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Análise: Liberated – Os quadrinhos dentro de um jogo

Sinta-se como se estivesse lendo uma HQ enquanto mergulha nesse mundo sombrio onde você é vigiado a todo minuto.

Desenvolvido pelo estúdio Polonês Atomic Wolf e publicada pela Walkabout Games, Liberated é novo jogo para Nintendo Switch que chega no próximo dia 2 de junho e tem uma versão prevista para o PC ainda em 2020.

O jogo simula para o jogador uma leitura de HQ onde você vai escrevendo sua própria história dentro de um mundo autoritário num ambiente futurista.

Mas do que se trata esse tal de Liberated?

Como já dito acima Liberated se passa no futuro, onde o governo arrumou um programa, chamado SCC, que controla toda vida social dos habitantes, e quando digo controla, controla mesmo.

Você é observado 24h por dia num mundo onde existem câmeras em cada esquina. Seu smartphone, suas redes sociais, suas transações bancárias são todas rastreadas e qualquer coisa fora do “normal” você pode ser preso e interrogado.

Cansados de serem monitorados e controlados surge um grupo chamado Liberated, eles são formados por hackers e pessoas que não concordam com o método que o governo impõe em te rastrear e sugerem ser uma verdadeira resistência contra esse sistema autoritário. Para isso reúne uma equipe com vários planos para sabotar o sistema governamental que controla e investiga a vida dos seus cidadãos e divulgar as suas farsas.

Nesse regime autoritário você começa o jogo como Barry Edwards, um cidadão que está sendo procurado por não seguir os padrões de vida normal estipulados pelo governo, Barry é um dos personagens que você irá controlar durante o jogo.

O jogo é uma mistureba louca de Minority Report, com Mr. Robot e V de Vingança. Agora pensa comigo que essa combinação de roteiros daria uma excelente graph-novel, e fomos presenteados com ela.

E a jogabilidade?

De maneira muito simples o jogo se propõe com a metodologia de jogos de plataforma, então basta andar nas direções do mapa, pular obstáculos, interagir com objetos e é claro, atirar quando for necessário. Tudo isso é confortável com os Joy-Cons do Nintendo Switch, mas para mirar eu senti uma certa dificuldade, só que isso pode ser também uma certa falta de destreza da minha parte como podem ver na figura abaixo eu sou o da esquerda.

Mas calma lá, apesar da simplicidade de um jogo de plataforma, Liberated te deixa aberto para fazer escolhas em determinadas ações e situações durante a história.

E é dessa maneira que você poderá escrever sua história. Apesar de não serem muito corriqueiras, as escolhas aparecem e dá para perceber que seu destino pode ser alterado conforme você escolhe alguma das opções. Em um momento do jogo fiz uma escolha e a página do gibi simplesmente virou totalmente em branco.

Além de tudo que foi falado ainda existem puzzles a serem resolvidos, o que vai acabar fazendo com que o jogador pense e precisa queimar alguns neurônios para resolver os desafios . Sem contar os quick-time events que dão um ar bem cinematográfico em algumas cenas.

O jogo conta com dois modos de dificuldade, o modo jogador que promete uma experiência mais desafiadora e o modo leitor, que deixa a aventura bem mais tranquila, já que você recebe menos dano e ainda elimina os seus inimigos mais facilmente.

Mesmo que você opte por não jogar no mais fácil, o jogo não é punitivo caso você morra, já que os checkpoints se dão praticamente a cada quadrinho da sua história.

Os únicos ponto negativos que tenho a destacar é que os inimigos não enxergam o corpo de outros inimigos e simplesmente ignoram isso o que não seria normal. Outro fato que eu destaco é que, em minha opinião, o jogo deveria ter mais quick-time events, em certos momentos eu tive a impressão que cabia mais em algumas partes do jogo.

Agora fica aqui meu ELOGIO explicito, o jogo conta com a nossa língua nativa e para um game que tem tamanha narrativa isso com certeza vai ajudar muito os jogadores! Obrigado Atomic Wolf e Walkabout Games por lembrar de nós! (L)

Imersão com gráficos bem feitos!

O Liberated trata com muito cuidado e merece aplausos, tanto pela ideia inovadora de criar um jogo literalmente dentro de uma HQ, como também em decidir manter aqueles efeitos de quadrinhos de quando se dispara a sua arma logo vem aquele “BANG” ou “POW” escrito na tela, digno de um fiel gibi.

Toda essa beleza gráfica desenhada a mão traz a imersão necessária de quem realmente está lendo/escrevendo a sua própria história em uma HQ.

A trilha sonora também se destaca com boas músicas para todos os momentos do jogo, os barulhos dos personagens, tiros e ambientes foram bem pensados e merecem seu destaque.

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Conclusão

Liberated é um excelente jogo, com uma narrativa um tanto quanto intrigante e cheio de teorias de um mundo totalmente controlado por um governo autoritário onde as massas são manipuladas.

Apesar de ser relativamente curto, já que é dividido em 4 partes, são garantidas boas horas de gameplay na qual eu nem senti o tempo passar. Além disso, jogo realmente te instiga a querer descobrir o que se passa, mesmo não sendo uma história, digamos assim, tão profunda.

É uma compra super válida e eu recomendo a quem quiser ter boas horas de diversão e pequenos desafios, mas ressalto que o jogo se destaca muito mais pela narrativa e pelo roteiro já que sua jogabilidade é bem simples e você dificilmente encontrará grandes desafios.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

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Liberated

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8
Roteiro - 9

8.2

Ótimo

Um excelente jogo para quem gosta do mix entre um bom roteiro, puzzles e jogos de plataforma. O jogo possui uma narrativa intrigante sobre um governo extremamente autoritário e controlador.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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