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Análise: Roki é uma clássica e emocionante aventura

Jogo trata de temas de família com fundo de lenda nórdica

Durante a E3 de 2019 nós tivemos a oportunidade de conhecer Roki, um jogo independente feito pela Polygon Threehouse e distribuído pela United Labels. O jogo que tinha uma arte agradável e marcante tendo como pano de fundo lendas nórdicas.

Nessa aventura no estilo adventure game, também conhecido como point and click, iremos controlar a jovem Tove que cuida do seu irmão caçula Lars que é misteriosamente raptado por um monstro nunca antes visto e são levados para um reino com criaturas que só tinham ouvido falar em livros de contos.

Roki será lançado dia 23 de Julho para PC via Steam e também sairá para Nintendo Switch (ainda em 2020).

Corra Tove, corra!

As lendas escandinavas

Logo antes da aventura começar, é possível ver a relação entre os irmãos Tove e Lars e de como eles foram afetados pela recém morte de sua mãe. Inclusive Tove tem que amadurecer rapidamente para ajudar na casa e também cuidar de seu pai que está deprimido com o acontecimento.

Mas nem tudo que está ruim não pode piorar. Em uma noite Tove começa a ler uma das histórias de lendas nórdicas para seu irmão Lars pegar no sono onde o mundo passado era guardado pelos Jötnar e que em uma “briga de família” eles acabam expulsando Rorka que se relacionou com um ser humano e teve um filho nem Jotun nem humano. Isso mostrou o preconceito desses deuses protetores.

Muito coincidentemente, logo após a leitura dessa história aparece um monstro perseguindo os irmãos que acaba raptando Lars. Após passar por um portal misterioso, cabe a Tove desbravar essa nova terra cheia de criaturas lendárias, se aliar aos Jötnar e salvar seu irmão.

A história central de Roki acaba circulando entre os relacionamentos de família tanto dos humanos Tove e Lars como dos Jötnar e como suas decisões os levaram para esse momento. Até aonde você está disposto para se sacrificar por sua família?

Tomte é uma espécie de elfo nórdico que traz boa sorte para a sua casa, caso seja alimentado.

Um clássico Adventure game

Em Roki nós iremos resolver inúmeros puzzles para avançar na história, ou seja, não espere combates nem comandos complexos. Você irá coletar itens ao longo de sua viagem que poderão ser usados ou de forma simples ou então serão combinados em um novo  item.

Por exemplo, um dos primeiros puzzles você precisa remover uma espada de um Troll. E como fará isso? Achando uma corda e uma armadilha de urso. Combinando os dois itens você conseguirá pescar essa espada fincada no Troll e terá um novo item.

Também conhecido como Yule Cat, ele pega crianças que não estão usando roupas novas na véspera de natal.

Esse é apenas um dos exemplos, existem inúmeros puzzles onde teremos que resolver ações sempre focados no folclore nórdico. Que tal satisfazer um Tomte arrumando comida para ele lhe ajudar? Ou então ajudar o assustador Jólakötturinn a recuperar sua pelugem branca?

No geral os puzzles são bem diretos e com um pouco de observação você entenderá o que deve fazer. Claro, existirão algumas barreiras ao longo de sua aventura que lhe fará quebrar bastante a cabeça e que terá um grande sentimento de vitória após vencer o desafio.

Pegando mais uma lista de tarefas

Visuais e sons agradáveis em Roki

Roki tem a premissa de ser um jogo simples, mas isso não quer dizer que ele é ruim ou fraco, muito pelo contrário. Além de sua interessante história e mecânicas de quebra cabeça, o jogo acompanha visuais muito bem feitos.

A arte do jogo é muito bem feita e as animações dos personagens são muito legais, em especial as reações faciais de Tove que é muito expressiva. Acompanhando essa parte visual, o jogo conta com um diário onde será possível ver uma descrição de onde já explorou, do que já fez, pistas, pontos de interesse e mais. Existem diversos colecionáveis que Tove colocará em seu diário, assim como a possibilidade de liberar insígnias por ações executadas.

Outra parte muito agradável de Roki é a calma e relaxante trilha sonora que veste muito bem o jogo e seus momentos.

Os grandes guardiões levaram um golpe e você precisará ajudá-los

Conclusão

Roki certamente não é um jogo para todos, pois sua proposta é bem específica: Levantar uma discussão de família e amor tendo como base o folclore escandinavo. Independente do conhecimento cultural que possa vir a ter, tudo é claramente feito com muito carinho e o jogo consegue entreter por diversas horas. Inclusive é interessante anotar os diversos e complicados nomes e aumentar seu conhecimento em uma nova cultura.

Para os que gostam desse estilo de jogo e de conhecer uma nova cultura, Roki é um prato cheio e com muita qualidade que lhe prenderá por horas resolvendo diversos quebra cabeças.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Roki

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 7.5

7.8

Bom

Roki é uma ótima aventura que irá desafiá-lo em seus quebra cabeças e o fará ter que prestar muita atenção nas atividades e nos detalhes do cenário. Com gráficos e músicas agradáveis, Roki irá agradar muitos jogares, em especial os dispostos a conhecerem mais do folclore escandinavo.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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