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Final Fantasy VII completa 20 anos de vida. Curiosidades e a história do jogo

31 de Janeiro de 1997. Essa foi a data em que um certo jogo chamado Final Fantasy VII foi lançado para PS1 e posteriormente para PC. Deste então o game acumulou muitos elogios, fama e um universo expandido de dar inveja. E não só isso, graças a Final Fantasy VII, me tornei um amante do estilo RPG, que até então não o conhecia.

Como muitos sabem, o game irá receber um Remake que deverá chegar ainda em 2017 para PS4 e PC. Para comemorar a data, a Square Enix liberou a arte da imagem acima. Infelizmente ela é a única novidade em tempos deste Remake.

cartucho final fantasy 7

Nintendo ou Sony?

Como já disse, o jogo fez história e é um dos preferidos dos fãs que sempre ficam entre o VI e o VII. Porém, FF VII representa muito mais do que mais um jogo da série de RPG. Sua história começa antes de ser lançado e temos que ir para a Nintendo. Originalmente, desde o NES, a Square e Nintendo mantinham uma forte parceria, porém, com o aparecimento do mundo 3D, essa parceria se rompeu. A Big N, com medo de ser pirateada, optou pelos cartuchos no Nintendo 64. Infelizmente os cartuchos tinham uma capacidade minima de armazenamento e seriam necessários mais de 10 cartuchos para o jogo poder rodar nele (14 se não me engano).

Assim, a Square optou em romper esta parceria e mudou de casa para a também japonesa Sony e seu PlayStation que fazia muito sucesso na época. A versão final do jogo trouxe um case duplo com 3 CD´s negros, que era o padrão da época (saudades desses discos pretos). Vale dizer que esse foi o primeiro jogo do PlayStation a usar essa quantidade de CD´s. Seus sucessores possuíam 4 CD´s cada.

final fantasy 7 CD

3D, steampunk e mais

Além da barreira da mídia, Final Fantasy 7 se consolidou por quebrar diversas barreira da própria franquia. Primeiramente ele foi o primeiro jogo 3D. Seu predecessor, Final Fantasy VI, explorou ao máximo o poder do SNES e entregou a perfeição dos sprites em 16 bits. Já Final Fantasy VII entregou um mundo com cenários pré-renderizados (prática usada na geração) onde os belíssimos cenários eram habitados por bonecos tridimensionais (e bem toscos com braço de Popeye).

Além disso, FFVII inovou em seu mundo. Quando você pegava um jogo da franquia, era certo de ir jogar algo no cenário medieval com cavaleiros, castelos, zepelins e muito mais. Porém, este novo mundo trazia uma perspectiva atualizada e no estilo steampunk. Sua história envolve a destruição do mundo através da produção de energia Mako. A Shin-Ra, maior corporação do mundo, sugava a energia vital do planeta (Mako) para gerar energia elétrica. E no meio da história iremos encontrar aviões, espaçonaves (sim, vamos ao espaço), carros, navios, submarinos e algo que eu possa ter esquecido.

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Mas as novidades não param por ai. Existe uma quebra de barreira muito grande e temos a inclusão de um personagem negro como um dos principais da história. Barret é seu nome e causou um grande impacto no mundo dos games. Com uma história triste e amargurada, Barret perdeu seu braço e o substitui por um mecânico que pode ser trocado por diversas armas que usará para libertar o mundo da Shin-Ra.

Sua bela música

Outro aspecto que encanta em Final Fantasy VII é sua música. Todas músicas são orquestradas que acabou sendo um dos motivos da necessidade de 3 CD´s para ele. Além disso, tenho que apontar a evolução das músicas 16 bits dos cartuchos para o conhecido modelo de MP3 que os CD´s conseguiam suportar.

Dito isso, vamos falar de suas músicas mais marcantes (isso num contexto global, particularmente amo a do Cosmo Canyon).

One Winged Angel, também conhecido como Sairin Kata Tsubasa No Tenshi em Japonês, é a música do grande vilão Sephiroth. Esta música é cantada em nada menos do que em Latim e teve um processo criatório muito interessante. Recentemente Nobuo Uematsu (criador da trilha sonora) revelou que ele construiu esta música de uma forma completamente diferente. Ele pegava referencias de sons e temas que ele gostava e fazia pequenos arranjos, depois de ele ter dezenas de partes soltas, ele começou a costurar essa colcha de retalhos até chegar ao produto final que todos nós amamos. Vale dizer que essa música é uma das preferidas de toda a série.

Já a segunda música a receber um destaque é o tema da Aerith. Caso você ouça essa música perceberá um belo e calmo arranjo. Só que ele foi tão belo que foi considerado pela Classic FM’s Hall of Fame como uma das músicas orquestradas mais lindas do mundo nos anos 2012, 2013 e 2014. Em 2012 ela ocupou a posição 16, em 2013 ocupou a ilustre terceira posição e em 2014 ficou em sétimo lugar. Como um bom fã baba ovo, só posso dizer: Chupa Bach, chupa Beethoven, chupa geral! (ok, me empolguei, mas não me arrependo).

Universo expandido

Final Fantasy VII provavelmente é o jogo com o maior universo do mundo dos games. Com o passar do tempo ele teve os seguintes produtos:

Final Fantasy VII: Before Crisis

Lançado em 2004, Before Crisis foi lançado somente no Japão para celulares com o serviço FOMA (Freedom of Mobile Multimedia Access). Ele se passa 7 anos antes dos acontecimentos do jogo e você irá jogar como um Turk (equipe especial da Shin-Ra para negócios escusos). Infelizmente possuo nenhum conhecimento sobre o jogo, mas ele apresenta personagens canônicos da franquia como o presidente Shin-Ra, Reno, Sephiroth, o grupo AVALANCHE e mais.

