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Análise: Resident Evil 6 para Switch

Um jogo que pode sofrer com problemas técnicos mas é ótimo na portabilidade

Após o sucesso de vendas de Resident Evil 5 a Capcom decidiu chutar o balde do survivor horror e entregar a experiência com mais ação que a série Resident Evil viu até hoje – Confira nossa análise de Resident Evil 6.

Aqui a empresa decidiu misturar tudo e mais um pouco. Para que as coisas não ficassem totalmente confusas e desconexas a produtora decidiu separar o jogo por duplas de personagens que poderiam se encontrar em certos momentos da história.

A história de que dá origem ao jogo

A história é contada através de quatro campanhas contendo cada um dos quatro protagonistas: Leon é acompanhado por Helena Harper, Chris atua ao lado de Piers Nivans, também da B.S.A.A e Jake Muller é protegido por Sherry Birkin, de Resident Evil 2. Já Ada não possui um companheiro (como sempre).

A história começa quando o atual presidente dos Estados Unidos, Adam Benford, decide revelar a verdade sobre atentados bioterroristas que passaram a assustar o mundo, incluindo o incidente de Raccoon City. Após a revelação o local onde o Presidente se encontra recebe um ataque e o mesmo se transforma em um zumbi, e Leon, presente no local para proteger o político e amigo de longa data, precisa matá-lo. Com a ajuda de Helena Harper, o agente deve descobrir a origem do atentado.

Já Chris Redfield, membro da B.S.A.A atua em um incidente bioterrorista com o novo C-vírus, em uma cidade fictícia na China. Antes disso, Chris teria tido uma outra operação na Europa onde o soldado acaba perdendo a memória durante o incidente e passa a vagar por bares até ser encontrado por Nivans, seu companheiro no jogo.

A terceira campanha envolve Jake Muller, filho de Albert Wesker. Por ter um sangue especial (graças ao pai), imune a vários dos vírus usados em ataques bioterroristas, Jake está sendo perseguido. Ele é colocado sob a proteção de Sherry Birkin (se você jogou o Resident Evil 2 ou o novo Remake – deve se lembrar bem dela), atualmente uma agente especial do governo dos Estados Unidos.

Já Ada Wong, descobre que sua identidade foi roubada, e está sendo usada por alguém que parece querer muito mais do que simplesmente sujar o nome da vilã.

Resident Evil 6 é Ação ou terror?

Resident Evil 6, apesar de ser um jogo de ação, não deixa de ter seus bons momentos de terror. Principalmente na campanha de Leon. Se esquecermos que RE é uma franquia de horror de sobrevivência e abraçarmos a ação cooperativa, teremos um ótimo jogo, com ótimas mecânicas. Afinal, é um jogo muito variado e com muito conteúdo. Suas campanhas têm altos e baixos, assim como encontraremos seus momentos menos inspirados, mas, em geral, são muito divertidos.

Cada um também tem uma abordagem ligeiramente diferente. Chris é jogado em um filme de ação em meio ao fim do mundo, Leon, de tempos em tempos, lembra um horror de sobrevivência com uma pegada de Resident Evil clássico, Jake e Sherry tentam encontrar uma espécie de meio caminho entre ação, exploração e fuga. (usada muito em Resident Evil 3 e o remake do 2). E Ada que, na minha opinião lembra mais uma pegada do Resident Evil 4 com um ponto alto na furtividade.

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Performance de Resident Evil 6 no Switch

Aqui temos um port quase que direto de sua versão original para PS3 e Xbox 360, com poucas diferenças. Os gráficos, primeiramente, parecem um pouco melhor que nos consoles da geração passada, mas isso graças a tela pequena do Switch quando no modo portátil. Já quando dockado podemos ver que as texturas de fundo de cenário estão um pouco mais embaçadas. O que não atrapalha a jogatina de forma alguma.

A performance do jogo foi comprometida com a escolha de não limitar o framerate do jogo aos 30fps (assim como em sua primeira versão). Com isso temos quedas e picos que variam muito e ficam extremamente perceptíveis. Principalmente na campanha de Chris – onde o FPS trabalha mais abaixo dos 30 fps do que acima. Isso piora um pouco quando pensamos em jogar em split-screen. Simplesmente não suporta. Se você é uma pessoa que consegue sentir variações de FPS o modo de tela-dividida não irá servir para você. Jogar com um amigo que tenha um Switch e o jogo é a melhor maneira de jogar o jogo cooperativo.

Devo dizer também que a parte online do jogo está funcionando perfeitamente. Sempre que criei uma partida, seja no início de uma campanha ou já em um capítulo avançado, não demorou muito para que alguém entrasse na minha partida. Sendo brasileiro ou japonês, não tive problemas de conexão ou de lag.

Portabilidade e mirar com o Joy-con

Como sempre, a grande atrativo de ports para o Switch fica por conta de sua portabilidade. O jogo trabalha melhor no modo portátil e funciona perfeitamente para jogar offline em uma viagem ou situação “on-the-go”.

Além disso, uma grande novidade, que foi lançada via patch, foi a possibilidade de mirar usando o Joy-con direito! Para aqueles que gostam do jogo e procuram um motivo para jogar novamente, aqui está o seu motivo. O jogo fica muito divertido neste modo e com certeza irá te prender por algumas horas. Além de mirar e atirar você também pode se livrar de agarramentos e fazer movimentos para usar a faca. Tudo funciona muito bem e é uma ótima adição para esse jogos da série!

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Residen Evil 6 - Switch

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade e performance - 6.5
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8
Novidades da nova versão - 8

7.5

Compre se quer o título de forma portátil

Resident Evil 6 sempre dividiu opiniões entre fãs da franquia e do jogo em específico. A grande verdade é que o jogo é uma ótima pedida como jogo cooperativo e uma pedida que deixa a desejar como terror de sobrevivência. Seu lançamento para o Nintendo Switch possui problemas antigos de performance que poderiam ter sido evitados, mas entrega um jogo que funciona no modo portátil e apresenta uma nova maneira de mirar e usar movimentos do console para trazer uma nova experiência para todos.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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