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Análise: One Punch Man: A Hero Nobody Knows – Fará com que você seja um grande herói

Em One Punch Man: A Hero Nobody Knows você constrói o seu próprio herói em busca de ser um aliado da justiça e enfrentar inúmeros extremamente poderosos

Quem nunca ouviu falar sobre o careca de capa? One Punch Man: A Hero Nobody Knows não nos apresenta a história de Saitama, invés disso podemos construir a nossa própria história e ter o melhor careca como um grande personagem secundário.

Trazendo uma proposta familiar ao que encontramos em outros jogos de anime tipo Naruto Shinobi Strikers e Dragon Ball Xenoverse, iremos nos aventurar no mundo desse anime/mangá de super heróis possuidores de poderes absurdos. Com batalhas que variam de 1 vs 1 até confronto entre trios, a ideia principal é simular toda a confusão e dinâmica que podemos presenciar no material original.

Tudo começa com um soco

Para iniciar somos entregues a uma tela de criação de personagem que no qual é bastante limitada de inicio (3 rostos e 3 cabelos), impedindo que tenhamos uma singularidade a mais no nosso herói, o que acaba sendo meio chato mesmo que no futuro tenhamos a oportunidade de comprar cosméticos para customizá-lo com maior liberdade.

Em seguida a história começa, onde somos atacados por um monstro, mas alguém nos salva. Sem sabermos quem é aquela pessoa, apenas vemos a roupa amarela, capa vermelha e a careca brilhosa. Era Saitama.

Após desmaiar e despertar na associação de heróis, somos apresentados ao Lecture Man que praticamente é o nosso tutorial falante sobre tudo o que está acontecendo. Esse é o inicio da nossa jornada como heróis, fazendo com que tenhamos que enfrentar monstros, auxiliar os civis e realizar missões da associação de heróis.

O enredo é o mesmo do anime, porém, com o ponto de vista vindo do nosso personagem. Vamos nos deparar com inúmeras situações que só ocorrem nesse mundo, como a Fubuki nos obrigando a entrar no grupo dela de Rank B ou esbarramos com o Saitama vindo nos ajudar de forma aleatória.

One Punch Man: A Hero Nobody Knows tem um gameplay que evolui junto de você

Nas primeiras batalhas senti uma agonia enorme porque o gameplay parecia bastante travado, principalmente quando avançava num dos inimigos e não atacava em seguida, ficando totalmente de guarda aberta para o oponente e levando uma surra épica. É até mesmo meio frustrante.

Porém, o jogo segue um sistema de nível que permite você evoluir o status do seu herói. Deste modo, sempre que o status “técnica” sobe de nível, o gameplay vai ficando mais fluído e o problema da investida acabou sendo consertado, fazendo boa parte da frustração ir embora.

Por que ela não foi por completo? Há missões em que o nível de dificuldade beira o injusto, fazendo com que você não se sinta numa luta equilibrada da qual a dificuldade lhe dê adrenalina. Isso faz você entrar num dilema, os pontos gastos em técnica poderiam ser usados em força e vida, fazendo com que você fosse capaz de derrotá-los facilmente, contudo, a jogabilidade continuaria bastante travada. Infelizmente o jogador fica entre a cruz e a espada nessa situação.

Seu herói, suas regras

Como dito antes, você pode evoluir o seu herói de acordo com a elevação de nível dele. Além disso, ele também pode pertencer a um estilo de combate que tem level up próprio. Entre eles temos esses exemplos: comum, artes marciais, maquina, psíquico, arma, etc…

Cada um tem um set de movimentos próprios, com golpes especiais que são adquiridos de acordo com a sua aproximação de heróis que sejam do mesmo estilo. Por exemplo, se você interagiu com o Fang, poderá usar o golpe especial dele no set comum. Se você interagiu com o Genos, poderá usar os golpes especiais dele no set de máquina.

