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Análise: Explore o mapa de One Piece World Seeker e se canse nas missões secundárias

Antes de tudo, quero dizer que tinha muitas esperanças de que esse jogo seria muito bom. Como um fã de One Piece, sempre me decepcionei muito com os jogos da franquia. Como é uma série de grande sucesso, achei que os jogos feitos para ela teriam um carinho maior para que o jogo ficasse realmente divertido, mas foi mais um dos jogos de anime feitos apenas pra vender.

HISTÓRIA

One Piece World Seeker começa com o bando de “Mugiwara no Luffy” invadindo uma base militar aérea em busca de um tesouro, mas a pista desse tesouro nada mais é do que uma armadilha da Marinha e do representante dela na Marinha, Isaac. Os chapéu de palha conseguiu fugir da base mas acabando caindo numa ilha em lugares diferentes, e é nessa ilha que Luffy encontra Jeane.

Jeane conta os problemas que a ilha vem passando desde a chegada da Marinha ao seu comando, o que dividiu a população entre os que são contra e os que são a favor da marinha. Os anti-marinha são liderados por Jeane, que assumiu o lugar de líder da ilha desde que sua mãe faleceu, já a marinha fica sob o comando de Isaac, que pra aumentar ainda mais a tensão da história, é irmão de Jeane.

Após ouvir todos os problemas pelo qual a população vem passando, Luffy decide ajudar Jeane a libertar o povo do controle da marinha e impedir uma guerra civil ao mesmo tempo que tenta encontrar seus “nakamas” que estão espalhados pela ilha.

GAMEPLAY

O mundo aberto de do jogo realmente impressiona, andar pelo mapa usando as habilidades do Luffy é bem divertido, e mesmo tendo fast travel em cada cidade da ilha, eu sempre preferi fazer o caminho pela ilha andando, até mesmo porque o fast travel necessita de um loading que é um pouco demorado e quebra um pouco da experiência do jogo.

Andando pela ilha você vai encontrar tanto piratas quanto marinheiros, dependendo do território  que você está, e pode ser atacado a qualquer hora. Embora os inimigos sejam bem fáceis de derrotar no mapa, o modo com que eles percebem a sua presença é bem interessante. Sinais de alerta surgem no mapa e a música do jogo ganha um tom de mais ação e de certo modo lembra uma perseguição policial em GTA (só que bem mais fácil de escapar) além disso, você também pode usar o seu “haki” para encontrar e evitar os inimigos ao longo do caminho.

Os comandos de batalha são bem simples, um botão apenas para dar golpes no inimigo, o que vai mudando ao longo do jogo são suas habilidades. Embora você saiba que Luffy tem diversas habilidades, você não pode usar todas no começo do jogo, ao realizar as missões você ganha pontos de habilidade para que você possa desbloquear o “gomu gomu no bazooka”, por exemplo, e isso até que deixa o jogo um pouco mais interessante. Além dos pontos de habilidade, você também pode receber itens em suas missões secundárias que ajudam bastante nas batalhas contra inimigos um pouco mais fortes.

As missões do jogo são divididas entre principais e secundárias, a primeira sempre está envolvida com a história principal do jogo, já as secundárias são mais diversificadas, como uma caça a matérias, ou apenas conversar com algum personagem para aumentar a afinidade entre Luffy e os demais (chamada de “karma” no jogo) ou até derrotar alguns inimigos. O grande ponto negativo dessas missões, e principalmente do jogo, são elas, pois são extremamente repetitivas e não trazem nada novo ao gameplay.

O QUE DEU ERRADO?

Esse jogo tinha tudo pra dar certo, a história é boa e caberia facilmente como um arco filler do anime, personagens novos interessantes, um mundo aberto que você pode explorar e usar as habilidades do Luffy, o jogo como um todo é bem fluido, mas mostra tantos traços de preguiça na sua produção que fazem com que o jogo seja decepcionante.

Missões repetitivas demais, bugs de pedras invisíveis ao longo do mapa, NPC’s que fazem parte da história secundária e que sequer receberam um visual próprio, as características gerias simplesmente foram copiadas pra todos. Mas ainda há outros erros mais graves.

Uma das coisas que mais encanta em assistir um anime é a dublagem, e é aí que o jogo erra feio. Os diálogos do jogo não receberam dublagem, apenas as cutscenes receberam um tratamento especial, o que é extremamente frustrante. Outro erro gravíssimo do jogo é a relação de Luffy com o mar, qualquer um que acompanhe o anime sabe que ele não pode entrar em contato com a água do mar por ter comido a “gomu gomu no mi”, só que o jogo ignora completamente isso, ele consegue andar no mar e inclusive há itens na água para serem coletados para missões! Esse é disparado o maior absurdo do jogo, um furo tão grande como esse não poderia acontecer de jeito nenhum.

CONCLUSÃO

Mesmo tantos problemas, a história do jogo te cativa, a narrativa é boa, e estar no controle de Luffy no mundo aberto é uma das coisas que mais me prendeu no jogo, mas é inegável que ele poderia ser muito melhor. O jogo poderia ter sido excelente, mas é apenas “ok”. Vale muito mais por se sentir parte de uma história do anime do que realmente a qualidade do jogo.

{{

game = [One Piece World Seeker]

info = [Lançamento: 14/03/2019]

info = [Produtora: Ganbarion]

info = [Distribuidora: Bandai Namco]

plataformas = [PC, PS4 e Xbox One]

notaV2 = [6,5]

decisão = [Bom, mas podia ser muito melhor]

texto = [Explore o mapa]

texto = [e se canse de missões secundárias]

positivo = [História]

positivo = [Mundo aberto]

positivo = [Uso das habilidades]

negativo = [Missões repetitivas]

negativo = [Dublagem]

negativo = [Inconsistência com o anime]

}}

 

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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