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Análise: West of Dead é um Roguelite maravilhoso

Jogo chega para ser grande destaque no gênero

West of Dead é mais um jogo que segue a febre dos Roguelite/Roguelike. Você começa com um personagem do zero, vai evoluindo em um mundo procedural, morre e recomeça do zero. Por ser um Roguelite, você sempre recomeça com algum tipo de melhoria sempre podendo chegar um pouco mais longe.

Com tantos jogos similares, será que West of Dead pode se destacar? A resposta não é simplesmente um grande sim, mas como ele me lembrou do maravilhoso Dead Cells lançado em 2018 que acabou sendo o vencedor do melhor jogo de ação de 2018.

Faroeste do submundo

Como geralmente acontece, a historia dentro de um Roguelite/Roguelike não é muito complexa. Existe o personagem principal que tem que morrer 999 vezes para descobrir o que está acontecendo. Em West of Dead temos uma narrativa similar, mas com alguns toques de genialidade.

O primeiro é que o jogo é narrado e dublado por Ron Perlman (Hellboy, Sons of Anarchy). Somente isso já eleva muito a qualidade da história. Ele é uma alma que faleceu, mas que não completou sua passagem. O personagem é apresentado como um pistoleiro sem nome e com uma caveira flamejante (sim, lembra o motoqueiro fantasma).

Logo ao acordar da recém morte, ele aparece em um bar no melhor estilo faroeste. Logo lá ele começa a se questionar da morte e de como essa reincarnação nunca foi ensinada na escola dominical. A partir dai você começará sua jornada a leste onde tentará encontrar o pastor para saber o que está acontecendo com esse mundo e como pode fazer sua passagem de forma completa.

Ao longo da aventura, Ron Perlman fará excelente comentários e colocações com fatos que estão acontecendo e dá maior de credibilidade a este mundo.

Brincando com a luz e escuridão

West of Dead apresenta uma vida pós morte onde se passa em um cenário de faroeste. Inclusive a narração segue essa temática encaixando muito bem na ambientação.

A ideia é que a cada novo nível você irá explorar diversos temas como um pântano ou então uma terra gélida. Por ser um mundo feito de forma procedural, cada vez que morrer irá ter um novo mapa para explorar sempre apresentando surpresas. E não pense em uma exploração linear, mas pense em salas diferenciadas, plataformas e sempre estar encarando novidades a cada nova tentativa.

Por estarmos em uma espécie de purgatório, espere um mundo cheio de escuridão onde a maioria dos inimigos estão escondidos na mesma. A dinâmica dele segue você se proteger atrás de coberturas e atirar nos inimigos. Caso não consiga vê-los, poderá ir a lâmpadas para iluminar o ambiente. Essa mecânica faz com que os inimigos não somente apareçam e sejam atingíveis, como irá deixá-los tontos por alguns segundos.

Para combatê-los, você irá munido de duas armas e duas habilidades. Elas seguem a temática de faroeste e variam em velocidade e alcance como a pistola, escopeta e rifle. Enquanto o rifle tem que carregar para dar um tiro potente, a pistola atira rapidamente. Já a escopeta atira rapidamente, mas tem curto alcance. As habilidades podem variar entre buffs como um escudo temporário a tacar um machado ou dinamite. Esses são apenas alguns exemplos.

Melhorando suas chances em West of Dead

Por West of Dead ser um roguelite, temos diversas formas de melhorarmos nossas habilidades e chances. Existem dois tipos de melhorias, as fixas e as variáveis que explicarei abaixo.

A fixa, por exemplo, é a possibilidade de ter um cantil de vida toda run. Ou então poder se teletransportar entre os pontos de controle do jogo, assim como acessar novas áreas. Já as variáveis são inúmeras. Deixarei uma “pequena” lista de exemplos abaixo:

  • Procurar pontos de upgrade em cada fase para melhorar sua vida, ou seu ataque ou suas habilidades;
  • Coletar ferro dos inimigos mortos para poder comprar uma arma/habilidade melhorada do mercador;
  • Coletar pesadelos para gastar com a bruxa e adquirir inúmeras melhorias como novas armas, novas habilidades, cantil maior e mais;
  • Achar novas melhorias para serem disponibilizadas pela bruxa;
  • Buscar armas com habilidades como dar sangramento nos inimigos ou então tiro crítico.

Esses são alguns dos exemplos de possibilidades. Vale dizer que a cada nova run você começa do zero e receberá duas armas aleatórias e terá sempre que evoluir ao longo da jogatina. Seguindo a ideia de risco e recompensa, quanto mais explorar e matar, mais forte ficará. Mas ao mesmo tempo você poderá morrer e perder seus preciosos pesadelos e não evoluir nada (e acredite, isso vai acontecer e muito).

West of Dead, jogar ou jogar?

West of Dead chega com muita força para se tornar um grande expoente do gênero Roguelite. Tudo que ele faz, faz super bem feito. Sua temática e ambientação é fantástica, a adição de Ron Perlman (Hellboy, Sons of Anarchy) na dublagem eleva muito a qualidade do jogo e atiça a curiosidade do jogador. Com relação ao risco e recompensa, é tudo muito bem feito apresentando diversas melhorias tanto fixas como variáveis.

Ou seja, tudo é feito de forma impecável dentro do jogo. Vale ressaltar que eu encontrei alguns bugs, mas joguei em uma versão ainda não final. A Raw Fury já havia mencionado que o jogo receberá um day 1 patch e que os problemas como possíveis tiros falsos ou então algumas animações estranhas serão resolvidas. Tendo isso em mente, esses probleminhas não irão afetar a nota final.

West of Dead está disponível para Xbox One (incluindo Game Pass) e para PC via Steam.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

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West of Dead é mais um Roguelite espetacular

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10

10

Perfeito

Embora o estilo Roguelite esteja tomado por diversos jogos, West of Dead chega para ser um dos grandes destaques por fazer absolutamente tudo certo. Temos uma excelente ambientação, uma história intrigante, uma ótima mecânica e muitas possibilidades de evoluir o personagem.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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