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Análise: Doom para Switch tem a mesma diversão das outras versões

DOOM chegou em 2016 fazendo um reboot na mitológica série que teve seu auge na década de 90, esta que andava de mãos dadas com seu “primo” Wolfenstein 3D. Ao chegar no ano passado, DOOM 2016 marcou seu espaço na história dos games, apresentando um jogo com jogabilidade insana, uma trilha sonora memorável e MUITA ação, morte e sangue.

Quando a Bethesda anunciou que DOOM 2016 chegaria ao Nintendo Switch, o mercado ficou cético, pois rodar esse jogo de mais de 50GB entupido de efeitos de luz e texturas seria um grande desafio para o híbrido da Nintendo. Porém, após jogar por muitas horas, posso afirmar que DOOM está super divertido, seja na TV ou no modo portátil.

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Hora de botar a roupa de combate e socar demônios

Seja o DOOM SLAYER

Para quem já jogou DOOM, pode pular esta parte, mas para quem não jogou, chega mais que vou contar como é a história que acaba com a matança de milhares de monstros do inferno.

Você é o DOOM Slayer, que acorda em cima de uma espécie de pedra mística e, após matar 3 pequenos demônios, coloca sua armadura para combater o que quer que seja que está acontecendo. O que acontece é que você está em Marte e é um guerreiro lendário que deverá matar as hordas infernais que tomaram o planeta.

Olivia, a líder dos cultistas infernais
Olivia, a líder dos cultistas infernais

A empresa UAC conseguiu canalizar a energia infernal (sim, energia que vem do inferno, literalmente) de modo a construir uma fonte de energia inesgotável para abastecer a humanidade para todo o sempre. Embora a intenção seja muito nobre, a fonte de energia é um tanto perigosa. Após alguns funcionários começarem a cultuar o senhor das trevas através de sua líder Olivia, diversos portais infernais se abrem em Marte e os demônios matam todos os funcionários.

Me ajude sem quebrar tudo, ok?
Me ajude sem quebrar tudo, ok?

Agora sendo guiado pelo cientista Hayden, cabe ao DOOM Slayer acabar com esse problema infernal que Marte está passando. Ao longo do jogo é interessante como Hayden se coloca como um cientista ciente dos erros e do perigo, mas também é um fanático pela tecnologia inventada de energia infinita.

Corra, explore, atire e mate

Em DOOM uma coisa é certa, você não pode ficar parado em momento algum. A ideia deste shooter é estar sempre em alerta, já que a chance de um demônio aparecer do nada e te trucidar é altíssima. Para que a ação seja frenética, a movimentação de seu personagem é acelerada, ou seja, você está sempre correndo. Ao invés de te brindar com uma mira, cada arma terá dois modos secundários. Ou seja, é possível atirar da forma normal com o gatilho da direita ou soltar um especial com o gatilho da esquerda. Vale dizer que há um arsenal de armas disponível que pode ser trocado a qualquer momento, aumentando a agilidade e flexibilidade do combate.

Birlllllll, vou derrubar os demono tudo que tão em Marte
Birlllllll, vou derrubar os demono tudo que tão em Marte

Seguindo os moldes antigos, DOOM não conta com regeneração de vida. Você deverá matar os inimigos para dropar uma pequena quantidade de vida/munição e andar por cada canto do cenário procurando por melhorias, vida, munição, armadura e mais. E essa exploração está enraizada em DOOM. Por mais que sua proposta seja ser um jogo frenético, que faz com que os jogadores tenham que matar seres infernais a todo momento, essa premissa anda de mãos dadas com uma massiva exploração dos cenários. Ao explorar cada canto, será possível encontrar núcleos de melhoria para seu personagem, “cartões” de melhorias para a arma, desafios de runas e muito mais.

Por fim é importante falar das GLORY Kills, o grande destaque do jogo. Ao atirar nos inimigos, muitas vezes eles ficarão tontos, sendo rodeados por uma cor azul/laranja. Esse é o sinal para você finalizá-lo na mão. Isso irá desencadear uma morte grotesca e lhe dará mais bônus, como vida e munição. Essas mortes também acabam contando para os muitos desafios que você receberá a cada nova fase.

Soco na cara
Soco na cara

DOOM no Nintendo Switch

Chegou a hora que todos esperavam: Como está essa maravilha no híbrido da Nintendo? Bem, antes de mais nada é importante dizer que o jogo está rodando a 720p (HD) e 30 FPS tanto no modo portátil quanto no dock. Essa foi a primeira restrição feita ao jogo para rodar no Switch.

E agora temos o ponto negativo e positivo dessa versão. Acima, falei de como o jogo é frenético e como eles nos faz correr e atirar sempre, certo? Pois bem, posso afirmar que a sensação de jogar no Switch é a mesma. Por mais que esteja rodando a 3o FPS, a jogabilidade e diversão é muito parecida com a versão lançada ano passado para PC, Xbox One e PS4. Contudo, tenho que notar que em alguns momentos pontuais, eu vi quedas de FPS quando tinha muita coisa na tela. Um outro problema que eu tive somente duas vezes é que em certos momentos (curiosamente na tela de pause) o jogo travava. Aí fui obrigado a ir na Home, colocar o Switch em descanso e somente depois ele voltou a funcionar normalmente.

