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Análise: Knack 2 é a luz no fim do túnel para a série

O primeiro Knack foi um título de lançamento para o PS4. Quando ele foi revelado, muitos ficaram se questionando sobre o jogo, pois a nova geração que tanto prometia e o público que tinha acabado de ver The Last of Us para o PS3 não se conformou com Knack para PS4 como o próximo passo de evolução dos games. Na minha opinião, Knack original era um jogo muito mais simples do que ruim, mas isso não impediu a íra dos gamers. A Boa notícia é que Knack 2 melhora e muito o primeiro jogo da série, conseguindo entregar um bom jogo. Claro, ele não sentará ao lado dos grandes exclusivos do console, pois tem suas falhas, mas também não será escorraçado em praça pública, muito pelo contrário, é possível se divertir bastante com o jogo.

A galera reunida mais uma vez
A galera reunida mais uma vez

A velha nova história de Knack e personagens medianos

A história de Knack II tenta explicar mais deste mundo em que conhecemos Knack, contando a história dos antepassados dos Goblins e dos humanos.

Ao longo das mais de 10 horas de jogo, iremos controlar Knack através de diversos cenários, aqui eu adiciono como o jogo ficou mais bonito dentro de sua arte, e iremos conhecer mais sobre Marius, o grande guerreiro humano que fundou a ordem dos monges e derrotou os Alto Goblins, os antepassados dos Goblins. Nessa história, quem acaba ganhando mais destaque são os Alto Goblins que eram uma civilização antiga e com grande conhecimento e domínio sobre a tecnologia. Eles construíram diversos tipos de robôs, armaduras e armas especiais para dominar o mundo, mas acabaram sendo derrotados por Marius e sua esperteza.

E aqui temos o grande primeiro diferencial no jogo: a diversa gama de inimigos, dentre eles, robôs, muitos robôs de todos tamanhos e cores. Essa história é aceitável até um certo ponto onde acontece um plot twist. Devo dizer que essa história não é grandes coisas mas funciona bem dentro da lógica do mundo de Knack. Após o mencionado plot twist a credibilidade do jogo cai um pouco, o foco é completamente outro… digno de cientista maluco de filme B.

Ora, ora. temo um xeroque holmes aqui
Ora, ora. temo um xeroque holmes aqui

Outro ponto que não brilha é o roteiro e os personagens medianos. Muitos dos que vocês viram no primeiro jogo estão de volta como: Lucas, o Doutor, seu tio e alguns poucos novos personagens como Xander (o líder dos monges) e Ava (sua aprendiz). A maioria das missões você será seguido por Lucas, seu grande amigo. A grande verdade é: Não faz sentido algum eles te seguirem, pois não agregam em nada na exploração ou no combate. Nem ao menos dão dicas para ajudar na solução de quebra cabeças. Isso sem contar com alguns diálogos bobos como, por exemplo, em certo momento o Doutor fala com Lucas que ele tem que levar a situação mais a sério, porém, ele está levando a situação a sério. Foi uma tentativa de mostrar uma superioridade ou então daquele “pai”chato, mas sem qualquer sentido. Certamente o único que se destaca é o Knack. Ele sabe a hora de agir, de pensar, de ser engraçado e de ser sério.

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Pense antes de pular

É hora de pular de plataforma

Se a história e os personagens são fracos, não posso dizer o mesmo do coração do jogo, os desafios de plataforma. Para quem não sabe, é necessário quebrar a cabeça (já adianto que o nível de quebra-cabeça é médio) para resolver diversos desafios e progredir na fase. Esses desafios são os mais variados como, por exemplo, a necessidade de alternar de tamanho para se esquivar de armadilhas, ou então carregar um bloco de pedra para servir de base para alcançar uma plataforma. Esses são dois pequenos exemplos para as muitas possibilidades dentro do jogo, mas a maioria te obrigará a observar a velocidade e padrão das plataformas e, com isso, achará o melhor caminho.

Para resolver muitos desses puzzles temos o retorno dos “Knacks especiais”, ou seja, o Knack de gelo, de metal e de cristal. Em pontos específicos, será possível você aderir ao seu personagem peças específicas, dando habilidades extras. Por exemplo, ao somar partes de metal em seu corpo, será possível conduzir energia e ativar dois pontos de luz. Já o poder de gelo fará com que possa congelar seus inimigos. Por fim, o de cristal irá lhe ajudar nos puzzles envolvendo lasers.

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Lindos visuais entre um pulo e outro

No geral essa foi a parte mais prazerosa do jogo para mim e onde mais me senti desafiado a testar minha agilidade e precisão. Porém, como nem tudo são flores, sou obrigado a fazer uma pequena crítica à movimentação. Por se tratar de um jogo 3D com desafios de plataforma, algumas vezes eu sentia que a precisão dos pulos poderia ter sido um pouco melhor. Como exemplo, quando com o Knack pequeno, eu sempre pulava para a próxima plataforma “esfregando” minha cara na parede para ter certeza que não iria cair no abismo por um motivo bobo. E mesmo assim, eu eventualmente falhava nos pulos.

