ANÁLISESNOTICIASPLAYSTATIONPS4PSP VITAREVIEWS

Análise: Sword Art Online: Hollow Realization consegue surpreender como RPG

Sword Art Online é uma franquia polêmica capaz de dividir o mar vermelho dos gamers e fãs de anime, já que foi capaz de separar os grupos entre aqueles que amam, os que odeiam e, por fim, os que gostam para passar o tempo. Por eu fazer parte do terceiro grupo, não me considero fã e nem hater, apenas vinha desejando a produção de um game que conseguisse fazer o jogador imergir dentro deste mundo de MMORPG. Os games anteriores falharam nesta missão, uma vez que até mesmo o foco do plot vem a ser a questão das pessoas ficarem imersas dentro dos jogos online seja de forma literal ou não. (saiba mais sobre a franquia) Porém, em Sword Art Online: Hollow Realization pude sentir algo que faltava nos títulos anteriores e fazer com que minha aventura fosse mais gratificante.

LINK START!!

A franquia no mundo dos games vem seguindo uma linha canônica bem diferente daquela que é apresenta no anime e light novel. Sword Art Online: Hollow Realization é a prova concreta sobre isso, uma vez que o terceiro MMORPG deveria ter sido Gun Gale Online. Mas invés disso somos apresentados ao Sword Art: Origin onde seu mundo utiliza dados reaproveitados do primeiro jogo da franquia onde os personagens viveram momentos extremamente traumáticos e cruciais –ironia mode on. Invés de Aincrad e seus inúmeros andares aqui têm um mundo chamado Aingroud onde existem várias áreas para serem exploradas.

Kirito e seus amigos são jogadores do beta deste novo MMORPG, porém, devido ao pesadelo que viveram em Aincrad, acabam tendo receio sobre este novo mundo. Por mais que tentem ser otimistas, é notável o quanto aquela familiaridade trás péssimas recordações sobre o que viveram no “jogo da morte”. A história se desenvolve quando o protagonista encontra uma NPC com um suposto defeito e tenta ajudá-la. Não é nada muito bombástico o que acontece, afinal, o jogo consegue manter o nível do enredo que encontramos no anime/novel. Se isso é bom ou ruim, depende do quanto você gosta ou desgosta da série. Particularmente achei extremamente desnecessário inúmeros eventos presente na história principal, uma vez que tentam colocar maior interação com os protagonistas do anime sem uma necessidade para isso. Logo de inicio quando Kirito e Asuna vão ajudar a Premiere (a NPC), eles resolvem fazer um piquenique antes de se aventurar. Só isso causa um anti-climax, deixando o jogador querendo que passe o mais rápido possível, porém, a enrolação é enorme. Afinal, o Kirito prefere falar sobre os sanduíches que a Asuna faz, do que ir até uma dugeon misteriosa conseguir um item único. Provavelmente o enredo seria bem melhor se este fosse mais direto, já que só mais tarde consegue engajar o jogador a focar-se nele.

SWORD ART ONLINE_ HOLLOW REALIZATION_20161116003752

Algo legal é a história secundaria existente que lembra bem os MMORPG ao nos entregar uma problemática com uma solução obvia onde deveremos enfrentar algum monstro para droppar o item e conseguir seguir em frente. Sem muitas falas e sem enrolar. Apenas o básico de forma direta.

UM MMORPG DOS PÉS ATÉ A CABEÇA

Um jogo com a temática de um Massive Multiplayer Online deve, por obrigação, parecer com um, não é? Exato. Dot Hack conseguia muito bem dar ao jogador essa sensação, porém, os primeiros games de Sword Art Online acabavam pecando nesta questão. Por mais que você soubesse que aquele mundo era um MMORPG, ao mesmo tempo sentia que estava em algo totalmente estático e sem “vida”. Essa questão não vem apenas em relação a gráficos, FPS e afins, mas sim a forma como o jogo funcionava. Era um simulador que deixava claro que não passava disso, contudo, com Hollow Realization conseguimos imergir nesta sensação. As falas não são tão repetitivas, podemos interagir com TODOS os NPCs e formatos dos mapas lembram algo mais desse gênero ao serem limitados de uma forma que ainda conseguem garantir liberdade.

O sistema de batalha é o mesmo que encontramos em Hollow Fragment, entretanto, está mais refinado. Não se limitando em apenas um companheiro na party, agora temos a chance de escolher até três personagens para nos acompanhar. Não somos mais limitados em enfrentar um inimigo por vez, podendo dar conta de vários (se você for capaz) ou focar sua atenção em apenas um por vez. A complexidade de um MMORPG verdadeiro está presente, possibilitando a produção de inúmeras builds para cada tipo de arma, não deixando o jogador caminhar numa linha evolutiva linear. O level up é lento, sendo uma característica de jogos clássicos no qual Sword Art Online tem como base.

