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Análise: Bayonetta 10th Anniversary é a prova que esse jogo falha em envelhecer

Apesar dos gráficos entregarem um pouco a idade, Bayonetta ainda apresenta um espírito juvenil em sua primeira década de vida

Bayonetta foi lançado há 10 anos atrás sendo feito por uma produção cooperativa entre Sega, PlatinumGames e o consagrado diretor Hideki Kamiya, o mesmo de Devil May Cry e Okami. Por muitos sendo considerado o jogo com a “versão feminina” de Dante, aqui temos a história da bruxa amnésica, Bayonetta, que está cada vez mais próxima de descobrir a verdade sobre sua origem e passado. O 10th Anniversary é uma versão remasterizada familiar com aquela lançada para Switch, porém, sem os seus bônus exclusivos da Nintendo e em sua edição física vem acompanhada de Vanquish.

A guerra entre anjos e demônios em Bayonetta

O hack’n slash desenvolvido pela PlatinumGames trabalha com o conceito do combate épico entre anjos e demônios de uma forma diferente do habitual, uma vez que nossos inimigos são os anjos possuidores de uma aparência um tanto bizarra e deveras criativa.

Aqui temos a protagonista Bayonetta, que é uma Umbra Witch (bruxa de poder demoníaco) que não consegue se recordar do seu passado, mas que confronta os seres angelicais por alguma razão. No começo, o que parecia ser um trabalho de mercenário, começa a tomar maior profundidade quando outra Umbra Witch surge e a vida de uma criança entra em jogo.

A personagem Bayonetta segue a linha de mulher badass / femme fatalle. Mas a própria acaba quebrando o estereotipo ao mostrar a sua preocupação com aqueles que estão em sua volta. Por outro lado, temos outros personagens de suporte para a trama que servem muitíssimo bem como alívio cômico, O jornalista Luka é um ótimo exemplo.

Por mais que seja bons personagens e com construção bacana, é notável a mão de Hideki Kamiya na criação deles, pois conseguimos ver o mesmo perfil em outros de seus jogos. Em especial os diálogos que dizem demais da personalidade de cada um.

Bayonetta

Apesar dos gráficos, Bayonetta não envelheceu

Os gráficos entregam que o jogo foi feito 10 anos atrás, apesar de se tratar de um remaster. Se olharmos o cabelo de Enzo (não, ele não é um brasileiro que nasceu nos últimos anos) podemos ver algo espetado para trás que mais parece uma ponta pincel endurecida por cola. Ou as pedras do cenário serem extremamente quadriculadas. Apesar desses sinais, ainda podemos vislumbrar cenários extremamente lindos e originais que nos deixam pensando “o que ele fumou para criar isso?”.

A jogabilidade ainda é excepcional na maior parte do tempo, promovendo grande divertimento e adrenalina – mostrando que a PlatinumGames sempre teve a mão certa para esse tipo de jogo. Os momentos em que utilizamos algum “veículo” são ótimos para quebrar a rotina e impedir que o jogo se torne algo repetitivo.

Infelizmente nem tudo são rosas, pois algumas fases parecem ser longas até demais, como é o caso da missão 14 onde pilotamos um míssil. Ela é longa. Muito longa a ponto de fazer algo que deveria ser divertido tornar-se desgastante. Em outras palavras, em alguns momentos eles “erraram na mão”.

Outra crítica é alguns quick time events, que são falhos e por conta disso morremos de imediato. Forçando o  “game over” várias vezes até que em algum momento a gente acerte o tempo errado que é considerado o correto. Confuso, não? Enfim. Por mais que seja um remaster, isso era algo que poderia ter sido arrumado: a precisão desses momentos.

Uma década de sucesso

Estando presente em todas as plataformas atuais, Bayonetta é um jogo referência em questão de hack’n slash. Apesar das polêmicas envolvendo o apelo sexual e já ter sido mencionado no passado por muitos como “jogo de tarado”, ele consegue ir além do que algo sexualmente apelativo. Com uma trilha sonora digna de bater palmas e uma história muito bem elaborada, temos aqui um clássico da sétima geração.

O maior problema é para aqueles que não possuem um Wii U ou Nintendo Switch. A vontade de experimentar o segundo título só pode ser saciada quando você comprar um dos consoles citados. O mesmo vale para o, já anunciado, Bayonetta 3 que será exclusivo do Nintendo Switch.

Bayonetta 10th Anniversary

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 8

8.9

Compre se nunca jogou!

Bayonetta 10th Anniversary traz de volta um grande jogo que, apesar de estar um pouco velho por conta de seus gráficos, sua jogabilidade e mecânicas se mostram totalmente juvenis. E sem contar que sua trilha sonora é sensacional.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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