Análise: Stories Untold para Switch tem uma difícil missão

Stories Untold é um jogo, considerado por muitos de terror, desenvolvida pela No Code e publicado pela Devolver Digital. Escrito e dirigido por Jon McKellan, o jogo foi lançado em 27 de fevereiro de 2017 e chegou agora para o Nintendo Switch – seguindo essa tendência de ports para o sucesso da Big N.

Como o jogo é totalmente focado na narrativa, não irei dar Spoilers de nenhuma das histórias – por mais que seja um jogo de quase 3 anos atrás.

Estrutura de Stories Untold

O jogo é dividido por histórias, onde o seu objetivo é chegar até o final da narrativa proposta. Cada história tem suas nuances e maneira de interação.

A primeira, por exemplo, é chamada The House Abandon. Você começa sentado em uma mesa em um quarto escuro, iluminado apenas pelo brilho de uma lâmpada e um monitor CRT. No monitor temos uma imagem formando uma casa antiga e, em seguida, um nome: The House Abandon. A fita finalmente termina de carregar e você se vê jogando uma velha aventura de horror baseada em um texto que você digita, no melhor estilo Colossal Cave Adventure.

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Aqui você deve escolher as ações que quer fazer até desvendar todo o mistério. Para os mais novos que não conhecem os RPGs text-based antigos, imagine um jogo point and click mas ao invés de apontar com o mouse, você deve escrever “abrir porta” ou “ir para o norte”.

Já o segundo episódio você deve conduzir uma série de experimentos, ligando aparelhos na hora correta e na potência correta, seguindo relatórios e manuais em uma tela de computador. Como eu disse anteriormente, cada capítulo funciona de uma forma um pouco diferente, apesar de seguirem essencialmente a mesma dinâmica.

Funciona no Switch?

Stories Untold foi muito elogiado em seu lançamento e jogado por vários streamers e youtubers. Com isso o jogo ganhou visibilidade e ganhou uma série de fãs. O port para o Switch funciona tranquilamente tecnicamente, mas perde uma das suas principais características: a imersão.

Usando como exemplo o primeiro episódio, a tela mostrar uma mesa com uma tela de computador, se você está em sua mesa de computador também, o jogo nem precisa se esforçar para trazer esse sentimento de imersão e de fazer parte do jogo de fato. Some isso ao fato da versão de PC você de fato digitar suas ações, cometer erros de digitação e temos um sentimento ainda mais presente.

No Switch, já que não temos teclado, as ações são pré-selecionadas e com isso sua imaginação não vai tão longe assim. O mesmo ocorre com a sonoplastia e trilha-sonora do jogo, que é bem sútil. Então se for jogar no Switch, use um fone de ouvido para melhorar um pouco sua experiência.

Se você jogar no modo handheld as coisas pioram um pouco pelo fato das letras serem bem pequenas e você ter que usar o botão de zoom constantemente para ler e ver detalhes do seu ambiente (principalmente na segunda história).

https://youtu.be/bq6TFRj8Zao