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Análise: The King of Fighters XIV marca uma nova fase para a franquia

“Mais difícil do que chegar no topo, é se manter nele”

The King of Fighters é, tranquilamente, uma das franquias mais amadas e conhecidas dos videogames. Seu nome é tão forte que ele transcede seu gênero (lutas) e é facilmente reconhecível por todo tipo de gamer. Chegar a esse patamar não é fácil. Eu listaria poucos jogos (dentre eles seus rivais de gênero, como Street Fighter e Mortal Kombat) que tiveram uma história tão vitóriosa. Afinal, para tal feito, é preciso anos e anos de muitos sucessos. Tal qual um legítimo campeão do passado, é normal se ver diante de novatos querendo lhe destronar. Como diria o profeta: “mais difícil do que chegar no topo, é se manter nele”.

Se não ganhou todos os títulos, ao menos sempre esteve entre os melhores. Por se tratar de um jogo de videogame, a idade não pesa. Pelo contrário. Ela traz respeito, experiência e uma base fiel de fãs que a amam incondicionalmente. Infelizmente não dá para se agarrar ao passado. Campeões que se veem desafiados por novos talentos precisam se reinventar. Precisam manter suas convicções, mas terem a mente aberta para aprender coisas boas com os novatos. E foi justamente isso que a SNK fez com sua legendária franquia: The King of Fighters aprendeu com as derrotas para retornar em grande forma.

Um jogo acessível e divertido

A primeira grande qualidade de The King of Fighters é sua acessibilidade. Ao invés de fazer algo exclusivo para fãs, a SNK acertadamente criou um jogo muito fácil de se aprender a jogar. As mecânicas são simples (não confunda com simplórias) e com pouco tempo qualquer jogador aprende a fazer golpes simples, combos e como vencer suas primeiras lutas. Obviamente os mais dedicados farão o tutorial o quanto antes. Mas isso não impede ninguém de escolher três personagens aleatórios (nem precisa entender a relação entre os trios) e começar a se divertir.

A segunda grande sacada da SNK foi criar um jogo de luta completo. Isso pode soar estranho, mas acreditem, recentemente um jogo de luta foi lançado “incompleto” e o resultado foi desastroso. Voltando. Tudo o que um jogo de luta atual oferece está em The King of Fighters XIV: modo história (falo mais dele à seguir), modo online, versus, treinamento, tutorial, desafios e muito mais. Lindo, não? Pois tudo fica ainda melhor com um modo história na medida certa.

Modo história clássico foi um grande acerto

Particularmente não gosto de modos história como o de Mortal Kombat, no qual você precisa jogar com todos os personagens do game. Me parece um pouco forçado, pois pe humanamente impossível que você aprenda a jogar com todos os personagens antes de fazer esse modo que explica tanto sobre o jogo. O resultado são lutas feias, em níveis de dificuldade muito baixo, para que qualquer um consiga jogar com qualquer personagem única e exclusivamente para saber mais sobre a lore do jogo. Eu prefiro a boa e velha mecânica de ter de zerar o jogo com seu personagem (no caso de Kings um trio) para entender as motivações dos personagens. Para melhorar, The King of Fighters XIV acrescenta diálogos extras antes de algumas partidas entre personagens rivais ou próximos de alguma maneira. Isso era muito usado em jogos como Street Fighter Alpha, Samurai Shodown (da própria SNK) e muitos outros.

Se há uma coisa que pesa bastante para uma avaliação boa um ruim em um jogo de luta é sua jogabilidade. Controles travados, botões que não respondem aos golpes imputados ou lags podem decretar o fim de um bom jogo de luta. Em The King of Fighters XIV tudo é uma maravilha. Golpes fluídos, resposta rápida aos comandos e uma simplicidade exemplar para outros títulos que insistem em criar combos gigantescos ou combinações que apenas os grandes mestres conseguem executar. Esqueça. Tudo funciona bem e, como disse acima, a curva de aprendizado é gigantescamente rápida.

Apesar de ser graficamente bonito, fica a sensação de que The King of Fighters XIV poderia ter caprichado um pouco mais. Se compararmos com lançamentos contemporâneos como Street Fighter V, Tekken 7 (que já chegou para fliperamas e estreiará em breve nos consoles), a diferença é nítida. Porém, vale lembrar que a franquia nunca se destacou por seus gráficos, mas sim por criações extremamente criativas e cativantes. E isso está presente no jogo. Os cenários são de cair o queixo e foram fiéis aos clássicos da série.

Conclusão

The King of Fighters XIV é um senhor nogo de luta. Ele chega não somente para recolocar a fraquia no mapa dos jogos de luta, mas também para mostrar como um game do gênero deve ser. Divetido, acessível e extremamente viciante, The King of Fighters XIV é obrigatório para quem curte uma pancadaria (virtual) e para aqueles que querem se aventurar no gênero e não sabem por onde começar. Tivesse um gráfico um pouco mais aprimorado, daria 5 fichas de olhos fechados para o Rei. Por conta disso, esse lindão receberá 4 empolgadas fichas.

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game = [The King of Fighters XIV] info = [Lançamento: 23/08/2016] info = [Produtora: (SNK)] info = [Distribuidora: Atlus] plataformas = [PS4] nota = [4/5] decisão = [Compra certa para quem curte jogos de luta] texto = [The King of Fighters XIV mostra o poder] texto = [da famosa franquia de jogos de luta] positivo = [Controles fluídos] positivo = [Nostalgia na campanha] positivo = [Aprendizado rápido] negativo = [Gráfico faltou polimento] }}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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