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Final Fantasy VII: Advent Children

Em 2005 no Japão e 2006 para o resto do mundo, foi lançado o filme Final Fantasy VII: Advent Children que foi completamente feito em CGI. Sua história passa 2 anos após os eventos de Final Fantasy VII e o mundo está passando por uma doença que apareceu devido aos acontecimentos do fim do jogo (não darei spoilers).

Final Fantasy VII: Last Order

Em 2005 também foi lançada uma animação da história de Final Fantasy VII. Diferente de Advent Children, Last Order é um prequel do jogo e conta a história de Zack, o amigo de Cloud antes dele ser o protagonista de seu jogo. Zack defende Cloud com sua vida nesta animação, enquanto Cloud sofre um envenenamento de Mako.

Final Fantasy VII: Dirge of Cerberus

Em 2006 foi lançado para PS2 um jogo onde você era o personagem Vincent e ele tinha a perspectiva em terceira pessoa. Já que originalmente Vincent carregava armas de fogo, nada mais justo do que fazer uma espécie de shooter para seu jogo. Seu destaque vai para o sistema de armas que acaba sendo a parte de RPG do jogo. Cada tipo de arma muda os status de Vincent e o tipo de ataque.

Final Fantasy VII: Crisis Core

Lançado em 2007, foi a vez do portátil PSP receber um jogo de FFVII. Em Crisis Core, você irá controlar Zack num RPG de ação que é amado por uns e odiados por outros. Particularmente, eu gostei deste jogo, mas nunca me acostumei com o sistema de summon que não fazia sentido algum. O jogo lhe da mais conhecimento sobres os fatos anteriores a Final Fantasy VII e mostra o porquê de Sephiroth ter se tornado mau, da história da Buster Blade de Cloud e muito mais. Além disso, ele apresenta novos personagens que agregam a história e mostra um pouco mais sobre a Shin-Ra e de seus experimentos.

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Em Dezembro de 2014, foi lançado no Japão e América do norte um jogo para os aparelhos iOS e Android baseado no minigame de moto do jogo original.

O mais vendido da história

Até o momento, sem contar as vendas de Final Fantasy XV, Final Fantasy VII é o Final Fantasy mais vendido da franquia e foi o único a ultrapassar a marca dos 10 milhões de vendas.

Se formos contar todos os jogos do mundo de Final Fantasy 7, chegaríamos a mais de 16 milhões de vendas no total. Mas, como isso é roubar, iremos considerar os quase 12 milhões de vendas de Final Fantasy VII. Considerando somente a Steam, PSN e PS1 teríamos: 10 milhões de vendas para o PS1, 1,2 milhões para a Steam e mais de 100 mil via PSN.

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Vale dizer que tecnicamente o Final Fantasy X vendeu 14 milhões de cópias no PS2, porém, os dados a que tive acesso compilam tanto Final Fantasy X como Final Fantasy X-2. O Final Fantasy que chegou mais perto dos números de FFVII foi o Final Fantasy VIII, com 8,8 milhões de cópias vendidas.

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Pai e mãe de Sephiroth

Ok, aqui teremos um pouco de Spoiler, mas vale lembrar que é um spoiler de 20 anos de idade. Ao jogar FFVII você vê que Sephiroth é um loucão que quer consumir o mundo e que é super poderoso. Porém, após jogar e pesquisar muito, sabemos que vai um pouco além de um experimento de laboratório e que tem um pai e uma mãe. No final do jogo, caso você tenha Vincent em sua party, você tem que pegar o submarino e ir achar uma caverna escondida. Ao emergir da água, você entrara no local onde está ninguém menos do que Lucrecia, a mãe de Sephiroth.

Para quem não sabe, Vincent era um Turk e uma de suas responsabilidades era ser o guarda costas de Lucrecia. Porém, num certo dia ele foi dominado pelos cientistas da Shin-Ra e não pode impedir uma série de eventos. Com isso ele foi “sumido” e foi transformado no Vincent que conhecemos. E quem era o líder desses cientistas loucos? O famoso e maluco Hojo. Porém, ele não se limita a somente um cientista louco, mas também era o marido de Lucrecia e sim, TAN TAN TAN, o pai de Sephiroth. Ele injetou as células da entidade Jenova diretamente na barriga de sua esposa grávida que acabou dando luz ao antagonista superpoderoso do jogo.

Remake e muito saudosismo

Como vocês podem ver, Final Fantasy VII não é somente um jogo, mas sim algo que é amado e cuidado faz 20 anos com relançamentos, novos jogos, história estendida, anime e filme. Não por menos essa obra de arte receberá um Remake que inicialmente será exclusivo para PS4 e PC.

Por uma decisão de vendas, a Square irá vender o remake em capítulos e isso acaba assustando um pouco seu público, confesso que não sei o que esperar desse sistema de lançamento. De qualquer modo, o planejamento inicial é do primeiro capítulo ser lançado ainda em 2017.

Como puderam reparar Final Fantasy VII é muito rico em sua história e é o meu Final Fantasy favorito até hoje (tanto que tenho o gameplay completo abaixo). Logicamente não estou dizendo que Final Fantasy VII é perfeito, longe disso. Mas ele teve seu impacto no mercado de games que mudou muita coisa desde seu lançamento e também serviu de base para diversas melhorias da franquia e dos RPG´s para o futuro. Deixem abaixo seus comentários e experiências que tiveram com ele e com a série.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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