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Análise: Book of Demons, o livro dos demônios ganha vida

Em forma de papel machê

Book of Demons foi desenvolvido e lançado pela Thing truck em 2018 no PC via Steam e distribuído nos consoles pela 505 games para PlayStation 4, NIntendo Switch, Xbox One em 2020.

Book of Demons é um Hack&Slash de papel machê com Deck Build onde você devera entrar em masmorras, catacumbas, para eventualmente chegar até o inferno e derrotar o grande mal que esta matando as pessoas de sua vila natal.

Para aqueles que sempre quiseram experimentar jogos no estilo da série Diablo, mas sempre que ficaram com receio, Book of Demons é um ótimo jogo para se inciar, pois foi projetado para os mais casuais, mantendo a atenção para os jogadores veteranos.

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Historia

Após a introdução do jogo, você toma o lugar de um jovem aventureiro que volta para sua cidade natal depois de dominar as técnicas de espada e escudo, um arco e flecha ou a arte da feitiçaria (você pode escolher qual classe deseja depois de chegar no lvl 5 com o primeiro personagem) para descobrir que os portões do Inferno foram abertos nas profundezas da antiga catedral e os demônios criaram horrores e que em breve devastarão o mundo!

Após chegar na cidade o jogador é recebido pela amiga de infância, a Barmaid, junto com o Sábio que lhe dá, uma  introdução de toda a situação. Nesse momento o seu personagem decide empunhar a sua arma e ir para a antiga catedral para combater esqueletos, zumbis, gárgulas, fantasmas e todo tipo de assombrações que você pode imaginar, enquanto desce para derrotar os três seres responsáveis por toda essa situação, terminando com uma batalha final com o próprio Archdemon, líder das hordas do Inferno, corruptor de tudo que é bom, e adorador de patos de borracha.

A história do jogo só fica em torno disso, mesmo sendo rasa, possui voz em todos os diálogos e uma boa introdução. Por conta dos textos massantes na hora das falas dos personagens e a falta de mais NPC’s na cidade faz  com que você fique com preguiça devido ao tamanho das falas e textos – mesmo que algumas delas sejam engraçadas ou interessantes.

Gameplay

O gameplay é bastante simples, consiste no jogador ficar andando em caminhos predefinidos pelo jogo, enquanto utiliza o analógico da esquerda para se movimentar pela masmorra, o da direita para selecionar inimigos e itens e enquanto pressiona o X ou R2 para atacar. Caso o jogador não selecione o inimigo, o personagem sai atacando automaticamente tudo pela frente começando pelo mais próximo.

O jogo possui um sistema de cartas que consiste que o jogador as colete enquanto vai descendo pelas catacumbas, que pode definir se o jogador irá passar dificuldades ou não durante as dungeons. Vale citar que o jogo não possui um botão para fazer o personagem se movimentar mais rápido, o que pode tirar às vezes a vontade do jogador de fazer 100% no andar.

No Book of Demons cada level-up, o jogador recebe um upgrade no ataque, um ponto de vida ou mana e um ponto para ser colocado no caldeirão da Barmaid. O caldeirão possui alguns elementos de riscos e recompensas (incluindo pontos extras de vida, mana e cartas lendárias) a medida que o jogador vai descendo as catacumbas e conquistando novos andares. Porém, a cada uso o seu preço vai aumentando exponencialmente e em caso de morte do jogador tudo dentro dele é perdido para sempre. Infelizmente o jogo deixa de passar essa sensação de perigo que você vai perder tudo no caldeirão, pois além do jogo ser bem fácil, ele permite que o jogador volte a cidade quando quiser, no momento que ele sai de algum andar ou no meio do andar atual.

Cartas

O jogo possui 3 categorias de cartas sendo elas as vermelhas que são consumíveis (poções, bombas, portais), as verdes na qual são magias passivas (bloqueando “X” de mana transformando parte de sua mana na cor verde na interface) e as azuis são magias normais na qual você utiliza mana para poder utilizar a habilidade escolhida.

Ao voltar para a cidade após adquirir novas cartas é possível identificar algumas delas com o sábio da cidade, recarregar as consumíveis e aumentar o nível delas com a cartomante.

Construindo um bom deck permite que você possa enfrentar quase qualquer inimigo sem problemas, mas exagerando em algumas cartas verdes, pode trazer algumas complicações para o jogador quando lhe falta mana. Lembrando que as cartas possuem cooldown então não e possível ficar abusando de algumas habilidades, que pode resultar na morte daqueles que só ficam usando somente na mesma carta.

Gráficos e Áudio

Book of Demons é todo feito de papel machê que dá um toque muito bonito para um jogo nessa temática e quando você lembra de Dungeons & Dragons, lhe passa uma sensação de carisma e de aventura, possuindo diversos detalhes no mapa. Porém, o que decepciona são os NPCs que interagem com o jogador durante a quest, pois são mais mortos que os fantasmas das dungeons. Não possuem uma reação em relação ao dialogo falado, o que é uma pena nesse quesito.

As vozes são boas, mas, como foi citado acima na parte da história, pode se tornar monótona devido ao dialogo extenso e o jogador ter que repetir mais de 10 dungeons quase iguais para chegar na próxima missão que desbloqueia um novo dialogo. As músicas, por sua vez, passam bem batidas. Não são muitas mas conseguem representar o ambiente onde o jogador está localizado e existem muitos sons bons de efeitos no jogo – mas nenhuma música consegue se destacar durante o gameplay.

Conclusão

Book of Demons é um jogo que pode ser jogado de diversas maneiras pelos jogadores veteranos de vídeo game e iniciantes na qual quase não passam tempo jogando – ou até mesmo procuram um jogo de RPG simples para iniciar no gênero. Possuindo uma tecnologia flexiscope (algo bastante bem-visto por sinal e que mais jogos deveriam possuir algo parecido) que analisa o comportamento do jogador e cria uma previsão de tempo de jogo dependendo do tamanho da partida criada, através dos dados coletados anteriormente.

Mesmo depois da conclusão do jogo, Book of Demons pode ser jogado diversas vezes devida as classes extras que faz mudar um pouco a gameplay em após a conquista da quest principal, o jogo desbloqueia o modo livre na qual o jogador fica tentando chegar até o inferno sem morrer. Conforme ele vai descendo o jogo, vai ficando mais difícil e, dependendo da dificuldade escolhida pelo jogador, o jogo pode banir algumas cartas e impor o jogador a levar algumas cartas no deck, assim como penalizar o jogador caso ocorra a morte do personagem.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Book of Demons é divertido, mas poderia ser melhor

Visual, ambientação e gráficos - 7.1
Jogabilidade - 6.7
Diversão - 6.3
Áudio e trilha-sonora - 6.5

6.7

Bom!

Book of Demons pega o melhor de um jogo simples e o apresenta a um jogador inexperiente ou cansado sem querer pensar muito após um dia de trabalho. Mesmo sendo bem bonito em seu visual de papel machê, consegue ficar bem repetitivo após 30 minutos de gameplay, fazendo o jogador perder um pouco da vontade de jogar após completar duas partidas longas seguidas.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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