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Análise: Cat Quest II é uma aventura fofa e viciante

Jogo é miauvilhoso mesmo

Jogos de desenvolvedoras menores e de um orçamento mais baixo tendem a repetir diversas fórmulas para agradar essa base de fãs indie. Portanto, é bem comum que games de ação-aventura insistam sempre no estilo roguelike (dungeons geradas aleatoriamente com muitas mortes e replay) que está em alta atualmente. Mas esse não é o caso de Cat Quest II, muito pelo contrário. Em vez de se apoiar em uma única mecânica da moda, o game se apoia em várias, consolidadas há tempos (clássicas), Por total competência, ainda assim oferece uma aventura extremamente divertida. Veja o review / ou análise de Cat Quest II da Gentlebros Studios abaixo.

Entre cães e gatos

Jogos mais simples e focado em uma audiência de menor idade, não tem por que se aprofundar demais em questões filosóficas, tramas bizarras ou traições familiares. Não é que não possam, mas não é muito necessário. Com isso, digo que Cat Quest II é simples, direto ao ponto: Dois deuses do passado reencarnam para dar fim a uma guerra histórica entre cães e gatos. Não por acaso, um é um cachorro e o outro é um grilo! Brincadeira, é um felino mesmo.

A partir de então, devemos nos tonificar e mergulhar em diversas aventuras pelos dois continentes, recheados de nomes que fazem alusão às espécies em questão. Nessas aventuras, devemos ajudar pessoas animais, restabelecer equilíbrios, por fim a questões passadas e espalharmos a mensagem da paz e do altruísmo. Porém, para isso, os personagens principais vão ter que enfrentar os tiranos de cada reino, são eles Leoner e Lupiden. Ambos exploram seus súditos e alimentam a própria guerra que perdura por muito tempo. Porém, existe um mal ainda maior por trás deles… Sem spoilers nesse texto.

Para tanto, é preciso forjar novamente uma espada lendária a partir de fragmentos espalhados pelo mundo. Porém, não é somente nós os interessados nesses fragmentos e nessa arma, são vários. Ambos os tiranos também buscam o mesmo objetivo com uma sede de poder gigante. Quem chegará primeiro? Depende de você.

Análise Cat Quest II 01

Texto miaugnífico

A trama, contudo, apesar de simples, é contada de forma miaugistral! Os diálogos em português brasileiro são recheados de uma excelente adaptação com piadas e pitadas de miados e latidos no meio das palavras, desde “Sua auauteza”, passando pelo emblemático personagem Katioro Kent e até mesmo adaptações de ditados populares pro mundo felino ou canino. O excelente texto faz com que a ausência de voz dos personagens deixasse de ser um empecilho, como certamente seria em outros games do gênero.

Dá para notar que o Kent não foi à toa. O game é cheio de referências à cultura pop, algo similar ao Magicka 2. Temos a presença de histórias infanto-juvenil conhecidas, como Harry Potter, até referências ao chocolate Kit Kat tão amado por (quase) todos nós. Os roteiristas de Cat Quest II mandaram bem para cachorro!

Análise Cat Quest II 02

Mistura visual que dá certo

A estética de Cat Quest 2 é uma mescla bem interessante. Enquanto vagamos pelos reinos, temos um visual que relembra um mapa de mesa. Porém essa navegação não se limita somente a mudar de localidades, como a maioria dos games de RPG das antigas. Pelo contrário, toda a ação, aventura e NPCs acontecem sobre esse mesmo mapa, um grande campo aberto sobre desenhos cartográficos. As masmorras, por outro lado, segue um visual mais sério e não parece que estamos caminhando sobre um pergaminho gigante.

Enquanto que o visual dos cenários é essa ousadia, os dos personagens seguem um caprichado desenho a mão de altíssima qualidade. Eles possuem um estilo como do antigo Paper Mario, um 2D que se destaca do fundo, como se colado naquela paisagem. Apesar de parecer um tanto desalinhado quando se lê a explicação, a mistura dá muito certo. Ela se completa ainda mais com os efeitos das magias que são também diferentes, com uma pegada de perspectiva em 3 dimensões. Ou seja, visualmente o jogo também foge do padrão atual das pixel arts e acerta em cheio com muita personalidade em variar diversos estilos de uma só vez.

