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Dragon Ball “TEM” que ser em 3D? Confira a evolução da série

Muitos gamers do Brasil começaram a jogar no fim da geração do PS2 e início da geração do PS3/Xbox 360. Por toda essa época nós vimos uma enxurrada de jogos 3D de Dragon Ball e raras aparições de jogos da franquia no modelo clássico 2D, mais conhecido nas franquias Street Fighter, Mortal Kombat e muitas outras.

Com o iminente lançamento de Dragon Ball FighterZ que encontra-se em beta aberta nesta semana (clique aqui para ver os detalhes do beta), muitas pessoas estão reclamando do jogo estar voltando para sua forma clássica em 2.5D (personagens e cenários 3D, com movimentação 2D) e afirmando que para um jogo de Dragon Ball funcionar, ele deve ser 3D! Mas será que essa afirmação é verdadeira? Vamos dar uma olhada na história da franquia que foi sedimentada com uma tonelada de jogos 2D, e não jogos 3D.

Antes de iniciar informo que não inclui os jogos de portáteis, aventura e RPG puro na lista. Senão teria que introduzir mais uns 15 jogos pelo menos. Também é importante informar a título de curiosidade, que desde o primeiro jogo de Dragon Ball, a Bandai já estava envolvida em sua distribuição.

Dragon Ball Z Butōden 1, 2 e 3 – SNES

Dragon Ball Z: Super Butōden foi o primeiro jogo relevante de luta para a saga. Seu primeiro jogo foi lançado em 1993 e a franquia teve um total de 3 jogos com Dragon Ball Z: Super Butōden 2 e Dragon Ball Z: Super Butōden 3. Todos foram lançados entre 1993 e 1994 e cada um vendeu cerca de 1.5 milhões de unidades.

Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22 (PS1) e Dragon Ball Z: Shin Butōden (sega saturn)

Já no ano seguinte a série Super Butōden, a franquia dos guerreiros bombados viu dois novos jogos que na verdade eram praticamente os mesmos. Ultimate Battle 22 foi lançado para PS1 enquanto Shin Butōden foi lançado para Sega Saturn. Por mais que tenham sido jogos diferentes para consoles diferentes, eles tinham muitas coisas em comum como os sprites de todos os personagens e as mesmas músicas.

Dragon Ball Z: Hyper Dimension – SNES

Voltando ao SNES, ele recebeu entre 1996 (japão) e 1997 (europa) uma “salada de frutas” da série Dragon Ball. Em Hyper Dimension, os fatos históricos não são muito certos e existem algumas inconsistências. Ele não foi o jogo mais aclamado da franquia, mas deixou sua marca.

Dragon Ball Z: The Legend – PS1 e Sega Saturn

Esse jogo não foi muito aclamado na série, porém, eu me divertia horrores com ele na minha infância e achei que devia fazer essa homenagem. Lançado também entre 1996 (japão) e 1997 (europa) para PS1 e Sega Saturn esse era a proposta mais diferente de todas dos jogos de Dragon Ball Z até o momento. Nele você montaria seu time dentre os personagens disponíveis para cada ocasião e iria batalhar ou 1 contra 1, ou juntar em um único inimigo. A ideia dele era você equilibrar o poder de luta geral para seu lado. Ao ter o controle da luta, seu personagem da vez iria dar um especial e tirar energia do inimigo. O visual era uma mistura de sprites 2D com cenários 3D.

Dragon Ball GT: Final Bout – PS1

E aqui chegamos a um dos jogos mais marcantes da série. Final Bout se destacava não por seus gráficos ou jogabilidade (sendo sincero, ambos eram medianos). Seu destaque vai para a utilização de gráficos 2.5D pela primeira vez na série e que ele também pegava a parte da franquia GT, ao invés de focar somente na amada Z.

Dragon Ball Z Budokai 1, 2 e 3 – PS2 e Game Cube (Budokai 2 somente)

Aqui chegamos ao ápice 2.5D da série, talvez a série mais famosa de todo universo Dragon Ball. Lançados entre 2002 e 2004, a série Budokai aperfeiçoou a formula que evoluía há mais de 10 anos desde o SNES e trouxe o melhor e mais amado jogo para muitos. Além de ter um gameplay refinado com gráficos muito bem trabalhados, a série Budokai trazia um esquema de escolha de golpes fazendo cada lutador único. Ou seja, era possível montar os golpes principais de cada personagem baseado na história de golpes do anime, incluindo as transformações de cada um.

Dragon Ball Z Budokai 1 e 3 foram remasterizados em uma coletânea HD para Xbox 360 e PS3 em 2012.

Dragon Ball Z Budokai Tenkaichi 1, 2 e 3 – PS2 e Nintendo Wii

Após terem aperfeiçoado a fórmula 2.5 D da franquia e tendo Budokai 3 como o ápice do gênero, tanto em gampelay como em gráficos, foi hora de se aventurar em um jogo 100% 3D. Em 2005, mais de 10 anos após o lançamento do primeiro jogo de luta de Dragon Ball Z, temos o lançamento de Dragon Ball Z Budokai Tenkaichi 1 (Tenkaichi 2 e 3 foram lançados entre 2006 e 2007). Nesta nova franquia Tenkaichi, temos gráficos melhorados graças a tecnologia cell shading e um mundo completamente aberto em 3D para os guerreiros Z utilizarem suas técnicas de luta.

