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Análise: Red Dead Redemption 2 beira a perfeição e é uma obra de arte (SEM SPOILER)

Existem algumas empresas no mercado que quando lança um jogo é praticamente certo que irão lançar algo minimamente excelente. Temos nesse seleto grupo a Blizzard, CD Projekt RED, Naughty DOG e a gigante e amada Rockstar, por exemplo. E depois de oito anos do lançamento do Red Dead Redemption original, temos em nossas mãos mais um jogo primoroso da Rockstar.

Abaixo vou analisar diversos pontos do jogo e tudo SEM SPOILERS. Mas já posso adiantar que é para louvar de pé esse jogo!

Conheça a gangue e corra que a polícia vem ai

Quem jogou o primeiro jogo sabe que você estava na pele de John Marston e que tinha negócios inacabados com sua gangue. Em Red Dead Redemption 2, nós vamos assumir o papel de Arthur Morgan que é o braço direito do líder da gangue, Dutch Van der Lind.

E a sua história começa com toda a gangue se aventurando em uma montanha que está passando por uma tempestade de neve. O último assalto feito na cidade de Black Water fracassou e agora eles precisam fugir dos detetives/policiais da agencia Pinkerton. Não somente eles tem esse problema nas costas, mas sua grande gangue rival, os O’Driscolls estão na mesma região e certamente arrumarão problemas.

E essa é a premissa básica do jogo. Você é um fora da lei em 1899 onde ladrões estão perdendo mais espaço e a vida da criminalidade está cada vez mais difícil. Sabendo disso, Dutch faz um plano bem simples: “Façamos um grande assalto para podermos viver longe disso tudo”. Com esse direcionamento, você irá procurar diversos assaltos de banco, trem, pessoas, lojas e muito mais para enriquecer enquanto foge da policia e de seus rivais.

Curiosamente, isso não é o que se destaca no jogo, mas sim o relacionamento com outras pessoas. Devido a fuga das autoridades, será necessário mudar de acampamento mais de uma vez e ver a reação de todos é magnifica. Não somente com relação a fuga, mas também aos acontecimentos de cada dia. É incrível ver pessoas felizes e fazendo uma festa após uma boa notícia ou então as pessoas rancorosas após a perda de alguém ou a uma situação muito ruim. Os comentários entre eles sempre faz sentido e é algo muito natural o que acaba dando vida ao jogo de forma inesperada.

Particularmente, para mim, um dos melhores momentos do jogo foi quando fui pescar com dois amigos do acampamento que fazem parte da velha guarda dos ladrões. Foram muitas histórias, risadas, implicâncias com amigos durante uma tarde relaxante e divertida. É incrível como a Rockstar trouxe em Red Dead Redemption 2 uma experiência tão rica em relacionamento humano e com suas reações a momentos e situação. Não somente isso, mas existe um dilema de até onde vale ir para conseguir sua liberdade, ser leal e alcançar seus objetivos.

Missões secundárias e zero repetições

A história de Red Dead Redemption 2 é excelente, as missões principais são um misto de ação com aventura e o relacionamento com a gangue é maravilhosa! Mas e o resto? E como é esse mundo e seus habitantes?

A boa notícia que posso dar é que ele é tão vivo quanto seu acampamento. E existem dois tipos de missão secundária. A primeira é a missão que estará marcada em seu mapa. Nela poderemos ter missões mais simples ou então missões bem elaboradas que irão se dividir em diversos capítulos. Uma marcante para mim foi quando tive que ajudar uma pessoa em uma forma mais humana de executar prisioneiros. Essa missão rendeu altas gargalhadas…

Já o outro tipo de missão secundária é de encontrar pessoas que precisam de qualquer tipo de ajudam e literalmente ficam gritando na rua. Elas são muito variadas: Pode ser uma emboscada para te assaltarem, pode ser uma pessoa que está sendo assaltada e você pode optar em ajuda-la, você pode dar um remédio por alguém picado por cobra, pode apostar corrida de cavalos e por ai vai. A lista é certamente muito longa.

E aqui tem duas coisas que são muito interessantes. A primeira é que as missões simplesmente não são repetidas. E por mais que sejam, similares (dar uma carona por exemplo), existe um diálogo diferente que irá te entreter por bons minutos. Já o segundo destaque, é que muito do que falei aqui é opcional e você pode escolher se vai abordar a situação como um cara legal ou não. Então será possível matar, assaltar, ignorar ou ser um “bom bandido”. A escolha é completamente sua.

Cara bom ou cara mau?

Aqui é exatamente onde o jogador fará a diferença em sua aventura e onde o jogo levanta uma discussão muito interessante. Como falei acima, é possível você optar em ser um cara legal ou um grande babaca, mas ai lhe faço uma pergunta: Como ser bom sendo um bandido?

E é esse dilema que você passa durante todo o jogo. Diversas vezes será possível tomar alguma decisão durante uma situação que irá pesar positivamente ou negativamente, isso inclusive irá ser representado por uma barra. Mas como ser bom assaltando e matando pessoas? Atirando em cavalos para fugir de uma perseguição? Destruindo casas, pontes e muito mais?

Por ser um jogo de mundo aberto, a Rockstar te dá muitas ferramentas para você seguir sua trajetória e tomar decisões em frente a temas fortes naquela época como o movimento das sufragistas, pessoas racistas, religiões utópicas e até reuniões da KKK.

