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Análise: Ion Fury chega aos consoles com qualidade

Port para os consoles é bem feito, mas não é perfeito

Ion Fury foi lançado em 2019 para PC pela 3D Realms, empresa que lançou clássicos como Duke Nukem 3D, com a temática de ser um jogo retrô no estilo da década de 90. Depois de muito sucesso e cerca de 6 meses após seu lançamento no PC, o jogo chegou aos consoles.

Hoje o jogo está disponível para PS4 Pro e Xbox One X (4K nativo 60FPS), Ps4 e Xbox One (1080p 60FPS) e para Nintendo Switch (1080p 30FPS) que foi a versão que usamos para esta análise.

A história de Ion Fury

Antes de falar da história de Ion Fury, vale trazer uma curiosidade. O jogo originalmente iria se chamar Ion Maiden, mas por ser um nome muito similar a banda de rock Iron Maiden, o nome foi mudado antes de seu lançamento para evitar dor de cabeça.

A história no jogo é um tanto simples e é um prequel do jogo Bombshell, lançado em 2016. Você é a policial Shelly “Bombshell” Harrison que embora seja uma novata na força policial já fez seu nome, e irá impedir o Dr. Jadus Heske que quer controlar o mundo com o seu exército de seguidores e seres alterados e melhorados. Uma curiosidade é que quem faz a voz desse personagem é Jon St. John, que também faz a voz de Duke Nukem.

A partir dai é muito tiro, sangue e morte! Por ser um jogo no estilo retrô, a 3D Realms utilizou a mesma engine de Duke Nukem 3DBlood e Shadow Warrior, ou seja, uma engine com mais de 20 anos. Isso fez com que o jogo trouxesse o mesmo sentimento visual dos exemplos dados. É tudo muito bem feito e atualizado com as técnicas atuais. Cores fortes e muito neon é o destaque do jogo e suas muitas fases.

Morrendo muito em Ion Fury

A jogabilidade segue o mesmo fluxo que os jogos antigos. Muita ação, inimigos e exploração. Aqui temos uma correria que tem seu lado positivo e negativo. Quem jogava jogos clássicos de tiro e até um exemplo mais moderno sendo DOOM, sabe que é um jogo de muita ação e velocidade que exige precisão.

No passado isso funcionava pois não tinha mira para cima e para baixo. Se o inimigo tivesse na sua linha de tiro (independente da altura) ele seria atingido. Hoje temos esquemas de controles muito mais apurado e polido para dar aquele lindo headshot e fazer altos malabarismos.

O que acontece é que em Ion Fury ficamos no meio do caminho. Vale dizer que no PC, utilizando o mouse, os controles são excelentes se adaptando a essa fórmula. Infelizmente no console não conseguimos atingir esse mesmo nível de precisão. Mesmo ajustando a sensibilidade do controle, ainda faltava um algo a mais para me sentir confiante nos controles. Vale dizer que zerei os dois DOOM no console e embora não seja igual ao mouse, joguei com tranquilidade usando um controle.

O que acontece é que o jogo entrega um grande desafio (e isso não é um problema), porém, o controle não corresponde a altura, ou seja, irá morrer diversas vezes até concluir a fase. O que acaba agravando esse problema é que os save points são um tanto distantes e pontuais. Caso morra muito na frente, irá voltar um grande pedaço do jogo.

Por fim, algo que reparei, é que no controle você tem ou a possibilidade de mover pouco e lentamente o analógico para mirar, ou então será o oposto sendo algo muito rápido. Faltou um equilíbrio maior.

Exploração recompensada

Sei que o que acabei de falar soou um pouco negativo, mas quero deixar claro que o jogo em momento algum é ruim, muito pelo contrário. Mas uma realidade é que esse jogo será muito melhor aproveitado em um PC ao invés do console, porém, é completamente jogável no console. Ele só irá testar mais sua paciência e habilidade.

Além do esquema de alta velocidade, inimigos e muita morte, o jogo lhe oferecerá inúmeros interativos e segredos. Assim como os jogos do passado, vale a pena explorar cada ponto, explodir paredes e muito mais para achar os inúmeros segredos que a fase esconde.

Existem diversas portas a serem testadas, lugares embaixo da água, banheiros a serem vistos e muito mais. Mas vale lembrar que sempre tem que ficar atento aos inimigos que irão aparecer nos lugares e momentos mais inesperados. Para tal você poderá contar com seu arsenal de armas que ao invés de ter o gatilho esquerdo dedicado para a mira, ele irá ativar algum modo especial da sua arma.

Por exemplo, sua primeira pistola irá marcar o inimigo e dar tiros certeiros (diria que isso a faz a arma mais forte do jogo). Já a escopeta poderá se transformar em um lança bombas.

E uma dica para os usuários de Switch, embora o jogo seja travado em 30 FPS, basta colocar o clássico Konami Code para deixar o FPS livre.

Conclusão

Ion Fury chega aos consoles trazendo muita ação, gráficos retro e muito desafio. Assim como no PC, ele chega de forma impecável nesses aspectos sendo um excelente jogo. Porém, o fato de não estar jogando com um mouse e sim com um controle, deixa a desejar mais do que normalmente seria (afinal a experiência do mouse em jogos de tiro é sempre mais apurada). Esse detalhe acaba elevando a dificuldade do jogo e pode vir a frustar alguns jogadores.

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Ion Fury é suor, lágrimas e conquista!

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade (consoles) - 6
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7.5

7.3

Muito Bom

Ion Fury chega agora aos consoles usando a mesma engine de jogos clássicos como Duke Nukem 3D, Blood e Shadow Warrior. Seu visual retrô e seu gameplay frenético irá desafiar até os mais experientes gamers. Porém, muitos poderão sentir a falta do mouse neste jogo.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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