Aqui faço um destaque para Tenkaichi 3 que tinha a maior lista de personagens jogáveis com um total de 161 personagens.

Dragon Ball Z Infinite World – PS2

Este jogo encerra a era PS2 de jogos de Dragon Ball lançando uma “versão definitiva” da série Budokai. Digo isso, pois Infinite World também é um jogo 2.5D onde usava a engine de Budokai 3. E como Budokai 3 já era a edição definitiva de um jogo 2.5D, acaba sendo um jogo um tanto similar, mas com algumas pequenas diferenças visuais, no gameplay e de personagens.

Dragon Ball Z: Burst Limit – PS3 e Xbox 360

Antes de mais nada, é importante dizer que é aqui onde o Xbox começa a receber os jogos da franquia como um padrão. Como puderam ver, existia um “protecionismo nipônico” e os jogos de Dragon Ball eram raramente lançados em consoles não nipônicos, no caso o Xbox (Burst Limit foi o segundo jogo da franquia lançado para o Xbox). Em Dragon Ball Z: Burst Limit, temos um jogo muito mais bonito dado o poder da nova geração e ele traz de volta a jogabilidade 2.5D, porém, se assemelhando mais a franquia Tekken, por exemplo, onde existe uma liberdade maior para se mover no cenário. Seu destaque vai para o uso de cinemáticas dramáticas para representar diversos momentos da série.

Dragon Ball: Raging Blast 1 e 2 – PS3 e Xbox 360

Ambos jogos foram lançados em 2009 e 2010, respectivamente. Na série Raging Blast (que particularmente não me agradou muito), ele traz a jogabilidade 3D por completo com os melhores gráficos da franquia. Muitos personagens estão disponíveis, em especial em Raging Blast 2 onde trazem mais de 100 personagens, e que pela primeira vez o OVA “Um plano para erradicar os Sayajins” teve seus personagens em um jogo.

Dragon Ball Z: Ultimate Tenkaichi – PS3 e Xbox 360

Tan Tan Tannnnn. Aqui temos o jogo definitivo da franquia! Mais uma vez voltando as origens (percebam a influencia da série Budokai/Tenkaichi nos lançamentos dos jogos), temos uma edição que eu cravo como a melhor da última geração. Em Ultimate Tenkaichi temos gráficos muito bonitos e uma jogabilidade 3D leve e dinâmica. Além dos muitos momentos épicos que passará pela história do jogo, temos a introdução de “mega inimigos”, ou seja, batalhar em inimigos com escala real como o Vegeta Ozaru, primeira forma de Janemba e muito mais.

Dragon Ball Z: Battle of Z – PS3, Xbox 360 e PS Vita

Este jogo foi lançado em 2014 e foi um dos jogos com menos hype da série. Por mais que ele seja divertido, bonito e completamente em 3D, a não possibilidade de jogar contra seu amigo em sua casa acabou frustrando um pouco as pessoas. Por um outro lado, Battle of Z trouxe um novo sistema de 4 contra 4 online, ou seja, 8 jogadores jogando de forma simultânea. Além disso, esse é o primeiro jogo a embarcar na nova série de Dragon Ball Super já acrescentando Goku Deus, Whis e Beerus.

Dragon Ball Xenoverse 1 – PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One e PC (Steam) e Dragon Ball Xenoverse 1 – Xbox One, PS4,  PC (Steam) e Nintendo Switch

Aqui chegamos a franquia que, na minha opinião, bate de frente com a Budokai Tenkaichi. Por mais que seja “mais um jogo de Dragon Ball 3D”, aqui temos uma inovação bem interessante com a história. Ao invés de repetir a já conhecida história da série, nós temos a introdução de novos personagens completamente originais e a possibilidade de criar seu personagem do zero. Por mais que ele seja considerado um jogo de luta, ele tem diversos elementos de RPG como escolha de golpes, treinar com mestres, quests e side quests. Obviamente ele é o jogo mais bonito até então e seu gameplay é muito bom, assim como a série Tenkaichi.

Dragon Ball FighterZ – Xbox One, PS4 e PC (Steam)

E finalmente chegamos a cereja do bolo com o ainda não lançado Dragon Ball FighterZ. Com data de lançamento para 26 de Janeiro, DB FighterZ volta ao gameplay 2.5D que foi o padrão até 2005, com a série Budokai. Nele iremos ver um história original com a inclusão de uma nova personagem, a Androide 21, e teremos um gráfico muito próximo ao do anime. Inclusive muitos dos golpes e referencias foram tirados diretamente do anime/mangá. Este jogo prova que a série de jogos Dragon Ball não tem um estilo definido e que tanto o 2D, 2.5D ou 3D são estilos válidos se forem bem feitos.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

Um Comentário

  1. dragon ball tem que ser 2d, como todo jogo de luta que se preze, o xenoverse foi uma droga pq o combate era em 3d.

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