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Análise: God Eater 2 Rage Burst – Extermine todos os Aragamis

God Eater 2 Rage Burst no ocidente foi um sonho de muitos fãs há alguns anos e que há pouco tempo tornou-se uma realidade. Seguindo a temática estabelecida em God Eater Burst de PSP, essa sequência consegue dar uma experiência de caça extremamente agradável. O lançamento de God Eater Ressurection (que no Japão foi lançado depois do Rage Burst), tendo sido antecessor a este, não conseguiu quebrar a quantidade de novidades estabelecidas neste game,  apenas deixou o “terreno mais preparado” para a aventura ser melhor apreciada pelos amantes do gênero.

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SE A COISA ESTÁ RUIM, PODE PIORAR AINDA MAIS

Esse título não tem nenhuma ligação com a qualidade do game e com o mundo existente nele. Entenda o porquê disso: God Eater mostra um futuro próximo pós-apocalíptico onde os humanos estão lutando para não serem extintos por criaturas famintas chamadas Aragamis. Tais criaturas só podem ser mortas por elas mesmas e, devido a isso, humanos começaram a ser geneticamente modificados para possuir o mesmo tipo de células destes seres para combatê-los com as God Arcs (armas gigantescas).  Basicamente, é esse o problema apresentado no primeiro jogo da série, contudo, agora em sua sequência a situação piorou. Já que uma estranha chuva vermelha – peste negra – surgiu e todos aqueles que são molhados por ela só tem a morte como destino.

É missão de uma unidade especial chamada “Blood Unit” combater os Aragamis espalhados pelo mundo e descobrir a causa desse fenômeno. Em meio a estas dificuldades, somos apresentados a cada membro da Blood Unit, os quais todos possuem um trauma o qual devem confrontá-lo para poder liberar seus verdadeiros poderes. Os personagens do primeiro jogo já tinham certa carga dramática que fazia muitas pessoas conseguirem se identificar com eles, mas desta vez vemos uma situação familiar, mais bem mais aprofundada. Além disso, a personalidade dos novos personagens consegue ser bem mais marcante e singular que antes. Outro ponto interessante é a participação do elenco antigo, pois mostra o quanto os membros da “Fenrir Far East Branch” evoluíram fisicamente e mentalmente diante da crise estabelecida pela peste negra.

NOVIDADES EXCLUSIVAS DE RAGE BURST

O maior diferencial não está apenas em relação ao enredo mas ao conteúdo onde vamos encontrar várias inovações, mesmo que, infelizmente, não tenhamos o Predator Style apresentado no Ressurection, que se tornou muito mais dinâmico em comparação com a versão original.

  • Blood Arts – Ataques especiais que dão sequência a combos, maximiza os golpes que já tem, dá uma nova variação em combos ou ataques especiais.
  • Blood Bullets – O sistema de fazer bullets em God Eater sempre foi algo complexo e isso veio para dar uma nova opção nisto, já que as blood bullets são balas possuem habilidades próprias que são liberadas conforme você as utiliza.
  • Blood Rage – A melhor das inovações. É o famoso modo “sou foda”, em outras palavras, é o maior Power-up do game. Com o Blood Rage ativado, seu dano e velocidade vão aumentar muito, além disso, receberá alguns outros bônus, por exemplo: Se estiver usando a short blade, será capaz de dar um dash triplo no ar.god-eater-2-rage-burst-ultima-ficha (2)
  • Link Support – Um novo tipo de equipamento que possibilita selecionar até 4 aliados que não fazerem parte da sua equipe a fim de dar algum suporte em meio à missão. Por exemplo, aumento de força que começa após cinco minutos do inicio da missão e vai até completar dez minutos. Ou boost de velocidade que dura um tempo determinado. Os suportes são variados e não é aconselhado escolher os de efeitos similares, pois não acumulam.
  • Character Episode – Além de ter a história geral, agora também existem pequenos enredos com foco individual em cada personagem. Deste modo, é mais fácil de conhecer os personagens e pegar algum afeto por essa turma. E de bônus pode receber alguns equipamentos que só são liberados ao completar os episódios paralelos.
  • Novos Aragamis – Alguns dos aragamis que surgiram no segundo game acabaram sendo encaixados no Ressurection, contudo, ainda existe uma gama enorme de monstrengos inéditos para você enfrentar e devorar neste título.

