gênero]

texto = [Um grandioso retorno de um visual novel clássico,]

texto = [no qual agrada o público feminino e masculino]

positivo = [Ótima narrativa]

positivo = [Romance não é forçado]

positivo = [Novas rotas]

positivo = [Bons personagens]

negativo = [Ter que rejogar rotas antigas]

}}

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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