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Análise – Dê um show de rock em No Straight Roads

Mayday e Zuke deveriam vir pro Rock in Rio

Sejam vindos a Viny City! A cidade que a música é a principal fonte de energia dos moradores desta peculiar cidade de No Straight Roads. O jogo desenvolvido pelos estúdios Mastertronic Group e Sold-Out Software traz um game completamente focado em música e com personagens extremamente peculiares. Vamos falar mais sobre o game e se ele merece um disco de platina.

A cidade onde a música não para

Viny City é governada por uma indústria elétrica musical que utiliza os melhores dos melhores músicos para produzir “energia musical” e assim alimentar a rede elétrica do local. O nome deste governo é NSR (No Straight Roads), do qual costuma fazer triagens para aceitar novos músicos para sua equipe e produção de shows oficiais.

Os protagonistas desta história são Mayday e Zuke da banda Bunk Bed Junction que estão em busca de serem oficializados pela NSR e fazer com que o Rock ganhe um espaço digno entre os músicos, uma vez que a música eletrônica tornou-se um grande monopólio.

Contudo, as coisas não saíram bem para os nossos heróis. Tatiana, a grande chefona da NSR, julgou a dupla como não merecedores. E após uma humilhação pública em rede nacional, Mayday e Zuke descobrem mais sujeira envolvendo esse governo. Em busca de justiça, os dois partem em uma jornada para derrotar os músicos oficiais e mostrar que o Rock é sim o melhor estilo musical.

A narrativa de No Straight Roads é bem divertida, fluída e tem personagens muito carismáticos e únicos. A amizade dos protagonistas e seu background é apresentado no decorrer de cada evento do game, fazendo com que o jogador compre ainda mais a ideia de que eles merecem ter destaque. Os vilões não ficam de fora, cada um tem a sua própria história e motivos para tomar as decisões apresentadas, porém, alguns tem maior profundidade e outros são bem superficiais.

Gameplay simples e variado

O primeiro ponto alto de No Straight Roads é o fato de você poder jogá-lo de forma individual ou em cooperativo local. E convenhamos, um cooperativo local está sendo raridade nos dias de hoje.

Indo para questões do gameplay, temos comandos simples que se baseia em um botão para saltar, botão para atacar, disparar projétil, rolar e, por fim, um botão que serve para transformar elementos do cenário com a sua música (explicarei isso mais tarde).

O jogo praticamente se divide em duas coisas: O caminho até o boss que se baseia em algo baseado em jogo de plataforma 3D onde deverá saltar em plataformas paradas ou em movimento, derrubar inimigos e destruir coisas. Enquanto a outra parte dessa divisória é a batalha contra o chefe que usará de forma super criativa a utilização dos comandos mencionados anteriormente.

Todos os inimigos agem de acordo com um ritmo musical, fazendo com que você tenha que prever isso para saltar/esquivar antes que eles executem seus ataques. A primeira vista não é difícil, mas complica se tiver muitos inimigos, pois eles tem seus próprios ritmos e juntos se tornam uma sinfonia de ataques e dano.

Além disso, os dois protagonistas tem suas características próprias. May causa maior dano com a sua guitarra, ela é bruta! Enquanto Zuke, o baterista, é mestre em fazer combos. Com um sistema de evolução, que é bem simples em que você vai os evoluindo de acordo com a quantidade de fãs que conquista (qualquer coisa que faça no jogo, você ganhará fãs sendo o XP de um RPG), você vai deixando a dupla cada vez mais singular. Como dando maiores combos para um e maior resistência ao outro, etc.

No Straight Roads

Muita música envolvida em No Straight Roads

O brilho principal é, sem dúvidas, as batalhas contra os chefes. Desde a primeira você sente uma sensação de algo épico, como se fosse a última. Deste modo, faz com que o jogador tenha uma enorme empolgação e, além disso, a música ajuda muito. Cada música é baseada no inimigo do momento, então teremos um ritmo de balada, ou algo mais “moe moe 100% cute ocidental” e até boy band. O mais incrível é que todas as músicas presentes são boas e engatam fácil para que o jogador esteja no ritmo.

