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Análise: Dragon Quest Heroes 2 eleva o padrão para o gênero Musou

Se você nunca ouviu falar de Dragon Quest, tenha vergonha de si próprio e procure conhecer um pouco sobre esse universo da Square Enix, que teve seus personagens idealizados por Akira Toriyama (o criador de Dragon Ball). A franquia conta com dezenas de títulos com alguns estilos diferentes mas sempre com elementos de RPG, que foi onde o jogo nasceu e se consagrou.

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Dragon Quest Heroes 2 segue a ideia de seu predecessor e leva a franquia para o gênero Musou mas com vários elementos de RPG clássico. Para quem não conhece muito o gênero Musou é basicamente uma pegada de ação frenética com dezenas de inimigos na tela ao mesmo tempo, onde cada ataque atinge vários deles de uma vez ou toda uma tela. Muitos já devem ter ouvido falar da série Dinasty Warriors que é a franquia mais conhecida desse estilo Musou. Uma curiosidade é que a maioria dos títulos desse gênero é feito pela omega Force/Koei Temco, e Dragon Quest Heroes 2 não é exceção.

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A história do jogo se passa nos 7 Reinos e é simples demais bem simples: O mal está solto pelo mundo e cabe ao nossos protagonistas, Teresa e Lazarento Lazael, visitar as regiões e solucionar esse problemão que teima em aparecer em quase todas as franquias, jogos, desenhos, filmes, Power Rangers e talz. Além de uma história simples que só serve de pretexto para a porradaria, o que me incomodou foi a síndrome de Dragon Ball Z: de todos seus aliados lutarem contra você antes de perceberem que vocês estão do mesmo lado. Uma franquia com tanto passado poderia ter tido um carinho maior com as aparições dos personagens de cada geração, que conta com 10 títulos da franquia principal e seus spin off´s.

dragon4 Em Dragon Quest Heroes 2 você sempre irá andar com um grupo de 4 heróis, cada um com suas habilidades únicas e nessa parte o jogo precisa da sua ajuda. Escolher quem vai participar do seu grupo é extremamente importante e ter classes distintas para cada situação é o que define a dificuldade da batalha muitas vezes. Vale frisar que é possível sim trocar de personagens, o que muda levemente o gameplay e com o tempo você irá desenvolver melhores habilidades e ataques diferenciados.

O combate, como dito antes, é frenético com 2 botões de ataque e até 4 poderes para cada herói. A busca para aprimorar o gerenciamento das skills de seus personagens e suas barras de especial podem te ajudar a acabar com uma batalha inteira em poucos minutos. Além disso os inimigos, quando derrotados, tem uma chance de liberar uma medalha de habilidade. Quando usadas podem invocar monstros para lutar ao seu lado, invocar ataques únicos em área ou até mesmo te dar o controle de monstros elite para serem usados contra a horda de inimigos na batalha (é muito legal se transformar em um gigante e pedra e socar geral). Por fim, é possível encher sua barra de especial e virar um super sayajin entrar em um modo que ficará temporariamente mais poderoso soltando um ataque final devastador e sem gastar mana.

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Dragon Quest Heroes 2 dá um banho em seu predecessor quando o assunto é mundo aberto. A Square Enix elevou o padrão do gênero Musou, adicionando um lindo mundo aberto, cheio de vida, com cidades interligando áreas, grandes feiras e mercados, side quests e conversas interessantes. E para facilitar a viagem nesse mundo, temos a querida magia zoom (um clássico da franquia) para te teletransportar de um ponto a outro. Também existe a possibilidade de multiplayer com seus amigos, porém, é necessário fechar um grupo de 4 pessoas. Isso é algo que pode demorar um pouco de tempo.

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Aumentar a presença de elementos do gênero RPG, no jogo, fez total diferença. Temos várias combinações de armas e habilidades, podemos trocar a classe de qualquer personagem e cozinhar novas poções. Tudo isso em meio a cidades muito bem desenhadas e fiéis à franquia. Em muitos momentos do jogo, esquecemos que ele é um estilo Musou e simplesmente focamos em sua parte de RPG, história e o bom e velho upar.

Por falar em visuais, nesse quesito Dragon Quest Heroes 2 está de parabéns. O jogo é bonito, visualmente agradável e apesar de colorido não cansa, já que o jogo conta com vários tipos cenários como: Desertos, planícies, florestas, cavernas e etc. Isso mostra o amadurecimento do estúdio Omega Force, já que o motor gráfico de Dragon Quest Heroes 2 é o mesmo do primeiro jogo.

Com todos esses pontos fica claro que na verdade Dragon Quest Heroes 2 é o que Dragon Quest Heroes deveria ter sido. Com a mesma tecnologia, um pouco mais de experiencia e empenho, a Square Enix consegue entregar um jogo que com certeza servirá de base e meta para os futuros Musous e RPGs de ação.

{{

game = [Dragon Quest] game = [Heroes 2] info = [Lançamento: 25/04/2017] info = [Produtora: Omega Force] info = [Distribuidora: Square Enix] plataformas = [PlayStation 4, PC, Vita, Nintendo Switch (Futuramente) ] nota = [4/5] decisão = [Merece sua atenção!] texto = [Heroes 2 é lindo e empolgante] texto = [Jogo eleva o padrão para o estilo Musou-RPG] positivo = [Belo visual] positivo = [Fiel à franquia] positivo = [Mundo aberto e diverso] positivo = [Fortes elementos de RPG] negativo = [História rasa] negativo = [Lutas podem ser repetitivas] }}

 

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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