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Por que não elogiar o jogo exclusivo do outro console?

Algo que temos que conviver hoje no mundo dos games é com uma comunidade que gosta de tirar vantagem e de atacar o adversário com o clássico “o meu é melhor que o seu” e o também clássico “para que vou querer esse jogo chato”.

Ou seja, se você é dono de um PS4, Zelda, Mario, Forza, Gears of War, PUBG se tornam automaticamente ruins. Se você é dono de um Xbox One, Zelda, Mario, God of War, Horizon Zero Dawn, Uncharted são ruins. E por fim, se você é dono de um Nintendo Switch, Forza, Gears of War, PUBG, God of War, Horizon Zero Dawn, Uncharted também serão ruins. E só para deixar claro, sei que não são todos que pensam assim, mas existe uma grande parte da comunidade que sempre parte para a agressividade e comparações desnecessárias.

Enquanto muitas pessoas e grupos estão perdendo tempo xingando o amiguinho, o console adversário ou o jogo lançado, as empresas estão de olho no seu comportamento. Por mais que o exclusivo vá continuar sendo um exclusivo (no mundo ideal todos consoles rodarão tudo, mas isso nunca irá acontecer), as empresas vão refletir o comportamento de seus fãs em seus produtos. Por exemplo, foi lançado Persona 5 e Horizon Zero Dawn para PS4. O que mais vi e ouvi é que não iriam querer jogo japonês para o console, que é jogo colorido e bobo, que não gostam de RPG, que é jogo linear, que não tem multiplayer e por ai vai. Quando Mario Odyssey foi lançado, milhares de pessoas falaram que era um jogo infantil bobo e que não iriam querer. E por fim, quando tivemos o lançamento/preview de PUBG todos acharam uma forma de criticar o jogo e nunca analisaram o fator diversão.

Esse comportamento também se aplica quando novas tecnologias são lançadas como o PS4 Pro, Nintendo Switch, PS VR e o Xbox One X. Poder é besteria. Não tem jogo. 4K falso. Ninguém vai comprar isso. Se jogar vai ser roubado. Ou seja, ao invés de elogiar o concorrente só o diminui para que o seu produto fique como o melhor (na sua imaginação).

Mas agora pense comigo, quem não iria gostar de ter mais opções em seus consoles? Não seria legal ter um baita jogo de multiplayer no PS4? E não seria bacana ter experiências com histórias interessantes e/ou diversos RPG´s no Xbox One? E por fim temos o Switch onde seria legal ter jogos hardcore (aqui a Bethesda já deu o pontapé inicial).

Meu ponto é o seguinte: Deixe de ser hater. Pare de tentar diminuir o outro console/jogo. Elogie o jogo. Diga que é bonito, que é bom, que é divertido, que é legal. Posso afirmar que se a base de fãs mudar de mentalidade, as empresas irão ver como seus fãs estão elogiando seu concorrente e irão correr atrás para apresentar novas experiências baseadas naquele estilo de jogo.

Como redator e criador deste site há mais de 3 anos, é muito triste ver que tantos colegas e até administradores de grandes grupos fazerem uso do hate e desse console wars para ganhar alguns clicks e continuar disseminando a desinformação e o ódio (infelizmente não é um exagero, mas sim a verdade).

E lembrem-se, enquanto vocês brigam, as empresas se elogiam e dão parabéns uma as outras. Então vamos todos dar os parabéns pelos jogos e pedir todos os estilos e serviços em nossos consoles.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

2 Comentários

  1. É sintomático de geração. A busca pela identidade está tão bizarra que a negação dos outros, até mesmo através da violência, é uma maneira de um dizer pro outro que ele é mais alguma coisa do que o resto. Tudo isso é muito bizarro, pois o pézinho que sustenta isso beira o facismo. Isso acontece em todos os lugares atualmente. Esses dias falei pra um fã de GOT que a série é melhor que os livros pois a série é importante para sua arte (audiovisual) enquanto que os livros são apenas mais uma série de fantasia, sem nenhuma relevância significativa para o fazer literario e quase levei um soco na cara de tão puto o rapaz ficou. Ninguém quer saber de análisar nada, ou simplesmente ignorar (que seria uma benção já), o que fazem é partir para violência, para a negação, e se depender de alguns poucos, até mesmo a eliminação do outro. Triste época em que todos saem perdendo.

  2. Esse clubismo fanático existe faz tempo, porem está se intensificando desde a penúltima geração de consoles.
    Sou jurássico, de uma época que apenas o fato de existir um jogo bom já era motivo de comemoração, independente da plataforma, então não vejo sentido nesse fanatismo existente hoje.
    Tenho o privilégio de poder escolher qual ou quais as plataformas que usarei durante as gerações (e após elas). Dessa forma procuro experimentar todos os bons jogos que saem, independente da ideologia.
    Não consigo compreender esse ódio que existe pelo outro, essa intolerância com o diferente apenas pelo fato dele existir.
    Bons jogos são bons independente da plataforma. Uma boa ideia é atemporal.
    Cada um que curta o que gosta e ignore o que não gosta. Simples assim.
    Bora jogar!!

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