Análise Cat Quest II 03

Mordida, patada e magias

Nada disso, pelo menos nada de mordida ou patadas em Cat Quest 2. Os gatos e os cachorros dessa aventura são bípedes (andam em duas pernas) e usam armas, armaduras, cajados e magias. Muitas vezes até nos perdemos em meio a tantas magias, ataques e esquivas. Porém, apesar dessa salada mista doida com direito a muitos pelos espalhados pela casa, a mecânica do jogo é divertida e viciante em sua simplicidade.

Um botão para ataque, outro para esquiva (cambalhota), e os quatros superiores para magias. Nada além disso, simples e muito eficaz. O tipo de ataque depende da arma equipada. Ou seja, corpo-a-corpo com espadas e similares ou à distância com cajados.

O dano mágico dos itens influencia no dano causado no inimigo, caso estes tenham fraqueza ou não aos diversos elementos. Magias são equipadas e trocadas nos botões superiores e agregam status ao personagem equipado.Tudo isso em uma interface simples e também muito eficaz.

Para completar a mecânica, podemos fazer upgrade das armas e magias, deixando nossos personagens mais fortes. Caso você não queira gastar dinheiro para melhorar uma determinada arma, há sempre a possibilidade de adquirir a mesma arma novamente em alguma masmorra, isso faz com que o upgrade seja instantâneo, em vez de lotar seu inventário com itens repetitivos. Excelente escolha de design aqui, agregando para a dinâmica mais acelerada do game.

Quem não tem cão caça como gato

Ou vice-versa! Além dos sistemas de combate, é bom lembrar o fato de que o jogo é sempre em dupla. Mas isso não impede que você jogue sozinho. Pelo contrário, temos um botão específico para trocar entre o gato e o cachorro e, desta forma, você pode montar as builds de cada um para determinado propósito. Eu, particularmente, montei um deles para ser um mago de suporte com magias de regeneração de vida e defesa, enquanto o outro era o porrador de frente. Ótima escolha de design para manter o propósito do jogo de cão e gato.

Apesar desse mecanismo ser muito bom para jogar sozinho, o mais divertido mesmo é jogar em dupla. A primeira razão é que a inteligência artificial do boneco que você não está controlando é bem limitada, o que dificulta na hora de enfrentar alguns chefões. A segunda razão é que é muito mais engraçado e divertido jogar com uma parceira(o), montar estratégias e até mesmo zoar um ao outro quando alguém faz besteira.


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Whiskas do bom

Por fim, eu poderia dizer que Cat Quest II é um jogo quase perfeito no que se propõe. Seus poucos problemas, porém, circundam a pouca variedade de inimigos e desafios das masmorras, fazendo com que o jogo seja muito (muito mesmo) fácil. Para quem não busca um desafio do cão, isso não vai ser um problema. Cat Quest II é um jogo incrível que vai oferecer boas horas de diversão, sorriso e olhos brilhando com sua fofura. A pegada do jogo é leve como deve ser, afinal estamos falando de bichanos. Compra certa para aquela jogatina agradável.

Bom pra cachorro!

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade e Multiplayer - 8
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 7.5
Roteiro e trama - 8.5

8.4

Miau, é isso aí!

Eu poderia dizer que Cat Quest II é um jogo quase perfeito no que se propõe. Seus poucos problemas, porém, circundam a pouca variedade de inimigos e desafios das masmorras, fazendo com que o jogo seja muito (muito mesmo) fácil. Para quem não busca um desafio do cão, isso não vai ser um problema. Cat Quest II é um jogo incrível que vai oferecer boas horas de diversão, sorriso e olhos brilhando com sua fofura. A pegada do jogo é leve como deve ser, afinal estamos falando de bichanos. Compra certa para aquela jogatina agradável.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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