Tão grande que mal cabe nas ruas
Tão grande que mal cabe nas ruas

Knack Smash

O grande atrativo de Knack, é que ele tem o poder de absorver relíquias e aumentar o seu tamanho. Podemos dizer que seu tamanho padrão é de 1,6 metros e que chega rapidamente a 2 metros. Ao longo das fases você pode optar em pegar algumas caixas que fará o seu tamanho final mudar, mas é certo que você vai querer pegar todas as relíquias, pois quanto maior mais forte você será. A impressão que tive é que quando você chega aos 4 metros, o jogo se torna mais fácil, pois será uma máquina de destruição. Tirando algumas fases especiais, o maior tamanho que você chegará, será 6 metros.

Além de seu tamanho e força bruta, Knack vem com uma árvore de habilidade e alguns novos golpes. Em certo momento no início do jogo Ava se questiona como Knack já salvou o mundo com apenas 3 socos e um chute. Para mudar esse cenário, Knack poderá agarrar, socar, chutar, dar um soco forte, barragem de socos e mais. Isso tudo será alimentado e melhorado através de uma árvore de habilidade onde podemos melhorar a velocidade e poder de seus golpes. Um exemplo que posso dar é a esquiva. Ela pode ser aprimorada inicialmente para ir para trás de seu inimigo e depois para dar um pequeno dano ao esquivar. Ou seja, é possível manter um dano contínuo após evoluir Knack.

Além de bater, Knack sabe pilotar tanques
Além de bater, Knack sabe pilotar tanques

Knack II evoluiu muito bem o sistema de combate e ele é infinitamente melhor do que o primeiro… mas duas coisa me incomodaram:

1 – Certas habilidades você ganha através da Ava. Isso não seria nenhum problema se o jeito de consegui-las não fosse com ela fazendo uma bola de energia e colocando em seu núcleo. Isso simplesmente não faz sentido algum.

2 – Embora exista um especial, ele é limitado à áreas específicas contra oponentes específicos. Ao invés de dar a liberdade ao jogador para escolher o melhor momento para usá-la, o jogo te força a usar em momentos pontuais. O problema disso é que essa luta deixa de ser desafiadora pois você está em um momento de invencibilidade. Ou seja, quando isso acontece é simplesmente um momento perdido. A única parte positiva é o show de luzes e partículas que pode ser visto.

Você literalmente tem que se meter em todo buraco
Você literalmente tem que se meter em todo buraco

Explore muito bem

O mundo de Knack II é repleto de itens para ser achados. Se existe uma lição no mundo dos videogames, é que se o jogo lhe manda ir para a direita, você vai para a esquerda antes para ver o que poderá encontrar. Em Knack II, isso é levado ao pé da letra e será possível encontrar 3 tipos de itens:

1 – Baús de experiência que irá usar para melhorar sua árvore de habilidade.

2 – Peças de itens que se achar o set completo, poderá montar um item para lhe dar um bônus. Por exemplo, um dos itens que eu montei, me dava a habilidade de ver o HP dos inimigos.

3 – Jóias preciosas que servem para nada. Caso você leia a descrição, ela dirá que se pegar um número específico, ela ajudará em um golpe específico. Mas a verdade é que após pegar mais de 10 de cada, não senti diferença alguma.

O interessante desses lugares escondidos, é a sutileza em que o jogo lhe dá a dica de onde eles estão. Uma dica que posso dar é de sempre ficar atento na direção em que os insetos fogem ou então a certos pontos de energia, espalhados em lugares não tão comuns.

Vai ter muito robozão em Knack II
Vai ter muito robozão em Knack II

Conclusão

Knack II certamente nos mostra uma clara melhoria na série. Ele melhora o primeiro jogo em seu visual, nas opções de combate e exploração. A adição do modo cooperativo é sempre bem-vinda, uma vez que o jogo está com uma boa mecânica de luta. Porém, existem algumas inconsistências durante o jogo como um roteiro fraco e personagens nada marcantes, assim como algumas coisas que não fazem sentido algum.

Diferente de Knack, que larguei o jogo na metade e achei simplesmente “ok”, eu me diverti e concluí Knack II. Consegui enxergar boas ideias ao longo de suas mais de 10 horas de jogo e fui desafiado em diversas partes. Inicialmente eu diria para esperar uma promoção para pegar Knack II, porém, por seu preço de venda ser de U$ 40 (R$ 150) ao invés dos normais U$60 (mais de R$200), posso afirmar que o preço está super justo.

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game = [Knack II]

game = []

info = [Lançamento: 05/09/2017]

info = [Produtora: Sony Japan]

info = [Distribuidora: Sony]

plataformas = [PS4]

nota = [3/5]

decisão = [Diversão por um preço justo]

texto = [Knack II melhora muito o que vimos no]

texto = [primeiro jogo, mas sofre com inconsistências]

positivo = [Lindos gráficos]

positivo = [Desafios de plataforma]

positivo = [Combate divertido]

positivo = [Co-op]

negativo = [História fraca]

negativo = [Personagens medíocres]

negativo = [Pequenos erros no Design]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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