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Análise: Destiny 2 eleva o nível de luz e supera seu antecessor

Destiny chegou como um furacão no mercado. Hype nas alturas, promessa de mais de dez anos de conteúdo sobre o universo que se criava, Bungie saindo das asas da Microsoft para alçar voos mais altos. Assim como em sua história original, Destiny viveu momentos de treva e luz. Treva pois, logo assim que lançou, algumas pessoas começaram a reclamar que o jogo era repetitivo, a história era árida e por aí vai. Mas, então, veio a luz. Destiny criou uma legião de guardiões de sua marca que a carregaram o jogo até a última das atualizações. Atualização após atualização, o jogo bateu records de downloads e mostrou para a Bungie que ela estava no caminho certo.

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Despertando no caos de Destiny 2

O resultado do feedback da comunidade pode ser sentido já nos primeiros segundos de Destiny 2: a história. Esqueçam as pontas desamarradas ou a ausência de cutscenes que ajudassem na imersão. Destiny 2 tem uma narrativa sólida e uma motivação imediata: chutar o traseiro gordo de Dominus Ghaul, o comandante do império cabal que te bicou do alto de uma nave de comando. Sim, você vai querer voltar lá para mostrar pra ele com quantos quilowatts se faz uma Gjallarhorn e, de quebra, salvar o Viajante das mãos engorduradas dos cabais.

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Incrivelmente você sobrevive a queda da nave e acorda em uma cidade terrestre sitiada. Cabais caçam guardiões como cães e, sem luz, só lhe resta tentar sobreviver junto a seu fantasma (sim, você reencontra ele na cidade) até que consiga se reorganizar com outros sobreviventes. A primeira área social é a “fazendinha”, que a Bungie mostrou durante o beta aberto. Ali você será recebido por humanos que cresceram à margem da imponente Torre dos Guardiões e aprenderá que a coragem vem da força de lutar pelo que se acredita e não pela certeza de um poder infinito. Sem a luz do Viajante (que foi aprisionado pelos cabais), você está vulnerável e, ao menor deslize, pode morrer para todo  sempre. A não ser por um fragmento do Viajante que promete devolver a luz aos guardiões.

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Algo que merece um destaque em toda essa história é como é legal ver o Zavala, Clayde-6 e a Ikora vulneráveis sem seus poderes de guardião e temendo a morte a cada ação ou ataque. Enquanto isso, a nova personagem Hawthorne, que é uma humana que nunca teve a luz do viajante, sempre enfatiza o como ela sobrevivia se ma luz e como os guardiões são perdidos sem ela. E claro, a melhor personagem de Destiny 2 é, sem sombra de dúvidas, a inteligência artificial Failsafe.

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Há vida depois da história

Terminada a boa história de Destiny 2, cerca de 12 horas até seu fim, chega a hora da verdade. Conseguirá o jogo manter sua atenção? A resposta depende muito de jogador para jogador, mas no que depender dos fãs, a Bungie se esforçou bastante para que a comunidade siga logada por muito tempo. A mecânica pós história de Destiny 2 é uma espécie de resumo do que tivemos de melhor em Destiny, com a melhoria das Zonas Perdidas (Lost Sectors). Trata-se de pequenas dungeons que lhe recompensarão com drops toda vez que você explora-las. Elas são parte da engrenagem de recompensas semanais que todas as terças-feiras a Bungie renova. Ao completar determinadas ações, você será recompensado com armas, armaduras e itens melhores no jogo. Isso te ajudará em missões mais difíceis como o Anoitecer (Nightfall) e as Incursões (Raids). As Incursões são as missões que trazem as melhores recompensas de Destiny, além de gravar seu nome no hall de guardiões que conseguiram o feito de fazer uma.

