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Análise: Yooka-Laylee é a releitura perfeita de Banjo-Kazooie

A década de 90 foi uma das mais frutíferas para a empresa RARE. Ela fez muitos jogos aclamados por todos, dentre eles, Banjo e Kazooie que era focado no estilo plataforma 3D. Desde muito tempo se pergunta aonde está a RARE com seus jogos e todo aquele DNA de excelência. Com esse sumiço de anos, a Playtronic foi criada e é composta por pessoas chave da RARE como Chris Sutherland, Steve Mayles, Steven Hurst e Grant Kirkhope. Esses habilidosos profissionais se juntaram para trazer a magia da década de 90 para os dias de hoje e posso afirmar que tiveram um estrondoso sucesso.

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Yooka & Laylee

Logo em seu título já vemos similaridades com Banjo & Kazooie. Enquanto este tinha a clara referência ao instrumento banjo, Yooka-Laylee faz referencia a um outro instrumento chamado Ukulele, que é uma “violão pequeno” de 4 cordas e teve seu início no Havaí. Além desta similaridade, temos mais uma na dupla de heróis. Enquanto Yooka é o camaleão sensato que andará e pulará pelas fases, Laylee é seu fiel companheiro que o ajudará a planar e a disparar piadas cheias de sarcasmo para todos que encontra pela frente.

Como era de se esperar, sua história é bem simples, porém, engraçada. Enquanto Yooka & Laylee estão deitados numa pedra falando sobre a vida e como farão para vender um livro com páginas de ouro que acharam num navio encalhado – afinal, quem nunca né? – o vilão Capital B. se prepara para colocar seu plano em ação. Dono de uma grande empresa ele tem como objetivo capturar todos os livros do mundo, fazendo que seja o único detentor de todo o conhecimento. Porém, o verdadeiro motivo é que ele deseja um livro especial que dará poderes além do normal.

Obviamente o livro que ele procura é o da nossa dupla de heróis. Ao ter esse livro sugado, o misterioso objeto (sim, o livro é uma entidade) solta suas páginas (chamadas de pagies) pelo mundo para dificultar a vida do Capital B. Ao verem sua riqueza voando por ai, cabe a Yooka & Laylee recuperar as páginas para vende-las pelo maior preço possível. O que estavam esperando? Salvar o mundo?

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Personagens icônicos e muitas piadas

A parte que certamente mais gostei e me fez dar muitas risadas, é a leveza do jogo com relação as piadas e comentários ácidos. Ao longo da aventura você irá encontrar muitos personagens e terá diversos diálogos. O mais marcante certamente será praticamente toda conversa que você terá com Trowzer, a cobra vendedora de habilidades. Quase toda vez que ele oferece um novo movimento, Laylee, de vez em quando seguido por Yooka, irá questionar a efetividade deste golpe e o chamará de charlatão. Afinal de contas, muitas vezes essas habilidades são realmente ridículas como planar, emitir um som e coisas similares.

Ao longo do jogo ele fará diversas referencias e nunca se levará a sério. Um bom exemplo é o Rextron, o dinossauro do fliperama da década de 90 que irá lhe apresentar diversos minigames (que sempre serão criticados e alfinetados por Laylee por estarem datados ou então possuírem gráficos poligonais) ao longo das fases. Outro personagem corriqueiro será o Dr. Puzz, que irá mudar seu DNA em cada mundo para acessar novas aventuras e quests. Porém, ele tem uma cara de polvo e tanto Yooka quanto Laylee tentarão se segurar (sem sucesso) de fazer comentários sobre sua estranha cara.

E isso que falei foi uma pequena parte do acontece ao longo do mundo e personagens. Até o próprio vilão, Capital B, faz diversos comentários hilários ao longo do jogo como, por exemplo, “esse funcionário que você matou era o funcionário do mês, mas pelo menos agora vou gastar menos com salário”. É certo que você irá rir e muito com o jogo.

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Plataforma Raiz

O jogo é engraçado, bonito e tem ótimos personagens, mas e como é seu gameplay? No geral eu gostei muito dos mundos e desafios criados, porém, é aqui onde tenho algumas, poucas, críticas ao jogo.

Yooka-Laylee lhe apresenta muitos desafios ao longo de cada um dos mundos. Sua principal obrigação deverá ser coletar as mais de 100 pagies perdidas para que possa desbloquear os mundos e expandi-los. Ao longo da sua aventura, você irá coletar penas que serão o dinheiro do jogo. Com elas em mãos você irá ao Trouzer e aumentará seu arsenal de habilidades. Para conseguir isso, você será testado sistematicamente ao longo do jogo por personagens e desafios. Eles podem variar de derrotar uma horda de inimigos, chegar a um lugar específico, resolver um quebra cabeça, corrida contra o tempo e muito mais. E claro, você vai pular e muito!

Algo que achei curioso foi a adição de uma função tiro. Além do ataque padrão, Yooka terá a habilidade de absorver certos elementos e mudar suas habilidades temporariamente. Com isso ele poderá disparar balas de gelo, de explosão, lançar labaredas de fogo ou então cuspir água. Novamente, isso servirá para resolver diversos puzzles e conseguir mais pagies. Existe, inclusive, um modo tiro para que você possa atirar em seus inimigos com mais calma.

Embora no geral a parte do gameplay e desafios tenham me agradado muito e (sendo leviando em minha fala) os desafios sejam desafiadores, dois pontos não me agradaram ao longo do gameplay. O primeiro é a câmera. Pelo que entendi existem 2 tipos de câmera. A primeira é a automática que te acompanha toda vez que anda, já a segunda é quando você mexe no analógico para ter controle da tela ou então fazer ajustes. O problema é que esses duas câmeras não funcionam em harmonia e muitas vezes você ficará meio “tonto”. Já a segunda crítica, é que não me senti desafiado pelos inimigos. Enquanto tinha que medir cada passo e pensar com agilidade e precisão em muitos momentos (alguns que até considero sádico), os inimigos eram um passeio no parque.

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Conclusão

Yooka-Laylee é uma obra de arte da década de 90 trazida aos dias de hoje. Com um visual atrativo, gameplay apurado e muito – MUITO MESMO – sarcasmo, a diversão é garantida. E não se engane por sua carinha fofa, ele irá lhe desafiar em muitos momentos e você deverá estar afiado para entender todas as piadas e referências. Para se tornar um jogo perfeito de plataforma, caberá a Playtronic melhorar um pouco o sistema de câmera que fica um pouco confuso de vez em quando e dar um real motivo para a existência dos inimigos que pouco agregam ao jogo.

E posso dizer com segurança, adeus RARE e seja muito bem vinda Playtronic!

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game = [Yooka-Laylee]

game = []

info = [Lançamento: 11/04/2017]

info = [Produtora: Playtonic]

info = [Distribuidora: Team 17]

plataformas = [Playstation 4, Xbox One e PC]

nota = [4/5]

decisão = [Compra obrigatória para fãs]

texto = [Yooka-Laylee é uma excelente e bem feita]

texto = [homenagem ao estilo plataforma]

positivo = [Mundos lindos]

positivo = [Sarcasmo hilário]

positivo = [Gameplay polido]

positivo = [Desafios de plataforma]

negativo = [Câmera confusa]

negativo = [Inimigos fracos]
}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

2 Comentários

  1. Bom dia, tudo bem? Bela crítica! Pretendo pegar para minha noiva este game.. sabe me informar se houve alguma atualização lançando legendas em ptbr?

    1. Infelizmente não teve esse update… Não pelo que sabemos. mas a principio não conte com as legendas…

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