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Análise: Paper Mario: The Origami King traz redenção à série!

Jogo inova com bastante carisma e diversão!

Paper Mario: The Origami King é o sexto jogo da série, marcando a chegada da mesma ao Nintendo Switch. Desenvolvido pela Intelligent Sistems, mesma companhia que trabalha na série desde seu lançamento no Nintendo 64, o jogo traz inovação no combate, assim como certos elementos que o trazem de volta às raízes da saga.

O jogo pode ser comprado digitalmente na loja da eShop brasileira.

O que é Paper Mario: The Origami King?

Seguindo uma premissa bastante genérica para a franquia Mario, o jogo inicia com a visita do protagonista ao castelo da Princesa Peach para um festival de origamis. No entanto, somos apresentados ao Rei Olly, um vilão que pretende dobrar todos os seres deste mundo e transformá-los em origamis sem consciência. A partir disso, Mario se junta a irmã do rei, Olivia, que o auxilia a atravessar o castelo, e assim conseguem fugir antes que o Rei tome controle de suas mentes.

Com um mundo belíssimo e cenários interconectados cheios de surpresas, os jogadores precisam utilizar de habilidades recebidas de Olivia para consertar a bagunça criada pelo Rei Olly. Juntos, os dois partem em uma aventura que cruza diversas regiões únicas – com personagens caricatos e situações inusitadas desse jogo bem irreverente.

Desdobre-se para consertar o reino do cogumelo!

Para os fãs da série, é impossível não jogar uma nova iteração sem esperar uma narrativa e um mundo como foi apresentado em A Thousand-Year Door. Após decepções principalmente nos dois últimos jogos da saga, é refrescante ver um novo capítulo que traga um mundo realmente conectado e fluido, ao invés do sistema de fases, com personagens divertidíssimos e uma jogabilidade interessante.

Os cenários foram corrompidos, com buracos em todas as partes. Ao enfrentar inimigos ou bater com seu martelo pelo ambiente, confetes podem ser obtidos e estes podem ser utilizados para preencher as lacunas do cenário. Os confetes auxiliando tanto para permitir a passagem entre certas áreas quanto para obter mais moedas.

Paper Mario

Pelo mapa ainda temos Toads que foram transformados em origami, disperso por todas as áreas – e é a tarefa do jogador resgatá-los! Escondidos como insetos, objetos do cenário e até como ovo frito em uma frigideira, é necessário ficar atento pois eles podem ter sido transformados em literalmente qualquer coisa! E ao retomá-los às suas formas naturais, os mesmos passam a acompanhar Mario na sua aventura, servido de apoio nas batalhas e desbloqueando colecionáveis do jogo.

Girando, girando, girando

A inovação que The Origami King traz à franquia ocorre por meio da reviravolta em sua jogabilidade. Ao invés de seguir o formato padrão dos jogos anteriores, somos apresentados a uma espécie de roda, que precisa ser organizada antes de iniciarmos os ataques aos inimigos. Por conta disso, antes de definir qualquer movimento de Mario, é necessário passar por um quebra-cabeça. Caso resolva corretamente, os ataques são desferidos com maior força, sendo possível livrar-se de uma horda de inimigos em apenas uma rodada.

No entanto, o tempo de organização é contado, sendo necessário aos jogadores pensarem rápido para ter um desempenho melhor no jogo. Vale ressaltar que existem meios de tornar os desafios mais fáceis, como solicitar apoio dos Toads resgatados, ou até comprar mais tempo. O único porém é que ambas soluções podem custar muitas moedas dos jogadores.

Paper Mario

As batalhas de chefe, por sua vez, trazem uma nova perspectiva ao mesmo combate, colocando Mario do lado exterior do ringue de batalha. Os jogadores continuam precisando mudar o layout do cenário, porém dessa vez precisam reorganizar os comandos para que Mario ataque seu inimigo da melhor direção e com o melhor ataque. Ainda, é preciso exaltar que cada batalha contra os chefes é única, necessitando de uma estratégia diferente para enfrentar seus rivais. E em muitas das vezes, existe mais de uma reviravolta na mesma batalha, exigindo que os jogadores se adaptem às situações rapidamente.

Cenários diversos e cheios de diversão

Para a alegria dos jogadores, o game conta com uma grande variedade de cenários e ambientes, repletos de atividades e que tornam a jogabilidade bastante refrescante. Em um momento, estamos em um calabouço com espinhos e fogo para todo o lado. No seguinte, estamos em uma clareira temática de outono, e no seguinte, navegamos por um grande mar.

O ponto é que, durante a extensa narrativa do jogo, passamos por momentos de apreciação aos mais diversos detalhes dos cenários, situações descontraídas e divertidas, e até momentos de perda. Tudo isso, dentro de um mundo feito de papel, com personagens que parecem ter saído de um livro de colorir.

Vale ressaltar que durante a aventura são encontrados certos personagens que acompanham Mario em seções do jogo. Cada um agrega carisma e traz profundidade à narrativa, mostrando interessantes histórias secundárias desse vasto mundo. Tais personagens auxiliam em combate e colaboram na resolução de quebra-cabeças, além de criar laços com os jogadores.

Mas nem tudo é um mar de confete

Apesar de proporcionar uma experiência bastante divertida, The Origami King ainda te muito o que aprender com os melhores jogos da franquia Paper Mario. O combate contra inimigos comuns chega a se tornar cansativo ao decorrer das vinte e poucas horas do jogo.

Como o jogo não possui progressão por nível, para progredir, os jogadores contam com variações dos equipamentos de ataque. Dessa maneira, é necessário que os jogadores comprem ou coletem pelos cenários essas melhorias. Deixando claro que faz falta um sistema de progressão mais profundo, já que o escolhido não impulsiona os jogadores a enfrentar diversos monstros do cenário e buscar dar seu melhor em todas as batalhas.

Como último ponto de crítica, o jogo propõe sistemas que auxiliam bastante os jogadores mais casuais. Um exemplo disso é a possibilidade de obter vida durante as batalhas contra chefes. Isso irá funcionar para alguns e outros sentirão falta de um modo sem esse tipo de “bengala”.

Paper Mario: The Origami King vale a pena?

O jogo é repleto de carisma, diversão e belas paisagens. Conforme mencionado anteriormente, não chega aos pés dos jogos mais aclamados da franquia, mas promete trazer uma experiência bastante agradável aos jogadores.

Paper Mario

O combate é inovador, os personagens são carismáticos, e as batalhas contra chefes são divertidíssimas, porém um ou outro detalhe pode não agradar a todos. A progressão, por exemplo, deixa bastante a desejar, visto que não incentiva muito os jogadores a engajarem em batalhas constantemente. No entanto, toda a ambientação torna desse um jogo necessário para todos os donos do Nintendo Switch!

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

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Paper Mario: The Origami King

Visual, ambientação e gráficos - 9
Narrativa - 9
Jogabilidade - 8
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8

8.6

Ótimo

Paper Mario: The Origami King se redime e conquista uma posição muito acima dos jogos anteriores da franquia. No entanto, algumas escolhas de jogabilidade tornam a experiência um pouco cansativa.

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Nicolas Togashi

Graduado em desenvolvimento de jogos e aficionado por essa mídia, perde mais tempo jogando do que efetivamente utilizando a graduação para alguma coisa. Ama RPGs, e se esforça para ser um bom aliado nos jogos online.

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