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Análise: 7th Sector traz uma imersão inesperada e uma excelente viagem

Quando um puzzle trás várias experiências juntas

Estamos muito acostumados com jogos de puzzle sendo simples, não no quesito desafio, mas meio que deixando de lado tudo que envolve um jogo de vídeo game. Muitas vezes o cenário, o ambiente e o som acabam sendo desprezados. Não é o caso de 7th Sector. Esse indie que é ambientando no mundo imaginário de ficção científica dos anos 80 conhecido como “cyberpunk” é divertido, desafiador e extremamente imersivo. Veremos em nossa análise abaixo.

Tirando algumas dúvidas

É bem fácil confundir o 7th Sector com alguma espécie de prefácio do aguardadíssimo Cyberpunk 2077. Porém estamos aqui para avisá-lo: não tem nada a  ver com o jogo da CD Projekt RED, embora é bem gostoso de viajar, soltar a mente e fingir que estão relacionados. Eu fiz isso e me amarrei no jogo mais ainda. Afinal de contas, Cyberpunk é um estilo e existe uma grande chance de se parecer com o ambiente de Cyberpunk 2077.

Vamos lá, para ajudar quem não conhece, segundo a WikipédiaCyberpunk é um subgênero alternativo de ficção científica, conhecido por seu enfoque de “Alta tecnologia e baixa qualidade de vida” (“High tech, Low life”) e toma seu nome da combinação de cibernética e punk alternativo. Mescla ciência avançada, como as tecnologias de informação e a cibernética junto com algum grau de desintegração ou mudança radical no sistema civil vigente.O termo foi criado em 1980, pelo escritor Bruce Bethke, para o seu conto “Cyberpunk”, que entretanto só seria publicada em novembro de 1983, em Amazing Science Fiction Stories, Volume 57, Número 4.

Sobre o jogo

Você é um “robô-alma-elétrico” bem estilo High tech mesmo, lutando para passar entre fios e chegar ao seu objetivo. Essa mudança de cenários e o avanço entre os fios é onde moram os quebra-cabeças do jogo. Cada “tela” podemos assim dizer, é um puzzle que o jogo com muita habilidade leva o jogador a entender sua mecânica para enfrentar os desafios. E eles estão presentes, afinal a ideia é essa, é um puzzle e ele quer fazer você quebrar sua cabeça. Mas é aí que 7th Sector se sobressai.

Ao invés de você ficar “p da vida” por não conseguir passar do desafio, o jogo de conduz a um ambiente de calmaria e tensão ao mesmo tempo, te fazendo imaginar o que se passa em cada cenário, nas vidas das pessoas, de como seria esse mundo caso fosse real (isso se é que não vai ser). Prato cheio pra quem gosta de ficção científica. Quando comecei achei que seria mais um quebra cabeças nível “celular” com todo respeito, mas não, tem história e conteúdo, que por ser um gameplay de aproximadamente 3 horas, não vale a pena eu dar spoilers. Todos podem jogar, até os “sem tempo”.

Imersão e música

Não são pontos altos, são pontos altíssimos. Nunca imaginei ver isso num puzzle. O jogo te leva totalmente pra dentro dele sendo tenso. Alguns momentos trazem a sensação de terror, de agonia. A música combina com cada momento num casamento perfeito. Quem é que o coração dispara de tensão jogando um “joguinho de quebra-cabeças”? Isso vai acontecer. O problema é que passa rápido, porque quando você se toca já está totalmente envolvido nesse ambiente Cyberpunk. E não há como não se imaginar vivendo uma realidade dessas.

Como disse acima, sinta-se livre para fingir um gostinho do que vem por aí em Cyberpunk 2077. Carros voando, periferias das cidades, uma bagunça da vida que chega a passar certa agonia. Não dá pra elogiar muito os gráficos, porque convenhamos, um jogo “estático” fica mais fácil colocar e construir tudo de forma quase perfeita.

Diversão e jogabilidade

Bom, apesar dos elogios rasgados até agora, ele não deixa de ser um puzzle. Não é pré-conceito com o estilo, porém, sabemos as limitações de um jogo assim. É divertido muito mais pela imaginação do ambiente e da imersão do que pelos próprios puzzles espalhados no jogo. São criativos, e inovadores, não há dúvidas. Mas como todo jogo assim causa suas “canseiras” em certos momentos, ficando um pouco repetitivo. Mas dou os parabéns para os desenvolvedores em saber “tocar” essa linha tênue entre desafio e enjoativo, variando os sistemas de quebra-cabeças, colocando check point, lugares para salvar e dando uma encorpada no jogo. Hora você é só uma energia, hora você assume o pseudo-corpo do robô. Além de desbloqueio de passagens, é testado também suas habilidades com o controle, se sua matemática anda boa e claro, sua lógica.

A jogabilidade é simples e fluída, não ficando somente em deslizar pelos fios, e sim comandar o robô. Inclusive existem ocasiões que o puzzle soa como um chefe de fase, saindo completamente da calmaria dos puzzles anteriores e levando o clímax para um momento de tensão de tirar o fôlego.

https://www.youtube.com/watch?v=OWanb50q14o

 

Diversão e passa-tempo garantidos

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 10
Imersão - 10

9.2

Deixe sua imaginação fluir e entre no clima

7th Sector traz um tema que adoramos, cyberpunk. Além de tudo mexe demais com nossa imaginação, é o puzzle mais imersivo que já joguei, tirando arrepios e te colocando tenso devido ao ambiente e a música muito bem trabalhados. Tudo bem, não é um jogo que você é obrigado a jogar, mas pelo preço e pela diversão vale a pena sim. Tá cansado de bagunça, de tiros, de porradaria, vá pescar? Não! Vá jogar 7th Sector!

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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