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Análise: Formula 1 2016 é o melhor jogo da franquia até então

Desde criança fui fã de corrida e em especial de Formula 1 com nosso eterno Ayrton Senna. Não por menos iniciei minha carreira em Super Monaco GP no Mega Drive que foi feito sob a tutela de ninguém menos do que Ayrton Senna. Outro jogo que me marcou muito foi o Grand Prix 2 que perdi muitas horas no PC.

Desde sempre os jogos de F1 eram feito por empresas diferentes até chegarmos em 2009 quando a Codemasters pegou para si a franquia de F1. A empresa apresentou muitos jogos bons e outros ruins chegando ao F1 2015 que foi uma vergonha (confiram o review que fiz aqui). Felizmente a Codemasters aprendeu com seus erros (que não foram poucos em F1 2015) e trouxeram simplesmente a melhor experiencia na mais veloz categoria de corrida.

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Modo carreira está de volta mais completo do que nunca

Algo que havia desaparecido em 2015 voltou com toda força em 2016. Além dos usuais modos de jogo, você pode fazer a sua carreira seja num campeonato que você define suas preferencias como no modo ULTIMATE (mais difícil de todos). Após escolher sua equipe (cada uma tem seu objetivo e ambição no campeonato) você seguirá o calendário oficial da Formula 1 e participará do treino, qualificação e corrida estando sujeito as alterações do tempo e possíveis danos no seu carro. E aqui temos novidades muito animadoras.

Inicialmente o HUB do jogo foi refeito e você fica numa área da sua equipe onde pode ver os membros da equipe conversando, porém, sua interação será nula com eles. Ela existirá somente quando sua agente, mecânico e outros tiverem um assunto direto a tratar com você, caso contrário, você abrirá seu laptop e verá todas as informações daquele grande prêmio. Ao entrar no cockpit você poderá arrumar seu carro, fazer os ajustes, testa-lo na pista e encontrará uma nova opção de treinamento. Pela primeira vez na história do jogo e a cada nova pista você poderá escolher fazer 3 tipos de treinamento: Reconhecimento de pista, desgaste de pneu e tempo de classificação. Aliado a esses objetivos você terá objetivos específicos a cada nova pista como atingir uma velocidade máxima, fazer o melhor setor e outros.

Além de ser um treinamento efetivo para conhecer melhor cada pista, você ganhará pontos de desenvolvimento (R&D) do carro. Se lembra daqueles upgrades aleatórios que você recebia ao longo do campeonato? Bem, esqueça eles e vamos louvar o novo sistema onde você pode escolher que ponto do carro você quer melhorar. Você poderá optar por melhorar a potência, diminuir peso do carro, aumentar downforce, economia de gasolina e outros. Esse método e genialmente simples e agrega muito valor ao desenvolvimento do carro e seu estilo de direção.

Algo que vale notar é que mesmo com o treinamento para evitar desgaste de pneu, isso não adianta. Particularmente só sei afundar o dedo no acelerador e meu pneu dura menos do que todos da corrida.

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O gameplay e a utilidade de seu engenheiro

Assim que iniciei o jogo fui fazer um test drive nele. Peguei minha querida pista do Canadá (por algum motivo voo baixo nela), selecionei uma RBR e “vamos ver no que vai dar isso”. Pois bem, durante as rápidas 5 voltas eu fiquei absolutamente impressionado de como era gostoso dirigir no jogo. Nunca senti meu carro tão pé no chão como em F1 2016. Tinha o total controle do carro durante as voltas e eu conseguia tirar o máximo do carro (quando não errava as entradas).

Indo para as corridas mais longas (leia-se 50% das corridas oficiais no modo carreira), eu pude confirmar essa impressão e ir além dela. Algo que é muito comum é você ter o desgaste de pneu durante a corrida e perder aderência. Ao longo da corrida você fica mais devagar e tem que ter mais cuidado ao guiar sua máquina, porém, ele fica longe daquele “chão de sabão” que era nos outros jogos (e que me irritava absurdamente).

Mas as melhorias não param por ai. Ao longo da corrida as condições climáticas podem mudar assim como o desgaste do carro. Seu engenheiro ficará oferecendo novas estratégias para se adaptar a nova realidade. Devo admitir que nem sempre as estratégias são inteligentes, mas ter ele te ajudando de forma efetiva é muito melhor do ser um engenheiro decorativo.

Outra novidade é o uso da embreagem e volta de apresentação (que você pode optar em estar ligado ou desligado). A volta de apresentação é somente algo plástico para quem quer fazer essa volta de aquecimento. Ela não agrega muita coisa, mas é legal fazer para os mais puristas (eu faço). Já na hora da largada, temos o novo de usar a embreagem. Ela se resume em deixar o A (Xbox) ou o X (PS4) pressionado e manter o giro ótimo do carro. Assim que as luzes apagarem você solta o botão e pisa fundo (descobri que sou muito bom na largada).

Algo que acontece durante as provas é a possibilidade de um carro quebrar ou então ter uma batida mais feia. Em F1 2016 existem tanto o Safety Car virtual como o real. Na primeira opção você tem que manter uma velocidade mais baixa para “limparem” a pista. Já com o Safety Car na pista, é possível que ele fique por algumas boas voltas para deixar a pista em condições de corrida. O que achei que poderia melhorar aqui, é ver efetivamente o acidente. Infelizmente você não vê o carro acidentado e nem vê ele sendo removido da pista.

Para finalizar este tópico posso falar do menu in game do jogo. É normal você ter o mínimo de autonomia para fazer algumas modificações no carro e comunicação com os boxes. Particularmente achei as opções bem úteis e as opções de ajustes mais completas do que os últimos títulos da franquia.

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Multiplayer e IA Agressiva

Algo que foi problemático em F1 2015 era que o multiplayer simplesmente não funcionava e estava quebrado. Carros se teletransportavam, problema de lag e outras coisas chatas. Em F1 2016 ele funciona de forma perfeita. Você pode optar por corridas curtas, longas ou então criar seu campeonato 100% online. Porém, um aviso de amigo. Feche um grupo de amigos/conhecidos e organizem esse encontro. Infelizmente a comunidade online é patética e muitas vezes eles irão brincar de bate bate ao invés de correr. Um outro exemplo que posso dar era da corrida ter terminado e um jogador ficou acelerando e freando antes da linha de chegada…

Saindo da parte online e indo pra offline, uma preocupação natural é a qualidade da IA (Inteligencia Artificial). Algo que oriento a vocês fazerem é de jogar F1 2016 acima da dificuldade difícil/hard (na realidade eu achei a difícil fácil). Ao jogar nas dificuldades mais elevadas, os adversários não terão pena de você e o atacarão muito e de formas até não muito honestas ao te acertar (mas confesse, você faz o mesmo com eles, é hora do troco). Uma ressalva que faço é que ao chover eu me encontrei muito mais rápido do que os outros carros. Não dizer se é porque sou um kamikaze ou se a IA é mais cautelosa do que deveria.

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Conclusão

Depois do meu trauma com F1 2015, fiquei muito feliz ao ver que a Codemasters aprendeu com seus erros e que entregou um produto maravilhoso. Na minha opinião esse é o melhor jogo de Formula 1 já feito e a adição dos treinos que efetivamente te ensinam algo juntamente com a liberdade de evolução do seu carro, algo fenomenal. Simplesmente tudo no jogo funciona e os pontos negativos não são algo culpa do jogo em si.

Por fim, gerenciar o  desgaste do pneu continua sendo uma porcaria (ou eu que sou muito ruim mesmo).

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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