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Análise: Call of Duty: WWII mostra amadurecimento na série

Call of Duty é sim uma das franquias mais amadas do mundo dos videogames e sempre surpreende pela quantidade de vendas após cada novo lançamento. Durante toda esta nova geração, Call of Duty tomou um rumo que muitos não gostaram (inclusive nós). Era pulo duplo, pulo triplo, robôs e muita tecnologia. Depois de receber muita porrada muito feedback dos fãs, a Activision e a Sledgehammer botaram o pé no chão e trouxeram o mais novo Call of Duty de volta as suas origens, para a Segunda Guerra Mundial.

Resultado? Mais de meio bilhão em vendas nos primeiros 3 dias. Mas será que esse hype é válido ou o pessoal se deixou levar? Vamos conferir.

Uma excelente, emocionante e nada inovadora campanha

E mais uma vez temos o cenário de guerra real. A guerra das guerras, a segunda Guerra Mundial, em que os “chucrutes” eram os inimigos e todos estavam assustados com o nazismo. Antes de mais nada é importante dizer: Você não verá nada de inovador nesta campanha. Se você já jogou Medal of Honor ou se já viu o filme do “Resgate do soldado Ryan”, você sabe exatamente o que esperar. Mas isso é ruim? Não, se for uma história bem contada. Assim como os jogos mencionados, eles contam e re-contam a mesma história de forma maravilhosa.

Em Call of Duty: WWII, você irá assumir a pele de Daniels, mais um soldado americano no meio de tantos que irá invadir a Normandia no dia D para começar a vitória para os Aliados contra o Eixo. Durante o jogo, você deverá matar muitos alemães nazistas (apelidados de chucrutes) desde a tomada da praia até a invasão à Alemanha, que culmina na vitória dos Aliados. O que te deixa de boca aberto logo na cena da invasão a praia são os detalhes. Por exemplo, é possível ver os pêlos dos braços dos soldados. Outra coisa que percebi é que por estarem no mar, as armas estavam cobertas com plástico para a água salgada não entrar e prejudicá-las. Ou seja, há uma incrível atenção aos detalhes e gráficos de cair o queixo. Eles são realmente absurdos, lindos e bem feitos.

Durante as seis horas do modo campanha, você terá como foco o relacionamento entre o esquadrão composto por Daniels, Zussman, Pierson, Turner e Aiello. A cada nova batalha e a cada mês passado durante a guerra, a tensão entre eles aumenta cada vez mais. Iremos presenciar muitas desavenças, embates, questionamentos e momentos emocionantes ao longo do que pode ser umas das melhores campanhas já feitas em Call of Duty.

Ou seja, até para os jogadores que comprarem Call of Duty para jogar somente o multiplayer, fica a recomendação para se dedicar ao modo história, pois ele é excelente.

Call-of-Duty-WWII-Headquarters

Multiplayer

O multiplayer de Call of Duty sempre recebe a maior parte das críticas da franquia. Enquanto uns reclamam de sua mecânica usada e repetida ano a ano, o numero de vendas alto, em todos os anos, mostram que muitos ainda adoram o “mata e morre” caótico de Call of Duty.

Confesso que fui jogar o Beta de Call of Duty: WWII esperando pela experiencia que tive nos últimos três anos da série. Apesar de estar voltando para a Segunda Guerra Mundial não acreditava que a Sledgehammer abriria mão da velocidade que eles tinham conseguido com os jogos futuristas. E isso me deixava bem preocupado.

E daí que logo nas primeira partidas uma nostalgia tomou conta de mim e comecei a me divertir da mesma maneira de quando eu ainda era um jovem gamer, jogando Modern Warfare 1 e 2. Call of Duty estava de volta!

A primeira novidade que você percebe é o mais novo Lobby do jogo. Headquarters é o nome dessa área e ela lembra MUITO o lobby de Destiny. Aqui, podemos pegar novos contratos, desafios diários e semanais, testar armas, alterar emblemas, ver vídeos e várias outras coisas que devem aparecer com o tempo.

Apesar de ter sido criado para encontrar outros jogadores e socializar, o Headquarters está com problemas de servidor, ainda, e não conseguimos testar todas essas funções. Inclusive, fiquei travado em uma missão social em que era preciso elogiar um jogador, só que não há ninguém lá pra que eu possa elogiar…

Uma das maiores críticas ao multiplayer de Call of Duty é a repetição. Graças aos jogadores que só querem jogar mata-mata em equipe (ou Team Deathmatch), e graças às armas desbalanceadas, todos jogavam o mesmo modo, com as mesmas armas.

A Sledgehammer decidiu tirar a galera um pouco da zona de conforto em troca da nova moda dos jogos competitivos online: Itens cosméticos. (ou o famoso “loot do bem”).

A cada desafio ou contrato finalizado, você pode ganhar:

  • XP em dobro por um tempo;
  • Dinheiro in-game;
  • Caixas com itens cosméticos (normal ou raro).

