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Antes mesmo do seu lançamento, Cyberpunk 2077 já inspira outros jogos com ambientação futurista

Jogo nem foi lançado e já é um sucesso

Costuma-se dizer no meio popular que “a moda é cíclica”, e esse mundo nos provê várias formas de comprovar esse fato. Afinal, continuamos a consumir calças jeans, camisas, saias, vestidos e outras vestimentas que remetem a décadas passadas.

Mas em algum momento, será preciso “sair” desse paradigma. Nessa saída, entraremos talvez naquilo que estilistas e artistas visualizavam quando pensavam em como seria a modernidade, onde a influência do mundo digital/virtual se infiltra cada vez mais em nossas vidas em um caminho que parece não ter mais volta a esta altura do campeonato.

Vários empurrões serão necessários para que esse futuro se torne realidade. Para além das obras em torno do futurismo que deram largada nos livros de Philip K. Dick até o movimento afrofuturista, que possui expoentes em artistas como Janelle Monáe e Cyrus Kabiru, a normalização do estilo tido como “cyberpunk” precisa dar mais alguns passos antes de ele penetrar de vez o cenário mainstream.

Talvez o empurrão definitivo venha em breve com o jogo Cyberpunk 2077, produzido pela produtora polonesa CD Projekt – que também é responsável pela série de jogos Witcher. Sua origem é um RPG de mesa com o mesmo nome que serviu de inspiração para tantas outras obras dentro da ambientação “cyberpunk” antes do jogo da CD Projekt e que podem acabar ganhando seu devido reconhecimento depois de esse projeto ser lançado. E, além desse reconhecimento, ele pode acabar ajudando a ser responsável pela “virada de chave” que o movimento futurista esperava.

Night City em espera

O jogo de mesa que inspirou Cyberpunk 2077 é retratado primariamente em Night City, cidade que faz parte do Estado Livre da Califórnia do Norte. Com o levante de megacorporações após a queda dos grandes governos do planeta, a cidade tornou-se ambiente propício para que os mais diversos tipos de atividades pudessem ser praticados pelos seus habitantes.

Boa parte dessas práticas envolvem tecnologia de ponta, algumas delas prenunciando o que ocorreria em tempos atuais com o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial, vigilância e crimes cibernéticos. O mundo também envolve a presença de “aumentações”, um elemento bastante presente em obras futuristas além de Cyberpunk, como Deus Ex Machina e Beyond Good and Evil, que são adições mecânicas e/ou robóticas a corpos humanos que permitem que seus usuários tenham habilidades além dos seus limites físicos – além de permitir uma conexão direta com as redes de computadores mundo afora a partir da sua própria mente.

Tudo isso acaba se mostrando um prato cheio para desenvolvedores de jogos procurando por uma ambientação propícia para games, alguns dos quais já têm buscado inspiração clara em Cyberpunk para as suas obras. Esse é o caso de Reel Hero, jogo recém-lançado na plataforma Unique Casino, considerada um dos melhores cassinos online por portais que avaliam sites do gênero levando em conta critérios como reputação, segurança e suporte ao cliente. Reel Hero tem inspiração visual bem clara nos elementos que já podemos ver nos trailers minuciosos de Cyberpunk 2077. Estão lá os cortes de cabelo cyberpunk, os chips das “aumentações” feitas em heróis e vilões, o jogo de cores que é ao mesmo tempo sombrio e espalhafatoso, entre outros elementos que mostram como o jogo da CD Projekt já tem inspirado produtores antes mesmo de seu lançamento.

Lançamento esse que já foi adiado duas vezes desde o anúncio do jogo na E3 em 2018. Sua data de lançamento inicial, que seria 16 de abril deste ano, foi “empurrada” para 17 de setembro. E em junho de 2020, um novo adiamento, desta vez para 19 de novembro. Existem suspeitas de que o jogo não será lançado este ano, em luz de notícias que a CD Projekt não está totalmente satisfeita com o combate corpo a corpo do jogo, além da perspectiva de os jogadores só terem a possibilidade de jogar em multiplayer a partir de 2021. Por sorte, a produtora polonesa conta com muita estima por parte da indústria e seus consumidores, o que possibilita que esses atrasos ocorram sem a perspectiva de causar grandes danos à marca.

Divisor de águas

É muito claro que para o universo de elementos de mídia dentro do ambiente “cyberpunk”, Cyberpunk 2077 pode ser um divisor de águas. Mas limitar seu impacto para esse nicho não faz jus à grandeza potencial que o jogo prenuncia desde o seu anúncio para o grande público.

Alguns jogos já tentaram implementar um sistema como o de Cyberpunk, que dá ao jogador a liberdade de escolher seu rumo a partir das escolhas que ele toma em interações com outros personagens ao longo da história. Essa é de fato a “base” do que faz o RPG de mesa algo tão fascinante, ainda que “arcaico”, por oferecer aos jogadores (e ao mestre de jogo) a possibilidade de usar a imaginação para desenvolverem as tramas que decorrem ao longo das suas aventuras.

Mas em tempos modernos não se tem jogos que fizeram isso de maneira tão efetiva quanto Cyberpunk parece almejar. E aqui a liberdade não é meramente a mudança em interações dependendo do gênero escolhido pelo jogador para o seu personagem principal, ou a possibilidade de se escolher um entre vários finais após o embate contra o grande vilão da série. Ao invés disso, seu destino está em suas mãos – ainda que, considerando o ambiente de Night City, vários dos elementos que fazem “girar” a cidade estarão muito longe do seu controle.

E é isso o que mais fascina os futuros jogadores de Cyberpunk. Estes que não tiveram quaisquer reservas em gastar seu rico dinheirinho em pré-vendas via GOG.com e Steam, antecipando receitas para a CD Projekt e elevando suas próprias expectativas quando a um jogo que tem tudo para ser um grande marco da indústria de videogames.

Leia mais sobre Cyberpunk 2077 clicando aqui, aqui, aqui e aqui.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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