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Análise: A Fundação amplia o mistério de Control

Primeira DLC de um dos melhores jogos de 2019 está disponível

Esta análise não contém spoilers. Resumimos a história para que você se ambiente na expansão!

Control foi uma grata surpresa em 2019. Um jogo único, diferente da mesmice em que vários jogos se encontram, onde eu mesmo concluí na minha análise que era “uma histórica extremamente louca, única e viciante. Felizmente a Remedy manteve o mesmo padrão com sua primeira DLC para o jogo, chamada de A Fundação.

Gato maligno

A sensação de estar completamente perdido na história se mantém. A Fundação mantém a mesma narrativa original do jogo, te metralhando de mistérios e segredos para somente lá na frente te dar uma dica do quebra cabeça. A dificuldade de algumas hordas de inimigos também foi mantida, então prepare-se para repetir algumas vezes o mesmo caminho e a mesma batalha. E nem adianta procurar no menu uma forma de deixar mais fácil.

MAS QUAL O ENREDO?

Primeiro você deve passar pelo endgame do jogo base para poder jogar a expansão. Ou seja, você TEM que zerar. A expansão te leva para um lugar abaixo da Antiga Casa, para o Plano Astral que está tentando invadir a  dimensão da realidade. Por isso O Conselho envia Jesse para para resolver o problema e restaurar o equilíbrio, inicialmente investigando o totem gigantesco chamado de Prego.

Sim, é tão esquisito quanto estou te falando. Claro que o mistério fica no ar pois é uma análise sem spoilers, o que dificulta mais ainda te contar algo extremamente complexo, sem poder falar diretamente o que está acontecendo. E não somente fatos novos que vem a tona, fatos do passado e personagens que pareciam ter desaparecidos, estão de volta.

Jesse e Pope

Lembra da Marshal? Ela parece estar de volta, pelo menos as projeções/alucinações estão por todas as novas cavernas. Segredos ocultos da Antiga Casa, dos diretores e do Conselho virão a tona. Se você tinha calafrios quando o sussurro falava com você, mas ao mesmo tempo te intrigava, querendo mais interações, terá um prato cheio. E não somente da entidade tradicional de sempre! Uma onda de conversas com diferentes interpretações te esperam.

MUDA ALGO NO GAMEPLAY?

Muda, e mexe diretamente nos seus poderes. Jesse agora terá duas novas habilidades que possuem uso restrito na área de A Fundação. Mas não porque ela some ao voltar para o mapa original de Control, e sim porque envolve manipulação de cristais presentes somente nas cavernas da Fundação. Você pode tanto expandir bases de cristais ou destruir cristais crescidos.

Estas habilidades novas são de grande importância. Obrigatórias para avançar nos puzzles já tradicionais de Control, onde você precisa estudar o ambiente e descobrir o que tem que fazer para avançar. Pode aguardar novos elaborados puzzles em A Fundação. Além disso, a manipulação de cristais pode te ajudar contra as hordas de inimigos, mas vou deixar para você descobrir como.

Novos ambientes

Além de novos poderes temos novos inimigos, que te caçam durante horas. Um deles, extremamente irritante, é uma espécie de escravo, que se movimenta rápido e te ataca diretamente com uma espécie de machado. O dano é alto, então a esquiva constante é necessária. A habilidade de escudo também foi melhorada, com novas opções de evolução.

CONCLUSÃO

O meu jogo preferido de 2019 ganhou uma DLC à altura. A Fundação amplia suas horas de jogo, te traz novos poderes, te explica mais um pouco de um passado obscuro de toda a trama e te deixa mais confuso ainda do que quando Jesse virou diretora no final do jogo base.

A Fundação amplia toda a história do jogo, que já era intrigante, fantástica e diferente. O que era de se esperar, pois é um jogo sólido, com excelentes gráficos, narrativa e gameplay, não poderia morrer apenas com o jogo base. E para uma primeira DLC, a Remedy mandou muito bem. As inclusões que A Fundação traz para a história deixam os fãs muito, muito mais intrigados. E claro, ela continua te deixando confuso e sem respostas, mas a essa altura isso é talvez o que mais gostamos no jogo.

Porém nem tudo são flores e fica aqui uma crítica pesada, da mesma forma que eu fiz na análise do jogo base. Pelo menos no PS4 Pro, mantém-se o desempenho pífio para um jogo grande. Abrir os menus de habilidades, das armas ou até mesmo o menu normal do jogo com as configurações expõe uma gravíssima falta de polimento do jogo. Um tempo enorme se passou e as quedas de quadros por segundo ao acessar os menus são grotescas. É preciso trabalhar em cima disso, pois um jogo bom, com bom enredo, pode sofrer por causa de uma falta de capricho e carinho com o polimento.

 

Pedro Nogueira

Formado em Administração e em GunZ: The Duel. Rei dos FPS e o Toretto dos jogos de corrida no site. O nerd/entusiasta do PC Master Race, responsável por análise de periféricos e hardware. Quebra um galho de streamer lá na twitch.tv/ultimaficha.

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