Tais novidades já recompensam a falta do Predator Style, já que as formas de utilizar todas as habilidades “blood” conseguem criar combinações únicas e originais para o seu estilo de jogo.

O QUE É BOM FICOU AINDA MELHOR

A jogabilidade, que já era frenética e totalmente viciante, se encontra otimizada e fluida. Se você for um usuário da Steam, poderá experimentar isso em 60FPS, contudo, quem estiver no PS4/PSVita não terá problema ao se contentar com 30FPS, pois o jogo consegue rodar de um jeito bem ágil mesmo nessa taxa.  Nada em relação à forma de jogar foi modificado, ainda sendo os mesmos comandos básicos e estilo de jogo apresentados anteriormente. Devido às novas habilidades que foram adicionadas, os Aragamis estão mais fortes e, consequentemente, o jogo se encontra um pouco mais difícil para o jogador não encontrar algo monótono diante de tanta vantagem.

A conexão do multiplayer também se encontra íntegra, sem nenhum problema de conexão ou lags. Mas vale a pena comentar que se o host cair em meio da missão, cada membro que estava na equipe deverá completá-la de forma solo. Também vale resaltar que o jogo não dá nenhuma forma de incentivo para o online além da diversão de jogá-lo com os seus amigos, logo você não será penalizado por jogar offline se esta for a sua vontade.

A engine gráfica utilizada pela Shift na produção do game é a mesma apresentada nos títulos anteriores, mas tendo um aumento em sua performance. Não é algo tão espantoso ainda que mesmo assim proporcione uma bela apresentação ao estilo anime. Porém, sem muitos detalhes nos personagens “humanos”, onde o maior foco está no design dos Aragamis. Muitas críticas caem sobre os gráficos, contudo, originalmente este jogo tinha sido produzido para o PSP e devido a esse fato, existe uma “limitação” em seu potencial que não chega a utilizar nem toda a capacidade do PS Vita.  Graças à melhoraria gráfica, as roupas exclusivas deste game apresentam uma considerável elevação no visual e em detalhes se compararmos com a roupagem presente em Ressurection.

A sua trilha sonora consegue ser extremamente boa, uma vez que pega as melhores músicas do jogo anterior e adicionam outras tão boas quanto. Devo dar os parabéns para o estúdio de animação japonesa Ufotable que fez uma excelente abertura tanto na parte visual quanto no som.

UMA DAS MELHORES, SE NÃO A MELHOR, EXPERIÊNCIA DE HUNTING GAME EM SEUS CONSOLES

Como um amante do gênero de caça, posso dizer, sem medo, que God Eater 2 Rage Burst consegue ser a melhor opção de jogo de caça em relação ao PS4 e PC, enquanto que no PS Vita ele tem rivais de peso como Soul Sacrifice e Freedom Wars (feito pela mesma equipe de produção), que teve como base o próprio God Eater. Algo que prejudicou seu lançamento no ocidente foi justamente a demora ao ser localizado, pois a primeira versão do 2 foi lançada há 3 anos no Japão. Convenhamos, 3 anos é tempo suficiente para algo ficar “datado”. Contudo, a sua qualidade consegue superar esse obstaculo, mesmo que alguns anos atrás o brilho deste título pudesse ter sido mais forte do que está sendo hoje em dia.

 

{{

game = [God Eater 2]

game = [Rage Burst]

info = [Lançamento: 30/08/2016]

info = [Produtora: Shift]

info = [Distribuidora: Bandai Namco]

plataformas = [PS4, PS Vita e Steam]

nota = [4/5]

decisão = [Compra Obrigatória para caçadores]

texto = [A espera de anos realmente]

texto = [valeu muito a pena.]

positivo = [Gameplay dinâmico]

positivo = [Enredo bem construído]

positivo = [Dificuldade na medida certa]

negativo = [Multiplayer sem variação]

negativo = [Atraso na localização]

negativo = []

}}

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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