Um mundo vivo

Em One Punch Man: A Hero Nobody Knows temos um mapa para caminhar nele que seria equivalente a uma cidade de Yakuza. Aqui vemos inúmero NPC’s pedindo algum auxilio para heróis, lojas de roupas, acessórios,  mobílias e, claro, o local que fica o seu quarto (você possui um quarto que pode mobiliar ele a bel-prazer com o que estiver disponível no jogo). Há eventos na cidade como algum monstro vindo te atacar ou alguém querendo te assaltar; os infelizes nem imaginam que você é um herói.

Outra coisa que dá vida a essa cidade é a presença dos players caminhando em tempo real quando você estiver conectado na internet, lembrando a mesma vista que temos num MMORPG. Infelizmente não há como realizar contato com eles.

Há mais um fator que faça desse jogo consideravelmente vivo. Nas batalhas, em sua grande maioria, há eventos como ataque de monstros para atrapalhar os combatentes, chuva de meteoros, trovões, heróis vindo dar reforço (as vezes temos a presença do Saitama) e novos inimigos para o nosso desespero.

One Punch Man: A Hero Nobody Knows também tem multiplayer

Apesar do maior foco ser o single-player com a construção do seu herói, no multiplayer temos diversos modo como combate 1 vs 1, batalha de equipe (3 jogadores vs 3 jogadores), batalha solo que é de 3 personagens vs 3 personagens e avatar vs avatar.

Nessas opções podemos utilizar os personagens do anime, onde eles já estarão com as habilidades próprias e tudo liberado, não sofrendo os limites de “técnica”. Se você utilizar o seu avatar, o nível dele ainda pesará seja de forma positiva ou negativa.

Os personagens criados pela comunidade podem aparecer de forma aleatória para lhe dar suporte em suas missões, mostrando uma união indireta entre os players. Infelizmente, não tem como um jogador auxiliar por vontade própria o outro ou algo parecido, fazendo com que o contato da comunidade seja algo não “real”, o que acaba indo numa direção de forma laços superficiais entre os jogadores.

Entre acertos e tropeços

Esse jogo tem uma trilha sonora bastante mediana, beirando o “esquecível”. Ela existe, está lá, cumpre o seu papel e só. Da mesma forma que os gráficos são consideravelmente medianos, ficando atrás de jogos consagrados como Naruto Storm, Dragon Ball Xenoverse e Dragon Ball FighterZ. Por outro lado, esse jogo consegue ser divertido. Não exatamente pelo seu gameplay que peca em ser meio travado/limitado (mesmo sem a limitação do status de técnica), mas pelo contexto geral. Ele lhe faz rir, traz personagens originais bem únicos e bizarros, diálogos dignos da série. O jogo não é fantástico, mas ele tem algo que consegue prender a atenção do jogador. É bizarro isso.

Exemplo de personagem extremamente criativo a ponto de dar medo.

Claro que ele não poderia ficar de fora de One Punch Man: A Hero Nobody Knows

Após fazer diariamente 100 flexões, 100 abdominais, 100 agachamentos e correr 10 quilômetros… Saitama está pronto para ser um herói. E sem cabelos também!

Sendo uma presença preciosa do game, Saitama não atua como protagonista, porém, é uma peça importante para o enredo. Diversas vezes estaremos em apuros por enfrentar um inimigo muito mais poderoso e a nossa missão será simplesmente a sobrevivência até que o dito cujo chegue. Jogar utilizando o Saitama é um tanto engraçado, pois ele recebe NENHUM dano e vence a partida com um único soco, igual o nome do game sugere. Isso é estranhamente divertido e consegue fazer com que entendemos o sentimento que os personagens do anime/mangá sentem ao serem salvos por ele, fazendo surgir um incentivo para fortalecer o nosso próprio herói.

One Punch Man: A Hero Nobody Knows é estranhamente divertido

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 7
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 7.5
Multiplayer - 8

7.7

É díficil dizer se vale ou não comprar, mas se estiver em promoção no mercado vale muito!

One Punch Man: A Hero Nobody Knows tem seus erros, tem seus acertos e tem o Saitama. É complicado dizer se é um jogo ruim, mediano ou bom. É aquele famigerado divisor de águas que fará com quem alguns xinguem demais, outros amem e outros achem ameno (dorime?).

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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