Os comandos são mais básicos se baseiam em X para saltar, quadrado para ataque normal, triangulo para sword skill e circulo para defesa. Se você for mais casual poderá utilizar apenas disso do começo ao fim sem nenhum problema, porém, quem quer algo mais complexo pode optar em utilizar a palheta (que lembra bastante aquela de jogos como Ragnarok e afins) onde ficarão os seus itens consumíveis, sword skill, skill de buff e debuff. Possibilitando ainda mais liberdade em seu modo de combate. Fora isso, cada arma possui um estilo bem próprio de jogo que pode facilmente ser dividido em subcategorias. Por exemplo: Espada de uma mão focada em agressividade, tanker ou misto.

Características próprias do anime continuam presente como o switch, onde muda o foco do inimigo para outro personagem e assim conseguir chance para atacar ponto fraco. E alguns inimigos têm os padrões de seus golpes visíveis, porém, não deve confiar muito nisso, já que de outros não aparece.

Quem jogou o primeiro Hollow deve se lembrar dos “boss raid”, afinal, este era o ponto forte do jogo. Isto retorna no Realization, onde agora os boss raid estão presentes para liberar novas áreas. É interessante ver a reunião dos “jogadores” dizendo informações sobre o monstro, dando dicas de onde atacar, os riscos e como ele costuma agir. Toda informação é bem vinda nesta hora.

UM POUCO DE SIMULADOR DE RELACIONAMENTOS.

Os sentimentos dos personagens é um fator que deve ser levado a sério aqui. Você pode conversar, presentear, andar de mãos dadas e outras coisas com as personagens do game, contudo, deve desenvolver uma relação primeiro. Cada personagem tem características singulares de sua personalidade e isto oferece diferentes pontos em seus status e que podem ser facilmente equipados ou retirados. Contudo, deve levar em conta essas características ou o humor quando for ter uma conversa particular.

Quando a conversa iniciar, você poderá apertar bola para concordar e x para discordar do que está sendo dito. É importante ter atenção, pois respostas favoráveis animam a personagem permitindo que ocorra uma aproximação maior. Não adianta apenas aproximar-se com tudo, pois isso encerra o evento com risco de diminuir a afeição entre vocês. Praticamente o jogo ensina o player a como chegar numa garota.

Quanto mais próximo você ficar de um personagem, mais opções de afeição surgem e possibilidade de presentear com itens melhores para ser mais útil no campo de batalha. Por fim, existe a “conversa de travesseiro” que ocorre antes ou pós “sequiçu” (que não é explicito). Ao chegar neste nível de relação, poderá liberar novos bônus.

ANTES DE FAZER LOGOUT

Com gráficos mais dignos para a atual geração, mas pecando em sua versão portátil, o game trás a melhor experiência de Sword Art Online como um RPG. Depois de várias tentativas, Bandai Namco junto da Aquaria conseguiram uma formula que realmente combine com o mundo apresentado e será gratificante que ela mantenha esta formula só buscando deixá-la ainda mais aprimorada. Sword Art Online: Hollow Realization encontra-se com legendas em português e isto pode atrair ainda mais os jogadores, uma vez que existem inúmeras opções, diálogos e informações que acabam sendo cansativas para quem não tem domínio do inglês.  A imersão é tão incrível que quando estava com 20 horas parecia ser apenas o inicio de um mundo enorme para explorar. E de fato era, já que este jogo apresenta massivo conteúdo. Além disso, existe a possibilidade de jogar multiplayer com 4 players onde cada pode levar um companheiro NPC para auxiliar, mas infelizmente isto ocorre em áreas limitadas em comparação ao mundo de Ainground. Uma das características mais agradáveis é a possibilidade de fazer trade com outros jogadores para dar dinheiro, trocar armas e itens. Por fim, este modo flui muito bem desde que a conexão seja decente e possibilita um level up mais rápido.

SWORD ART ONLINE_ HOLLOW REALIZATION_20161113021057

Infelizmente quem fizer personagem feminino ainda estará agindo feito o Kirito e não terá como se aprofundar em relações heterossexuais. Ou seja, sua personagem será lésbica.

Diante de erros e acertos, Sword Art Online: Hollow Realization consegue cumprir a sua missão.

{{

game = [Sword Art Online:]

game = [Hollow Realization]

info = [Lançamento: 08/11/2016]

info = [Produtora: Aquaria]

info = [Distribuidora: Bandai Namco]

plataformas = [PS4 e PSVita]

nota = [4/5]

decisão = [COMPRA OBRIGATÓRIA]

texto = [Melhor jogo da franquia, portanto se você]

texto = [é fã de RPG ou de SAO é uma compra certa]

positivo = [Mundo aberto bem feito]

positivo = [Sistema de afeição]

positivo = [Complexidade de MMORPG]

positivo = [Multiplayer]

negativo = [Sexo feminino de enfeite]

negativo = [Diálogos desnecessários]

negativo = [Apenas bater > Complexidade]

negativo = [Kirito-Kun]

}}

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo