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Análise: O clássicos nunca morrem: Marvel Ultimate Alliance chega para a nova geração

“Clássico é uma obra artística que pode servir de modelo, cujo valor é universalmente reconhecido”. Na concepção deste avaliador de jogos, games são obras de arte. Portanto, os clásicos não envelhecem, não se tornam obsoletos e, tampouco, tem prazo de validade. Muito pelo contrário, eles seguem sendo relevantes mesmo com o passar dos anos. Mais do que exemplos, os clássicos são referências. A série Marvel Ultimate Alliance está neste seleto grupo. O game não lançou o gênero, mas certamente elevou seu nível.

Lançada em 2006, o game chegou para a antiga geração com uma proposta simples: ser um beat ’em up no estilo dungeon explorer no qual você controla, ao mesmo tempo, quatro heróis marvel. Esses personagens podem ser trocados de tempos em tempos e, ao ponto que avança no jogo, seus poderes podem ser melhorados como num clássico RPG. Aliás, os heróis se dividem em estilos bem distintos. Há três bem claros: os que eu chamo de porradeiros, que geralmente vão na frente aguentando e infringindo dano. O segundo tipo são os versáteis, que apesar de conseguirem infringir bons danos, eles não são fortes o suficiente para andar na linha de frente. Há os de apoio, que usam seus poderes para uppar a habilidade geral do grupo e, não menos importante, temos a artilharia, que fica na última fileira mandando os danos mais insanos como as magias da Tempestade, do Tocha Humana e por aí vai.

A versão recém lançada de Marvel Ultimate Alliance (I e II) para Playstation 4 e Xbox One é um port e não uma remasterização. Portanto, não espere um salto gráfico ou mudanças no roteiro do game. O jogo nada mais é do que a versão completa dos títulos lançados para PC, Xbox 360 e Playstation 3 (ok, ele é um pouco melhor, como explicarei mais pra frente). Isso significa que os DLCs de personagens lançados para os originais deveriam estar nesta versão final, mas isso não aconteceu. Particularmente esse fato não me incomodou, pois a Activision já se pronunciou que os personagens das DLCs chegarão em breve por uma atualização do game. Além disso, o jogo já nos oferece tantos personagens de início que dá até vontade de jogar primeiro com os personagens originais e, paulatinamente, irmos desbloqueando os novos. Porém, eu sei que grande parcela dos fãs ficou uma arara com a ausência dos personagens dos DLCs.

Em termos de desempenho, Marvel Ultimate Alliance apresenta uma melhora significativa de frame-rates. Se na versão das gerações passadas o jogo era famoso pelas travadas na jogabilidade por conta da queda de frames (em média o jogo performava a 30 FPS. Porém, esse número poderia cair para até 15 FPS dependendo da parte do jogo), na versão para os consoles atuais o jogo performa entre 40 e 50 FPS, mas pode chegar a deliciosos 60 FPS em algumas regiões. Notei também uma melhoria gráfica nos elementos do cenário, em sombras e, também, nas texturas dos uniformes dos personagens. Nada gritante, mas as melhorias estão lá.

O modo online sofre com problemas de conexão. Achar uma partida disponível é um exercício cansativo que a Activision precisa melhorar o quanto antes (quem sabe isso também não estará no pacote de atualizações que chegará em breve?). Outro “problema” do game é o preço. Alguns consideraram o preço salgado demais para um bundle de um port da geração passada. Particularmente eu pagaria o preço sorrindo, pois estava atrás desse jogo faz um tempão e raramente o encontro à venda e quando o encontro, o preço está acima de qualquer bom senso. Para se ter uma ideia, é fácil encontrar qualquer um dos jogos da franquia a um preço superior até mesmo ao sugerido pelo bundle dos consoles da geração atual.

Conclusão

Ter Marvel Ultimate Alliance nos consoles atuais foi uma grata surpresa com a qual a Activision nos brindou. Apesar dos problemas de conexão e do preço levemente salgado, o game está do jeito que eu me lembrava dele. Ele é extremamente divertido e viciante. Jogar com os amigos localmente chega a emocionar, trazendo de volta aquele espírito cooperativo dos primeiros jogos do gênero como Golden Axe, Tartarugas Ninja e Cadillac and Dinossaurs. Os fãs da franquia irão adorar, mas os demais jogadores podem estranhar a falta temporária do modo online e dos personagens da DLC. Com o olhar de fã o jogo ganha 9,5 fichas. Com o de gamer 7,5. Média final: 8,5 nostalgicas fichas.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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