Os desafios são em diferentes modos de jogo e tipo de armas. Isso faz com que os jogadores troquem seus itens e modos favoritos enquanto correm atrás de seus prêmios.

Modos de jogo

Além dos modos já conhecidos como Dominação, Mata-mata, Cada um por si, etc, Call of Duty: WWII lançou o mais novo modo, chamado: Guerra!

Esse é o mais novo queridinho dos amantes de Call of Duty. Vamos fazer uma matéria focado somente nele, mas já adianto que é um Rush de Battlefield, só que mais dinâmico, corrido e diversificado. E, graças ao tema e época, uma das fases desse modo é nada mais nada menos que o Desembarque da Normandia (ou operação Netuno). É uma fase muito legal e cheia de desafios diferentes! Fique de olho no Última Ficha para ver mais sobre esse modo.

Divisões e armas

As classes agora se chamam divisões e cada uma delas dá habilidades e vantagens específicas para o jogador. Além disso, elas estão diretamente ligadas a um tipo de arma. Por exemplo:

  • Infantaria: Fuzil de Assalto
  • Airborne (paraquedistas): SMGs (submetralhadoras)
  • Montanha: Snipers
  • Expedicionária: Shotguns e Metralhadoras pesadas

As armas estão equilibradas e você terá dificuldade em achar uma que te agrade mais, já que todas são bem diferentes em suas vantagens e desvantagens.

O sistema de evolução de níveis segue o mesmo padrão de sempre e novas armas e acessórios vão sendo obtidos conforme você “upa” seu personagem.

Call of Duty®: WWII_20171104094348

Então o Multiplayer de Call of Duty: WWII está bom?

A resposta é um grande SIM. WWII não só é um suspiro para a série, com suas novas adições, como também é um prato cheio para a velha-guarda da série. O jogo é extremamente prazeroso de se jogar e o novo modo de jogo Guerra simplesmente não enjoa. Os mapas lembram bastante a estrutura dos de Modern Warfare e Counter-Strike. Alguns deles são quase simétricos, deixando a maioria das partidas bem equilibrada e com espaço para suas habilidades brilharem.

Uma das críticas que fiz ao Infinite Warfare foi seu sistema de respawn (quando você nasce logo após morrer), que era horrível. O jogador que era derrotado nascia nas suas costas e já atirava em você, o que tornava o jogo frustrante demais. Em WWII eu não lembro disso ter acontecido, o que, no mínimo, demonstra uma melhora nessa mecânica.

Com uma ótima temática e nada de andar na parede e dar saltos duplos, Call of Duty: WWII tem o multiplayer que todos os fãs mais antigos da franquia esperavam.

Nazi Zombies

Como de praxe, o modo cooperativo de zumbis também está presente em WWII. E com a volta da Segunda Guerra, temos zumbis nazistas. Este ano a comédia foi deixada um pouco de lado e temos um modo muito mais sobrio, puxado para o terror.

A história se passa nos anos finais da guerra em uma vila Bavária. O local possui esgotos longos que levam até um laboratório secreto. O mapa está maior e lembra um pouco Killing Floor 2. Temos vários inimigos diferentes que reagem de maneiras específicas para cada tipo de jogador.

Agora temos classes e cada uma delas possui um especial diferente. Uma te dá bala infinita por um tempo limitado, outra te torna “invisível” para os zumbis por alguns segundos e por aí vai. Aqui temos uma ótima saída para uma jogatina entre amigos, que certamente trará muita discussão e risadas.

O que acaba frustrando um pouco neste excelente modo é que novos mapas foram prometidos via DLC (pago, infelizmente). Ou seja, ao invés de botar um número acessível de mapas, temos um número mínimo e um caça níquel logo em seguida. Essa é a maior, senão a única bola fora de Call of Duty: WWII.

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Conclusão

Porra, eu falei demais, meu deus. Call of Duty: WWII é o Call of Duty que eu todos queríamos e estávamos pedindo há anos. Esqueçam o futuro e quinhentos pulos seguidos. Temos aqui um ótimo jogo com uma história marcante que faz valer a pena investir seu tempo nela. Também temos gráficos absurdos que nos deixam de boca aberta em diversos momentos. Por fim, temos um modo multiplayer que resgata a velha e boa diversão dos primeiros Modern Warfare, e que é bastante balanceado. Até o novo modo zumbi nos agradou muito (tirando a parte dos poucos mapas presentes).

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game = [Call of Duty: WWII] game = [] info = [Lançamento: 03/11/2017] info = [Produtora: Sledgehammer] info = [Distribuidora: Activision] plataformas = [PS4, Xbox One e PC] nota = [5/5] decisão = [O retorno do clássico jogo de guerra] texto = [Campanha agrada] texto = [Multiplayer se renova] texto = [] positivo = [Gráficos impressionantes] positivo = [Ótima história] positivo = [Multiplayer nostálgico] positivo = [Modo Guerra]

positivo = [Excelente dublagem] negativo = [Poucos mapas zumbi] }}

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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