Tentando ser mais especifico, irei exemplificar como são algumas batalhas.

Contra o primeiro chefe o combate ocorre em um disco em que os golpes dele acertam faixas deste disco, você tem que encontrar o ritmo de seus movimentos e evitar estar na faixa em que o ataque vai pegar, ao mesmo tempo que o atinge a longa distância com a munição – notas musicais – que vai aparecendo. Ele tem nada menos que três formas nas quais aumenta a dificuldade do combate.

Em outro momento, você confronta o chefe extra chamado DK West em batalhas de Rap que se baseia um “Guitar Hero” onde você desvia das notas invés de acertá-las e, por fim, tem que direcionar Zuke e Mayday para os pontos fracos do famigerado rapper.

Como alguns chefes são complicados de confrontá-los diretamente, o jogo deixa alguns elementos no cenário que você pode segurar o triangulo (se estiver jogando no PS4) para transformá-lo com a sua música. Ás vezes vira um canhãozinho que fica disparando em inimigos, ou uma máquina que recupera vida. Em diversos cenários esses objetos estão espalhando e a transformação deles sempre traz algo para o auxiliar, de acordo com a evolução de Mayday e Zuke, você consegue criar objetos mais eficientes.

Há algumas notas falhas

Por mais que as batalhas de chefe sejam incríveis, antes disso é bem desanimador. Quando tem que passar pela parte de plataforma sempre costuma ser quase a mesma vibe com os mesmos tipos de inimigo, mudando apenas a forma de passar pelas “fases” que são divididas em cerca de 8 partes. Sem contar que são muitos inimigos e os danos vão acumulando, não dando um tempo pra você se recuperar por já ter sofrido algo.

Inclusive, por usarmos dois personagens ao mesmo tempo algo que me incomodou demais é quando um deles perde toda a vida dá “game over”. Por mais que tenha a opção de continuar de onde morreu, ainda assim é meio estranho. Se há dois, a lógica seria poder continuar com o que sobrou.

Conheça a Viny City

A cidade musical é “aberta” para que você possa a explorar livremente. Em meio dela há várias baterias exploradas que você as adquiri com o intuito de recuperar a energia de algumas coisas como postes de luz, máquinas de refrigerante e coisas do tipo. Algumas abrem novas passagens, ampliando os limites da cidade.

Inclusive, você consegue “equipamentos” em forma de cartas que servem para ampliar algum status da dupla dinâmica, como mais força ou saúde. Também temos acesso ao esconderijo do Bunk Bed Junction, onde você organiza os equipamentos, itens que ganhou dos chefes, evolução dos personagens e alimenta um jacaré de estimação. Fazer carinho em gatos virou coisa do passado, a moda agora é ter jacaré.

Obs: alimentar ele não dará nada, apenas será um ato fofo.

No Straight Roads

No Straight Roads daria uma boa animação

Jogando ele, não parei de pensar em nenhum segundo nisso! No Straight Roads traz uma sensação de assistir uma animação do cartoon network devido aos personagens cativantes e o visual cartunesco feito na Unreal Engine 4. Junto disso, temos as ótimas trilhas sonoras e acontecimentos inesperados que fazem do jogo um pacote completo para a diversão (ignorando as partes de plataforma) do jogador. Inclusive, é de bater palmas a dublagem estadunidense deste título.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

No Straight Roads é a batida certa pra um final de semana

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 7
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 8

7.8

Bom

No Straight Roads está longe de ser um jogo perfeito, principalmente por sua parte de plataforma que é um tanto entediante, contudo, sua história é muito cativante igualmente para as boss battle que estão no jogo. Seu tempo de duração é perfeito para um final de semana de diversão e muito rock!

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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