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Análise: Final Fantasy XII The Zodiac Age mostra a força de um clássico

“O que é bom não fica velho, vira um clássico”. Gosto muito dessa expressão para mostrar que coisas boas são atemporais. Pode ser uma música, um filme, um jogo ou um simples segundo de lembrança. Final Fantasy XII, lançado em 2006 para Playstation 2, é um desses exemplos. O jogo foi multi-premiado e recebeu notas altíssimas, como um inesquecível 40/40 da Famitsu (tradicional publicação japonesa) e um 92 no Metacritic, que mantém até hoje no famoso site agregador de notas.

Apenas para contextualizar o leitor, Final Fantasy XII The Zodiac Age é uma melhoria, na verdade, de Final Fantasy XII International Zodiac Job System. Este foi produzido em 2007, um ano após o sucesso de Final Fantasy XII, e já trazia várias melhorias que foram o embrião para The Zodiac Age. Ele foi o embrião de Final Fantasy The Zodiac Age, que tivemos o prazer de jogar em primeira mão ao longo de duas semanas para realizar este review (Arigatou Gozaimasu, Square).

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Tudo começa no mundo de Ivalice. Dois reinos estão em guerra e a quem sofre as consequências é o povo. No meio da batalha, Ash (a herdeira ao trono de um país derrotado) decide se juntar ao jovem Vaan na luta contra um império que não conhece limites e, para isso, ela irá reunir um time de heróis e buscar um antigo poder mágico guardado em segredo pelos primeiros governantes de Ivalice. A história de Final Fantasy XII – The Zodiac Age agradará aos fãs de conspirações e grandes reviravoltas. Diferente de títulos como FF VII e FF X, em que os vilões e ameaças se mostraram um tanto claras já nas primeiras horas do jogo, em Final Fantasy XII – The Zodiac Age você demorará a entender o que acontece. Quem está do seu lado e quem é a verdadeira ameaça. E isso não é necessariamente um problema. Muito pelo contrário. O enredo é um prato cheio para fãs de Game of Thrones e tem vários momentos ao melhor estilo Star Wars.

Porém, Final Fantasy XII – The Zodiac Age se destaca por outras razões. O jogo não teve apenas uma expressiva melhora gráfica e visual, mas também foi reconstruído de maneira a ser um título moderno. Final Fantasy XII – The Zodiac Age traz uma experiência de jogo mais confortável para jogadores, incluindo alterações no sistema de evolução e design de batalha, com estratégias diferentes possíveis quando comparado com seus antecessores. Ótimo para os fãs de série e para os novos jogadores, que terão uma experiência muito bacana com este título.

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Gráficos, gráficos, gráficos

Final Fantasy XII The Zodiac Age está MUITO, mas MUITO bonito. É incrível como o time de desenvolvimento conseguiu um resultado tão expressivo tendo como base um jogo de duas gerações passadas. Ao criar a versão HD de Final Fantasy XII, é impressionante como foram preservadas as características básicas do original, mas trazendo melhorias notáveis na expressividade dos personagens. Ou seja, eles não apenas aumentaram a resolução dos modelos de personagem, mas também aprimoraram texturas de pele, cabelo, pano, couro, metal etc. A iluminação também ganhou um tapa poderoso, praticamente recriando um mundo que já era lindo em algo realmente impressionante. E como o que bom pode ficar ainda melhor, Final Fantasy XII The Zodiac Age performa melhor em TVs 4K e consoles Playstation 4 Pro.

Todas as trilhas originais regravadas e oito inéditas

Se graficamente Final Fantasy The Zodiac Age já impressiona, ouvir a trilha sonora é emocionante. Todas (cerca de 100!) foram totalmente regravadas com performances ao vivo, pelas mãos de Hitoshi Sakimoto, o compositor do FFXII original. Como era de se esperar, o som tem papel fundamental na imersão e no engrandecimento da obra. O compositor Hitoshi Sakimoto também compôs novas trilhas (oito) para lutas contra chefes e alguns mapas. Sim, se você quiser ouvir as trilhas original de FFXII, você conseguirá. Inclusive, podendo alternar entre as duas versões a qualquer momento no menu de configurações. Além disso, em Final Fantasy The Zodiac Age é possível ouvir as vozes em japonês ou inglês, alternando a qualquer momento nas configurações do jogo.

