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Análise: Steamworld Quest: Hand of Gilgamech é o Card Game que eu buscava

O jogos da franquia Steamworld nunca me decepcionaram. O trabalho da Image & Form é inquestionável e sempre fico esperando pelo próximo título para ver quais novidades eles irão trazer para o mundo que criaram. Já que eles não só mantiveram o nome SteamWorld e a estética steampunk intacta desde o SteamWorld Dig original como também não têm medo de ramificar a franquia em gêneros novos sem perder qualidade. Por exemplo, O SteamWorld Heist de 2015 – um jogo de tiro estratégico baseado em turnos e SteamWorld Dig 2 que é um
Metroidvania quase perfeito.

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Com isso, temos agora SteamWorld Quest: Hand of Gilgamech, a mais nova entrada da série que também, previsivelmente, mostra o desenvolvedor mais uma vez tentando algo diferente – desta vez, um Card Game em RPG baseado em turnos. Será que a Image & Form acertou novamente?

Gráficos e história

Usando uma engine e gráficos bem parecidos com os dos último jogos, Steamworld Quest tem personagens bem desenhados apesar de um background limitado e apertado. Você iniciará sua jornada com três personagens bem carismáticos – Há Armilly, um cavaleiro jovem e entusiasta que não quer nada além de se juntar à Guilda dos Heróis. Copérnica, uma maga equilibrada e o artesão tímido mas brutal, Galleo. A criação de personagens talvez seja o ponto mais alto do jogo e você vai se agarrar a personalidade de cada um deles mais do que na própria história que irá seguir.

O jogo tem um passo rápido com caminhos lineares e inimigos aparantes que iniciaram a batalha assim que encostarem em você. Existem alguns segredos e câmaras secretas por cada mapa que valem a pena serem explorados. Querendo ou não, isso se torna uma espécie de desafio para o jogador.

Importante apontar que, apesar de ter uma bela trilha sonora, os personagens repetindo os mesmos sons esquisitos enquanto falam, enjoam em pouco tempo. Talvez se fossem vozes narrando ou algo mais sutil como de jogos de 8/16 bits, teria sido mais agradável com o passar das horas. Mas nada que atrapalhe muito os pontos altos do jogo.

Um card game casual na medida certa

As batalhas de de Steamworld Quest foram extremamente bem-vindas para meu atual momento com vídeo-games. Sempre gostei muito de Card Games mas jogar somente de maneira competitiva online ou passar horas tendo que criar um deck me mantiveram afastados desse estilo nos últimos anos. (O que é uma pena já que grandes jogos do estilo foram lançados). Mas o jogo da Image & Form acertou em cheio no que eu queria de um jogo como esse.

As batalhas são baseadas em turnos, mas em vez de simplesmente selecionar Ataque ou Guarda em um menu, você escolhe até três cartas a cada rodada para fazer sua jogada. O deck conta com apenas com 24 cartas e a cada novo turno você sacará a quantidade de cartas usadas de seu baralho de maneira aleatória. Cada membro do grupo só pode escolher seus próprios cartões (cada personagem tem suas próprias cartas) daqueles que aparecem na parte inferior da tela. Existem três tipos diferentes de cartas para escolher e cada uma contribui para um medidor de pressão do vapor (SP) (AKA sua MANA) que lhe permitirá realizar poderosos movimentos ofensivos e defensivos.

As cartas de ataque são seus ataques ofensivos básicos, enquanto as cartas de upgrade fornecem buffs temporários para sua equipe. Algumas cartas te dão SP e outras precisam de SP. Coletando SP você poderá cartas mais fortes que habilitam as habilidades reais de cada personagem.

Apesar de parecer simples, as possibilidade e necessidades de Steamworld Quest vão além disso e não vai adiantar você escolher qualquer carta a moda caralho em algumas situações, principalmente contra os chefes do jogo. Por exemplo, jogar três cartas do mesmo personagem em sequência criará uma cadeia de combinação que te libera a opção de usar uma quarta carta. Dependendo do personagem e de sua arma, isso pode resultar em um golpe devastador em seus inimigos ou em um escudo protetor para sua equipe.

Um detalhe simples que foi um grande acerto: O botão de ir mais rápido, um FastForward tanto dentro e fora da batalha. Se você é como eu, chega uma hora que você não faz questão de ver todo o esplendor de um ataque básico 75 vezes seguidas. Então o botão ajuda muito e funciona pressionando ZR.

Conclusão

Steamworld Dig Quest: Hand of Gilgamech é um jogo de cartas offline perfeito para o Switch. O jogo possui uma campanha por volta das 15 horas e várias batalhas e chefes interessantes. Possui uma boa trilha-sonora apesar de eu sentir falta dos diálogos ao invés de sons repetitivos. O desafio do jogo é apropriado e saciou minha vontade de um card game que não seja focado em modos competitivos ou com construção de decks profundas e pesadas.

O grande vencedor no final é a talentosa Image & Form, que sobe mais uma vez a barra de expectativas e eu não vejo a hora de testar o que vem a seguir!

{{

game = [Steamworld Quest: Hand of Gilgamech]

game = []

info = [Lançamento: 25/04/2019]

info = [Produtora: Image & Form]

plataformas = [Switch]

notaV2 = [8,5]

decisão = [Para fãs do mundo Steamworld e Cardgames]

texto = [Um jogo para aqueles que procuram]

texto = [um card game offline e diferente do que já temos]

positivo = [Design]

positivo = [Batalhas]

positivo = [Combos e estratégia]

positivo = [Personagens carismáticos] negativo = [Sons das conversas]

negativo = [Muito linear]

}}

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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