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Análise: 3000th Duel agrada mas tem seus problemas

Um jogo 2D com potencial para se tornar algo maior!

3000th Duel é o primeiro jogo da novata NeoPopcorn Corp e foi lançado originalmente para PC em 12 de Dezembro de 2019. Quase 2 meses depois, o jogo chegou para o Nintendo Switch e é dessa versão que iremos falar em nossa análise.

Em 3000th Duel,  você interpreta um herói (ou heroína?) perdido, sem absolutamente nenhuma lembrança de sua vida anterior. Usando uma máscara misteriosa e equipado de uma espada. Sua missão é encontrar respostas e suas memórias.

Um action-adventure

3000th Duel é um action-adventure com visão frontal 2D e modelagem em três dimensões. Seu objetivo é basicamente seguir seu caminho até encontrar o chefão daquela área. Apesar de não existir uma ordem certa para enfrentá-los, habilidade e armas que você encontra pelo caminho podem te ajudar na batalha contra os mesmos.

Os comandos e mecânica de combate são bem simples: você tem seu ataque normal, um ataque especial que gasta MP (entenda como a Mana), um botão para usar itens, dash, um para usar projéteis mágicos (que tem sua própria quantidade e não usa seu MP), um outro para trocar de arma e por aí vai… Nada que fuja dos comandos que conhecemos para jogos do estilo.

O interessante é cada estilo de arma que você adquiri tem um especial diferente, uma velocidade diferente e um dano diferente. Tornando tudo bem dinâmico contra os chefes e alguns inimigos.

O combate não é difícil como jogos do estilo que se dizem souls-like. Isso se dá à um simples fato: os inimigos sentem as porradas que você dá! A cada ataque bem sucedido o inimigo sente um stun do hit fazendo com que, se você continuar dando o combo corretamente, ele nem tenha a chance de te acertar. Além disso, quase todos os projéteis inimigos podem ser cancelados quando atacados. Há também um ataque carregado bem poderoso no melhor estilo Mega Man.

Com uma mecânica de combate fluida e uma pequena curva de aprendizagem, talvez a NeoPopcorn pudesse ter abusado mais desse trunfo e menos nos desafios de plataforma e armadilhas que existem durante um chefão e outro.

Mecânicas de RPG trazem profundidade para 3000th Duel

Para complementar o combate e trazer profundidade (e um pouco de complexidade) para o jogo, mecânicas de RPG foram introduzidas.

Conforme você mata inimigos, você ganha Karma (a moeda do jogo). Pelo mapa você irá encontrar duas estátuas: uma para salvar seu jogo e outra que possibilita fazer melhorias ao seu personagem. Para melhorar os atributos do seu personagem você usa o Karma adquirido. Aqui você pode aumentar sua força para melhorar o ataque, sua vitalidade para impulsionar sua quantidade de vida e etc. Conceitos básicos de um RPG, bem simplificado e assertivo para o estilo de jogo.

Quando um atributo é atualizado você ganha um ponto para gastar na sua árvore de habilidades. Mais uma vez, uma mecânica de RPG bem simplificada, já que você consegue muitos pontos rapidamente, então não existe uma escolha, de fato, quando você opta por atualizar uma melhoria de habilidade ou outra – você terá pontos o suficiente para todas sempre!

Finalmente, temos os itens que você pode equipar. Além das armas – que você pode equipar duas de cada vez- também existem colares, anéis e o estilo de projétil mágico que você irá usar. Os itens podem ajuda na defesa, no ataque, na chance de achar mais acessórios e etc.

Então qual o trunfo de 3000th Duel?

Antes de mais nada, gostaria de lembrar que 3000th Duel é o primeiro jogo publicado da NeoPopcorn. Dito isto, um ótimo trabalho foi feito! As mecânicas são simples e funcionam muito bem. Tanto o combate quanto a parte mais voltada a elementos de RPG, são básicas e trazem versatilidade para uma jogatina descompromissada e com um bom nível de dificuldade/profundidade para passar o tempo.

Em minha opinião, o combate deveria ter sido o foco no caminho entre um chefe e outro – que são o trunfo de 3000th Duel. Os chefões são criativos, bem desenhados, com bons padrões de ataque, que trazem aquele sentimento de conquista quando superados e derrotados.

O problema acabou se tornando o level design nada atraente. Não me entenda errado, a ambientação de cada área está boa. Porém, os desafios de plataforma, caminhos, segredos e localização dos pontos de save não empolgam tanto quanto todo o resto. Na primeira run por um caminho o problema não aparece, mas caso você morra, passar por aquele caminho de novo deixará de ser interessante. Isso, de novo, se dá ao fato de não terem focado no combate.

3000th Duel

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 6.5

7.6

Vale a experiência!

3000th Duel manda muito bem em sua mecânica de combate e elementos básicos de RPG. Isso com certeza irá agradar grande parte do público que não busca um jogo extremamente complexo. Seus chefes são o ponto forte do jogo (e eles sabem disso), são bem desenhados, com uma boa dificuldade e padrões a serem superados. Porém, o jogo falha em seu level design, a localidade de seus pontos de save (para um jogo que busca o básico) e em seu fator replay.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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