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Novo game design

O FFXII International Zodiac Job System — a base desse jogo — foi reconstruída do FFXII original por Hiroyuki Ito, que foi responsável pelo design de batalha de vários títulos de Final Fantasy. E assim, em FFXII IZJS (e portanto em FFXII TZA), o design de batalha é diferente de FFXII com uma estratégia diferente, e incorporou um novo sistema de desenvolvimento de personagem, que deixa a experiência beeeem melhor. Portanto, Final Fantasy The Zodiac Age supera consideravelmente FFXII IZJS, apresentando muitas melhorias como um melhor desenvolvimento de personagem, batalha e exploração.

Confira nossa entrevista com Hiroaki Kato, produtor do jogo, durante a E3 2017

Novo Desenvolvimento de Personagem: O Sistema Zodiac Job

Uma das grandes mudanças de Final Fantasy The Zodiac Age em relação ao original é a melhoria no sistema de desenvolvimento de personagem, o License Board. Sim, ele já era usado no game original, mas seu conteúdo era o mesmo para todos os personagens. Para a versão 2017, foram criados 12 jobs, que funcionam como uma espécie de classe de personagem, como: Knight, Monk, Black Mage, White Mage etc. Agora, cada classe tem um License Boards exclusivo com habilidades e perks desbloqueáveis. As armas e armaduras também estão atreladas aos jobs e precisam ser desbloqueadas nas licence boards.

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Essas habilidades são desbloqueadas através das Licence Points que você recebe ao derrotar um inimigo. Em Final Fantasy XII The Zoadiac Age o jogador pode escolher entre até dois jobs para cada personagem. Vale lembrar que uma vez que você troque de job, você não poderá mais voltar para o job original. Portanto, pense bem na hora de fazer um personagem híbrido.

Uma das grandes inovações de Final Fantasy XII original era um sistema de automações chamado de Gambit. Com ele, é possível definir se seu personagem iniciará um combate conjurando uma magia de defesa, uma magia de tempo ou um ataque corpo a corpo. Ele também define se, a partir de uma certa quantidades de dano sofridos, algum de seus personagens conjurará uma magia de cura para socorrer aquele parceiro que por ventura sofreu um dano forte e por aí vai. Com os novos Licence Boards, esse modo Gambit ficou ainda mais complexo e desafiador. E isso não é necessariamente ruim.

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Melhorias na performance do jogo

Final Fantasy XII The Zodiac Age conta com carregamentos nitidamente menores. Além disso, o game agora conta com um autosave que é ativado quando você atravessa um segmento do cenário ou quando acontece eventos dentro do jogo. Também é possível jogar Final Fantasy XII The Zodiac Age de maneira acelerada e, melhor de tudo, agora é possível acessar um mini mapa da sua região sem ter que entrar nos menus do jogo. Basta clicar no botão L3 que o mapa aparece na tela. Para ocultá-lo, basta pressionar o botão novamente.

Conclusão

Final Fantasy XII The Zodiac Age se colocou um desafio alto, que é tornar um jogo de 10 anos atrás relevante no cenário atual. Como dito no início dessa análise, os clássicos não morrem. Além disso, Final Fantasy XII The Zodiac Age traz diversas melhorias sobre o jogo original, se tornando uma ótima opção para os amantes do gênero e da franquia. E quem jogou Final Fantasy XII no saudoso Playstation 2 vai adorar reviver este mundo fantástico com gráficos compatíveis aos consoles e televisores mais modernos.

{{

game = [Final Fantasy XII]

game = [The Zodiac Age]

info = [Lançamento: 11/07/2017]

info = [Produtora: Square Enix]

info = [Distribuidora: Square Enix]

plataformas = [PS4]

nota = [5/5]

decisão = [Um jogo obrigatório]

texto = [Fãs da franquia se emocionarão]

texto = [Fãs de RPG ganham um belo exemplo para o gênero]

positivo = [Gráficos incríveis]

positivo = [Diversas melhorias no sistema de jogo]

positivo = [Trilhas regravadas e oito inéditas]

positivo = [Sistema de velocidade para level up]

positivo = [Enredo típico das grandes tramas da franquia]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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