 

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Dentro da comunidade de Destiny acontece um fenômeno único e curioso: há quem prefira jogar cooperativamente (em modos PvE) e há quem prefira um bom combate contra outros guardiões no PvP. E foi pensando na turma das batalhas do Crisol que a Bungie fez importantes mudanças neste segmento do jogo. Se antes as disputas podiam envolver até seis pessoas em cada time, agora as equipes são formadas por apenas quatro. A novidade deixou as partidas mais ágeis e compactas. E isso dividiu opiniões: há quem goste, mas há também quem reclame horrores nos fóruns. Além do número de participantes, Destiny 2 agora traz muito mais modos de disputa. Existem partidas “livres”, que se assemelham mais ao PvP original de Destiny e, agora, o modo competitivo, que bebeu em fontes como Osíris e outras coisas que, como disse anteriormente, deram certo no antecessor.

Uma bela evolução no mapa que não fica vazio

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Continuando nas melhorias de Destiny 2, nós somos obrigados a citar como o mapa está melhor. Em seu antecessor ele não era muito fluido e acabava se segmentando dependendo da missão e lugar que você ia. Pois bem, isso não acontece mais em Destiny 2. Agora o mapa é uma peça única por planeta que conta com diversos pontos de viagem rápida. Não só isso, mas ele está mais inteligível, ou seja, é relativamente fácil achar onde estão as atividades ativas no momento e o melhor caminho para fazer. Algo que podemos falar é dos eventos públicos que já aconteciam no primeiro jogo. Após os guardiões se unirem e sentarem a bala no chefão, é possível fazer uma série de ações para transformas esses eventos em heroicos que aumenta a dificuldade e a recompensa. Além disso, cada mapa tem uma espécie de representante que lhe passa missões, lhe de bônus e venda armas para você.

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Um show de luz e som

Graficamente Destiny 2 está ainda mais bonito. Efeitos de luz e, principalmente, a água no jogo (inclua a chuva nessa categoria água) está incrível. É um colírio jogar Destiny 2. Os cenários são gigantescos e, tranquilamente, você poderia ficar dias admirando a criação da Bungie. Porém, o brilho maior vem na trilha sonora. E aqui novamente o jogo se supera. Vencedor do prêmio de melhor trilha sonora em concorrido The Video Game Award no seu ano de lançamento, Destiny 2 parece gostar de criar trilhas bacanas e produziu algumas das faixas mais bonitas que eu já escutei em um jogo de videogame. Inclusive, para quem quiser ouvir com calma, cliquem aqui e curtam uma playslist que a própria Bungie disponibilizou no YouTube.

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Sobre a repetitividade em Destiny 2

Se você espera um mundo aberto gigantesco que demorará meses para você explorar completamente, Destiny 2 não é pra você. E isso não é necessariamente ruim, pois na grande maioria dos jogos você repete uma mesma ação várias vezes ao longo da vida do jogo. Agora, se você busca horas de diversão com seus amigos, com o intuito de evoluir seu personagem para conseguir gradualmente ir fazendo coisas mais difíceis no jogo, então Destiny 2 é um prato cheio. Seja no PvP como no PvE, você terá toneladas de coisas para fazer semanalmente. E, para os mais “hardcore”, você ainda pode criar um novo personagem de uma classe diferente para testar novos poderes e armaduras.

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Conclusão

Destiny 2 traz o que de melhor aconteceu em seu antecessor e melhora aspectos importantes, como a história de seu universo. O jogo agradará em cheio aos fãs e receberá de braços abertos aqueles que estão chegando agora ao universo criado pela Bungie. A história do universo sempre foi algo muito interessante, mas só em Destiny 2 ela consegue realmente cativar.

Diante da importância do universo Destiny para os videogames, Destiny 2 é praticamente obrigatório para todos os jogadores, gostem eles do gênero FPS, RPG ou MMO.

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plataformas = [PS4, Xbox  One e PC] nota = [5/5] game = [Destiny 2] game = [] info = [Lançamento: 06/09/2017] info = [Produtora: Bungie] info = [Distribuidora: Activision] texto = [Uma continuação que] texto = [consegue superar seu antecessor.] decisão = [A inclusão das Zonas Mortas] positivo = [Gameplay incrível] positivo = [Visual deslumbrante] positivo = [Toneladas de coisas pra fazer] positivo = [Trilha sonora épica] positivo = [Enredo empolgante] }}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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