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Análise: Naruto to Boruto: Shinobi Striker – Mostre o seu jeito ninja de ser

Os jogos de Naruto sempre se destacaram graças ao trabalho magnífico da CyberConnect2 em reproduzir as icônicas cenas do anime com gráficos incríveis e ter desenvolvido um gameplay inovador em cenário 3D. Contudo, Naruto to Boruto: Shinobi Striker chegou para ocupar a lacuna deixada pelo último Naruto: Ultimate Ninja Storm e trabalhar o novo conceito: multiplayer cooperativo e competitivo. Será que o novo estúdio, Soleil, conseguiu manter o legado deixado pela CyberConnect2? Vamos conferir.

DATTEBAYO!

Primeiramente devo informar que o jogo não tem exatamente uma história, pois as missões apenas recontam alguns ocorridos do anime. Aproveitando o tópico… Diferente de Ultimate Ninja Storm, em Naruto to Boruto: Shinobi Striker os gráficos buscam parecer mais com o mangá invés do anime. Isso é um divisor de águas, pois podemos ver que não são bonitos como aqueles que estamos acostumados, porém, não são exatamente feios.

Enfim, esse jogo é como um Dragon Ball Xenoverse, mas sem uma narrativa própria.

SUA HISTÓRIA NINJA

Logo de inicio temos que criar o nosso próprio ninja mesclando a aparência de vários personagens e escolhendo uma paleta de cores que nos agrade. Por fim, escolha a qual vila ninja o seu personagem pertencerá. Isso me fez ficar animado pensando que dependendo da vila poderia variar no armamento, jutsus e status… Porém, doce ilusão. A escolha da vila é puramente estética, não muda em nada além da roupa. Isso já foi um fator que me entristeceu, pois em Dragon Ball Xenoverse temos mudanças significativas dependendo da raça que escolhemos.

Tudo inicia em Konoha, a vila da folha, e temos um tutorial básico sendo contado por Konohamaru e seguidamente saindo para uma missão básica com o Kakashi para aprender os comandos. A primeira vista o jogo aparenta lembrar a série antecessora, contudo, sua jogabilidade é mais simples sendo que se baseia em ataque fraco, forte, dois botões para jutsus e outro para usar itens como kunais e afins. A força desse jogo são as partidas em seguida de quatro jogadores seja para cumprir missões cooperativas ou batalhas competitivas de 4 x 4. Não existe comunicação entre os membros da equipe, fazendo com que você tenha que ajudá-los da forma que você considere a melhor, sendo que num jogo deste naipe a possibilidade de falar pelo microfone com os seus consagrados deixaria tudo mais competitivo e harmônico (no melhor dos cenários, pois sabemos bem que uma hora ou outra alguém xingaria a mãe).

Da mesma forma que o Xenoverse, em Naruto to Boruto Ninja Striker você tem que conseguir um mestre para acompanhá-lo e com o tempo liberar seus itens (roupas) e jutsus. Contudo, é novamente decepcionante a questão das vilas serem só para te dar uma roupa diferente. Não existe sentido em você ser da vila da névoa e ter o Naruto como mestre, sendo que poderia ser personagens como Zabuza Momoshi, Haku ou Hoshigaki Kisame.

INDO COM TUDO PARA A BATALHA

O gameplay de Naruto to Boruto: Ninja Striker é contraditório. Você vê que ele é muito fluido e tem tudo para dar certo, entretanto, o “lock-on” nos oponentes é horrível e várias vezes é desfeito sozinho só pelo inimigo ter saído rapidamente do seu campo de visão, fazendo com que a câmera não o acompanhe totalmente, isso faz com que você solte um jutsu e acabe indo para o lado errado, por acompanhá-lo parcialmente. Diante de pontos negativos, não posso ser injusto e não evoluir a movimentação do jogo que é bastante divertida com o salto carregado de chakra que o joga para longas distâncias, o uso da “wire kunai” que se puxa para a parede no qual ela acertou e a possibilidade de andar pelas paredes, fazendo delas uma extensão do cenário “andável”. Também posso elogiar a construção dos cenários que consegue bem leal ao que vemos no anime/mangá. Infelizmente, o sistema de batalha acaba deixando a desejar quando você já está acostumado com o Ultimate Ninja Storm, pois deste game é bastante simples se for comparado a ele.

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CONCLUSÃO

Naruto to Boruto: Ninja Striker obviamente bebeu da fonte do Dragon Ball Xenoverse, contudo, não consegue apresentar a mesma qualidade. O jogo poderia ter pego maiores referências e potencializado os acertos da franquia dos guerreiros Z e da mesma forma não ter medo em se nortear um pouco mais no Ultimate Ninja Storm no gameplay. Esse jogo está longe de ser ruim, contudo, não possui a qualidade que deveria ter. Naruto To Boruto: Ninja Striker é aquela ex-namorada (o) vacilona que você ainda nutre sentimentos e fica dando várias segundas chances acreditando que vai melhorar, restando apenas a opção de se acostumar ou partir pra outra.

{{

game = [Baruto to Boruto: Shinobi Striker]

info = [Lançamento: 30/09/2018]

info = [Produtora: Soleil]

info = [Distribuidora: Bandai Namco]

plataformas = [PS4, Xbox One e PC]

nota = [3/5]

decisão = [Compre se for fã]

texto = [Um jogo com bom conceito,]

texto = [mas uma aplicação que deixa a desejar]

positivo = [Movimentação]

positivo = [Cenários]

positivo = [Ideia central]

negativo = [Diferença de vilas deixa a desejar]

negativo = [Lock-On ruim]

negativo = [Sistema de combate raso]

negativo = [Falta de interatividade entre a equipe]

}}

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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