Ela ta perto demais para estar assim....
Ela tá perto demais para estar sem definição

E agora vamos ao ponto negativo desta versão, os seus gráficos. Quem jogou a versão lançada no ano passado sabe como o jogo tem muitas texturas, uma iluminação sublime e muita coisa acontecendo na tela. Esta versão certamente é a mais feia de todas. Além de rodar somente em 720p (admito que fica um pouco esticado demais na TV), muitas texturas e efeitos de luz e iluminação foram removidos. O mais gritante é a “mira” da sua arma, juntamente com o azul/laranja do GLORY Kill. É visível como os eles sofreram downgrade a ponto de estarem pixelados na tela. Outra coisa que pude perceber é que muitas cenas e personagens ficam embaçados, isso acontece para diminuir a necessidade de processamento do console. Ao chegar mais perto, a imagem é renderizada totalmente.

A verdade é que DOOM roda bem no Nintendo Switch, mas que o visual dele não é tão agradável quanto a versão original. Por outro lado, temos que aplaudir o esforço e trabalho da Bethesda para fazer DOOM rodar no Switch e em seu modo portátil.

Modo portátil x Jogar na TV

Não sei quanto a você caro leitor (a), mas eu jogo meu Switch 90% do tempo no modo portátil. É pratico viajar com ele, levar para o shopping ou dar aquela jogada antes de dormir na cama. Porém, em DOOM eu senti a necessidade, pela primeira vez, de jogar com ele ligado ao dock. Por ter muita coisa acontecendo na tela e ser um jogo extremamente ágil, é muito mais confortável (para os olhos e mãos) poder jogar olhando a TV.

Mas não me entenda mal, o jogo funciona perfeitamente bem no modo portátil (com as ressalvas que já foram feitas acima). Com relação a bateria, sua durabilidade segue o padrão dos jogos AAA de 2:30h até 3h de jogatina. Após jogar cerca de 2:40 horas, o console já estava implorando por energia.

Algo que pude ver é que quando jogamos no dock, o efeito embaçado que comentei diminuiu razoavelmente. Porém, há a parte negativa de que a imagem fica “esticada” na tela (ainda mais por eu ter uma TV 4K).

Ambos os modos funcionam e tem suas vantagens e desvantagens, porém, no caso específico de DOOM, eu me senti mais a vontade jogando na TV. Inclusive este foi o primeiro jogo que me fez pensar em comprar um controle Pro.

PvP vazio por enquanto. Deixa o jogo lançar primeiro
PvP vazio por enquanto. Deixa o jogo lançar primeiro

E o Multiplayer?

Verdade seja dita, eu não tenho a menor ideia de como está o PvP de DOOM. Digo isso por um motivo muito simples, como jogamos para análise antes de seu lançamento, as salas estão praticamente vazias. Com muito esforço consegui achar quatro pessoas.

Logicamente, esse cenário irá mudar com o lançamento do game. Entretanto, até lá podemos afirmar que o modo multiplayer existe e está completo. Inclusive, ele já é a versão 666, ou seja, ele contém todos os DLC’s já lançados na história de DOOM. Mapas, armas, roupas,  etc, absolutamente tudo já está incluído!

Além disso, há um modo treino em que é possível de se experimentar os muitos modos que acompanham o jogo como: Deathmatch, Team Deathmatch, Soul Harvest, Warpath, Freezetag, Clan Arena, Domination, Exodus, Sector, Bloodrush, Possession e Infernal Run.

Por mais que não tenhamos jogado, é importante ressaltar que o modo multiplayer estará sim presente, funcionando e com todos os modos existentes.

Uma bela sala. Será que tem algum demônio pronto para morrer?
Uma bela sala. Será que tem algum demônio pronto para morrer?

Devo ou não devo comprar DOOM para Switch?

Há dois tipos de pessoas que podem comprar esta versão de DOOM, as que já jogaram ele no ano passado para PS4, Xbox One ou PC e as pessoas que nunca o jogaram. Bem, o que posso afirmar é que a versão do ano passado é bem superior a esta de Switch por motivos óbvios e é bem mais barata também. Mas, caso não tenha jogado ou queira o jogo pela portabilidade, DOOM para Switch é um prato cheio e certamente você irá se divertir. Seja com o modo campanha ou multiplayer, a diversão é garantida e poder jogá-lo em qualquer canto é um diferencial absurdo.

{{

game = [DOOM]

game = []

info = [Lançamento: 10/11/2017]

info = [Produtora: id Software]

info = [Distribuidora: Bethesda]

plataformas = [Nintendo Switch]

nota = [4/5]

decisão = [Uma obra de arte da engenharia para o Switch]

texto = [DOOM para Switch funciona tão bem quanto]

texto = [deveria, mas o visual não agrada tanto]

positivo = [Portabilidade]

positivo = [Ação frenética]

positivo = [Gameplay polido]

positivo = [Trilha sonora]

negativo = [Gráficos limitados]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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