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Preview: Rogue Company precisa de tempero

Jogo consegue divertir mas ao mesmo tempo traz uma sensação de que falta algo

Pequeno disclaimer: este preview é baseado na versão antecipada de Rogue Company e foi jogado no Playstation 4 Pro. Melhorias e updates podem e devem ser esperados para a versão final.

Rogue Company, novo jogo da Hi-Rez Studios, trouxe questionamentos desde sua revelação. Pelos trailers inciais parece uma mistura de battle royale e estilo de combate de ação ao melhor estilo The Division, ao mesmo tempo que tem grande inspiração de ambientação em CS:GO e Valorant. Parece ser uma mistura e tanto, onde se pegar um pouco do sucesso de cada jogo, pode-se tirar como resultado um rápido sucesso com grande potencial para os eSports. Mas falta alguma coisa no jogo que é difícil explicar.

Rogue Company

COMO FUNCIONA

Existe uma gama ampla de opções de heróis que afetam diretamente o gameplay. Não somente a sua forma de jogar, mas principalmente a sua forma de interagir com o seu time e mudar as táticas de ataque e defesa. Diferente de um Valorant, onde mesmo tendo domínio das estratégias e das suas habilidades o que importa no fim da partida é o quão “baludo” seu time é, no Rogue Company, devido ao seu estilo de combate similar ao de The Division, as habilidades únicas de cada personagem podem fazer toda a diferença. Vale ressaltar, mesmo já tendo citado a semelhança com The Division, que a visão da câmera é em terceira pessoa.

Feita sua escolha inicial você se juntará à outros jogares para formar uma equipe de 4 membros em busca de dois objetivos dependendo do modo de jogo (pelo menos no acesso antecipado). Em um modo (Demolição) temos uma partida no estilo CS:GO e Valorant, onde é preciso que um time defenda dos bombs e o outro tente plantar e explodir a bomba, e seu outro modo (Investida) de combate direto entre os times para capturar um objetivo no centro do mapa, onde a cada morte do seu time uma “reserva de vidas” que vai diminuindo. Ao chegar no limite de vidas do time, quem vier a ser eliminado não voltará para o combate, até sobrar apenas o representante(s) do um time vencedor.

Em todo começo de partida os jogadores recebem uma quantia em dinheiro para investir na primeira rodada. Esta primeira rodada você não vai poder comprar muita coisa, então é preciso escolher bem aonde gastar para tentar garantir a vitória já no primeiro round, ganhando mais dinheiro que o outro time para a segunda rodada, podendo se equipar melhor, comprando sua arma principal por exemplo.

PERSONAGENS

Conforme já falado anteriormente, a escolha dos personagens dentro de um time vai impactar sensivelmente no desempenho geral. Não somente eles possuem habilidades únicas, como ataques corpo a corpo e armas secundárias únicas. Cada personagem também possuí uma variedade de equipamentos limitada, onde cada um tem duas opções de armas principais. Ou seja, a sua decisão de personagem é realmente importante não só para a estratégia, mas também para ter uma sinergia com seu tipo de gameplay, pois dependendo do personagem você terá SMG, rifles ou shotguns.

Granadas e melhorias de personagem também variam de personagem para personagem. Fazer uma leitura dos rounds anteriores para saber aonde vestir em melhorias, de acordo com o estilo de jogo necessário para vencer as rodadas, é essencial. Não gaste todo seu dinheiro apenas melhorando sua arma e comprando granadas, invista em melhorias do personagem. Ao todo são 4 classes onde estão contidos estes personagens: Atacante, Duelista, Informante e Defensor.

O ponto alto do jogo são exatamente os personagens e suas complexidades. Como os mesmo impactam de forma direta o resultado do jogo, independente da habilidade individual de algum jogador. Um jogo que parece simples para quem assiste, mas que pode ser tornar complexo e muito competitivo para quem está imerso na partida.

TECNICAMENTE, COMO ESTÁ?

De cara uma critica feita em cima de uma prática louvável: temos crossplay no jogo entre todas as plataformas, mas não é possível desliga-lo. Isso dificulta, e muito, a vida de jogadores de console frente aos de PC. Talvez os mais habilidosos, acostumados com o estilo de combate no controle ou que já dominem o jogo, podem não se importar. Mas novatos sofrem em muito em partidas em que o crossplay entra na ativa. A diferença de movimentação é discrepante e torna muito mais fácil a vida de quem está no PC.

Logo de cara ao você cair no mapa percebe que foi um jogo feito pensando no seu desempenho pensando fluidez em todas as plataformas. Leve, bonito e com personalidade nas escolhas dos mapas e nas escolhas dos personagens, desde suas roupas, cabelos e personalidades. Não tive nenhuma queda de quadros por segundo jogando no PS4 Pro. Porém estes mapas bem feitos são extremamente limitados e com uma rotatividade esquisita, caindo por sequencias seguidas no mesmo mapa, frustrando o jogador.

O jogo no lançamento será free-to-play, focando em faturar com microtransações. Ou seja, com o jogo básico e gratuito você terá uma quantidade bem limitada de personagens e skins para os mesmos e para armamentos. Também é possível desbloquear personagens com reputação dentro do jogo, muito similar a como acontece em Apex Legends.

CONCLUSÃO

Com misturas de jogos consagrados, estratégias bem aplicadas, implementação de personagens que impactam no jogo e possuem carisma, gráficos simples e leves com uma pegada e eSports, Rogue Company parece estar no caminho certo. Porém, para os que jogam, fica uma sensação estranha de que faltam algumas coisas para te prender em longos gameplays diários. Não é um jogo que te faz querer jogar cada vez mais e mais, desafiando seus limites e testando suas estratégias.

O mesmo é divertido, faz o tempo passar rápido, é dinâmico e não torna as partidas cansativas, mesmo as que você pega um time bem fraco e só apanha. Ele é bem competente em desempenhar o papel que se propõem, mas mesmo com diversos elementos de jogos consagrados, falta tempero para deixar essa mistura única e atrativa. Fica difícil apontar o que falta, mas minha percepção e de outros que testaram o jogo comigo é de que “falta alguma coisa, mas não sabemos o que”.

Pedro Nogueira

Formado em Administração e em GunZ: The Duel. Rei dos FPS e o Toretto dos jogos de corrida no site. O nerd/entusiasta do PC Master Race, responsável por análise de periféricos e hardware. Quebra um galho de streamer lá na twitch.tv/ultimaficha.

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