Você vai apoiar que lado? Vai ajudar, ignorar ou agredir todos? Mais uma vez a Rockstar faz como ninguém um mundo vivo e cheio de opções que farão você refletir sobre diversos temas e conceitos.

 

Ambientação e detalhes absurdos

Com a atual geração é muito fácil se impressionar com gráficos bonitos e realistas em um jogo. E eu acredito que ficar elogiando gráficos é chover no molhado, mas Red Dead Redemption 2 vai aonde ninguém foi. A quantidade de detalhes é algo absurdo, assim como a realidade no jogo – coisas que fazem sentido no mundo real.

Por exemplo, a primeira coisa que reparei foi na primeira fase da neve em como as pegadas e o rastro do cavalo continuavam. É normal os jogos fazerem um rastro e depois desaparecer, mas aqui continua. Não somente na neve, mas ao longo da minhas mais de 60 horas de aventura eu vi o rastro de uma carruagem ficando marcado no chão, assim como as pegadas em uma área pantanosa. Outra coisa que fiquei surpreso é , por exemplo, com o saco escrotal do cavalo (sim, to falando do culhão do cavalo, é importante). Ao ir para uma região fria, o saco simplesmente encolhe!!

E por falar em cavalo, seu comportamento merecia um capítulo a parte. Ao afagá-lo, ele baixa a cabeça e ve que está gostando do carinho, sua movimentação é linda como se fosse um cavalo de verdade, ele trota de formas diferentes, quando entra na água profunda, busca ficar com a cabeça pra cima, a movimentação da cauda é extremamente realista e bla bla bla – LINDO! Inclusive, após dar comida para o cavalo, depois de um tempo, ele defeca! Igual aquelas bonecas de criança

Não somente as animações de todo esse mundo é sublime, mas a ambientação é nada menos do que fantástica! Existem diversos tipos de clima, tempestade de areia, neve leve e pesada, neblina intensa e muito mais. Algo que sempre me deixou boquiaberto, é que muitas vezes era possível ver os raios de sol passando pelas árvores no meio da floresta. É simplesmente lindo. Vale pontuar que tanto a trilha sonora como a dublagem e caracterização de todos personagens é absurdamente bem feita.

E isso é somente uma parte do jogo. É possível jogar poker, assistir peça de teatro, tomar banho, cozinhar sua própria comida, equipar seu cavalo, customizar suas muitas armas, fazer tarefas para ajudar o acampamento,  pescar, caçar animais normais e lendários, fazer craft de itens e roupas, e muito, mas muito mais.

Ele é perfeito então?

Acredito que estamos muito perto da perfeição no mundo do vídeo game e Red Dead Redemption 2 passa muito perto. Sua experiência é magnifica e tenho uma lista de elogios a fazer para ele, porém, é possível que algumas coisas nele não satisfaçam alguns gamers.

A primeira é que muitas pessoas simplesmente não gostam de faroeste. Por mais que ele seja maravilhoso, não sei se valeria a pena investir no jogo, pois ele simula de forma muito realista a vida de um fora da lei em 1899. Até por ter essa simulação realista, alguns podem não gostar muito do ritmo mais lento que ele apresenta.

Dentre a parte lenta do jogo, posso destacar dois pontos. O primeiro é o início do jogo onde está fugindo das autoridades. Lá o jogo se passa em uma parte bem linear e muito pesado por causa da nevasca. Para alguns pode ser um impeditivo. Já o segundo destaque vai para o mapa que é gigante. Como estamos em 1899, só existem os cavalos para andar centenas de quilômetros. E para chegar aos seus objetivos, é possível que demore muitos minutos. Embora exista viagem rápida, ela é limitada entre as cidades e seu acampamento (depois de liberá-lo). Particularmente eu não me senti incomodado, pois aproveitava a magnifica ambientação do jogo a cada novo passeio.

E por fim temos os bugs. Afinal, qual jogo de mundo aberto não tem nenhum bug? Particularmente eu não sofri nenhum bug relevante. Somente coisas como o personagem “abrir” uma porta e passar por ela como se fosse um fantasma. Ou então um NPC estar segurando a arma, mas a arma não estar lá. Ou seja, minha experiência foi praticamente impecável, porém, um amigo me disse que não conseguia marcar o destino no mapa. Já outro sofreu um bug gritante onde um personagem importante desapareceu do jogo e ele perderia diversas missões.

De novo, minha experiência foi perfeita e eu completei o jogo. Mas não posso deixar de pontuar que bugs sim existem e são dos mais diversos e nao acontecem só com a Ubisoft!

Conclusão

Como puderam ler acima, eu rasguei todos os elogios possíveis ao jogo. Ele flerta com a perfeição e irá entregar a experiência definitiva no mundo do faroeste. Sendo muito sincero, eu não consigo ver alguém não gostando desse jogo, tirando o fato que não gosta da temática… Se é fã de faroeste ou excelente jogos, Red Dead Redemption vai te surpreender a cada momento.

E é importante dizer que em breve teremos o Red Dead Redemption online e será magnífico realizar assalto a bancos e trens com seus amigos. O que está faltando no jogo e em breve chegará para todos!

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info = [Lançamento 26/10/2018]

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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