ANÁLISESNOTICIASPCPLAYSTATIONPREVIEWSPS4Sem categoriaXBOXXBOX ONE

Preview: Nossas impressões sobre o Beta de Call of Duty: Infinite Warfare

No penúltimo domingo de outubro encerrou-se o segundo e final fim-de-semana de beta fechado de Call of Duty: Infinite Warfare, a mais recente iteração do popular e anual FPS nos consoles e PC. A ideia por trás do beta é aumentar o hype que cerca o jogo nessas últimas semanas antes de seu lançamento, uma vez que há pouco tempo para acertar maiores detalhes para o primeiro dia. Tivemos a demonstração de quatro mapas e modos jogo. Os mapas existentes foram Frontier, Frost, Throwback e Precinct, todos com um tamanho pequeno para médio. Já os modos de jogo disponíveis contam com alguns velhos conhecidos da franquia, incluindo Mata-mata em Equipe, Dominação e Morte Confirmada e o novo modo Defensor (Defender, em inglês). Jogamos várias horas do beta para ter uma noção do jogo e temos uma boa e má notícia: é Call of Duty.

call of duty infinite warfare

Vamos a uma rápida análise dos mapas. Frontier se passa em uma espécie e estação espacial e é um mapa bastante tradicional. Seu desenho é simétrico e possui dois níveis que podem ser acessados por escadas ou com facilidade usando os jatos e as habilidades de parkour do personagem. Um detalhe interessante é que o ambiente é de gravidade zero, então os corpos dos solados abatidos ficam flutuando por alguns segundos (mas além disso não há nenhuma influência na jogabilidade). Frost é um mapa muito maior, retratando uma base militar em um planeta congelado. Ele consiste em um ambiente aberto pontuado por diversas pequenas construções que dão lugar ao combate mais fechado. Aqui existem diversas oportunidades para escalar contêineres e surpreender os inimigos usando a verticalidade do ambiente. Throwback retrata uma típica cidade americana do século XX (que por algum motivo está cheia de maglevs). Esse é um mapa de tamanho mediano e diversão comparável. Não vi muitos incentivos para correr pelo mapa, sendo bem mais vantajoso ficar dentro dos vários prédios com visão privilegiada para as ruas e adotar um estilo de jogo estacionário e pouco divertido. Precinct foi meu mapa favorito. Retratando uma cidade oriental, Precinct oferece um design circular com vielas que ligam as vértices do mapa e podem ser usadas como atalho para rotacionar rapidamente. Além disso, há uma variedade de ambientes muito interessante que oferecem uma variedade que não é vista nos outros mapas (com exceção, talvez, a Throwback). Além desses, sabemos que mapas clássicos como Terminal (e certamente Nuketown) receberão suas versões novas para o game.

Os modos de jogo são velhos conhecidos da franquia e funcionam da forma que a maior parte dos fãs já conhecem, com exceção de Defensor. Este modo funciona muito bem, na verdade, casando com a maior mobilidade acrescida a franquia desde sua iteração anterior. O jogo funciona da seguinte maneira: dois times disputam o controle de uma bola. Basta pegar essa bola e carregá-la pelo mapa para acumular pontos. Enquanto isso, o outro time tenta matar o adversário carregando a bola e pegá-la para acumular pontos eles mesmos. Não é completamente original, sendo bastante similar ao modo Oddball da série Halo.

call of duty infinite warfare

Tivemos alguns problemas com o matchmaking, que estava longe da estabilidade que esperamos da série. Diversas vezes partidas que estavam sendo formadas eram abandonadas automaticamente sem motivo aparente e muitas vezes esperamos por vários minutos até encontrar uma partida, apesar de uma grande quantidade de jogadores online aparecerem na tela a todo momento. Mas trata-se de um beta e esse tipo de erro é esperado e é bom que o encontremos para que a empresa tenha a oportunidade de corrigi-lo.

Uma nota triste é que não há praticamente nada que diferencie esse jogo de CoD: Black Ops 3. Os pulos duplos estão lá, assim como a (travadíssima) corrida pelas paredes e o parkour desajeitado. As únicas novidades são as obrigatórias armas e mapas novos. Até mesmo as “Habilidades de Especialista” de BlOps 3 estão lá na forma de Payloads, que são habilidade especiais que os personagens do jogo podem acionar depois de um certo número de eliminações e que cujo progresso para obtenção não é resetado com as mortes do jogador. Mas até isso vem sendo criticado, como a habilidade “Reaper” do personagem Synaptic, no qual o robô assume uma forma animalesca e percorre o mapa em quatro patas, eliminando instantaneamente os jogadores pelos quais passam. Você pode conferir a habilidade no vídeo abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=l0T2AswKqaI

Call of Duty: Infinite Warfare tem um ano difícil pela frente. Battlefield 1 e Titanfall 2 são lançamentos recentes que têm grandes chances de embaçar CoD e vêm sendo tratados como a dupla que enterrará a franquia esta temporada. Os dois jogos já se mostraram sucesso de crítica e público enquanto a reação às demonstrações de Infinite Warfare foram mornas. A série CoD tornou-se um fenômeno e um e-sport, então não há vontade nem espaço para mudanças radicais e o que vimos em Infinite Warfare é um jogo muito similar a Black Ops 3, o último título. Além disso, a Activision e a Infinity Ward têm que lidar com a saturação e ceticismo de seus jogadores, uma empreitada que, pelo visto, só saberemos se foi bem sucedida no dia 4 de novembro com o lançamento do jogo para PC, Xbox One e PS4.

Pedro Nogueira

Formado em Administração e em GunZ: The Duel. Rei dos FPS e o Toretto dos jogos de corrida no site. O nerd/entusiasta do PC Master Race, responsável por análise de periféricos e hardware. Quebra um galho de streamer lá na twitch.tv/ultimaficha.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo