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Análise: Disjunction traz variedade aos shoot’em up!

Prepare-se para uma jornada repleta de ação em um futuro distópico!

Disjunction é o game de estreia da desenvolvedora independente Ape Tribe Games. Com uma estética cyberpunk, uma jogabilidade semelhante a Hotline Miami e uma história reativa com a qual as ações e escolhas do jogador desenrolam em variantes da trama, a companhia chegou para mostrar seu talento.

Realizamos esta análise com uma cópia do jogo cedida pela produtora. Disjunction está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC (via Steam). O jogo conta com textos em PT-BR.

O que é Disjunction?

O game inicia apresentando brevemente os acontecimentos de uma Nova York em 2048. Com políticos nada eficazes, a economia, meio ambiente e sociedade estão em declínio. Recursos naturais vêm sido esgotados e dão lugar a edifícios, a população passa a ser marginalizada e a criminalidade não para de crescer. Para estourar a situação, uma figura influente da comunidade é presa e os problemas não param de crescer.

O jogo introduz três personagens totalmente distintos, mas cujas histórias se entrelaçam. O primeiro é Frank, um detetive particular, previamente parte da polícia de Nova York, mas que perdeu seu cargo após um acidente durante uma ação policial. Seu objetivo inicial é que investigue a prisão do marido de uma colega, mas as coisas tomam uma proporção ainda maior. Na sequência, conhecemos Joe, um boxeador cuja filha faleceu misteriosamente, deixando cicatrizes em sua consciência e levando-o a investigar mais a fundo sua morte. Por fim, conhecemos Spider, uma hacker que aprimorou suas habilidades enquanto distante de sua família influente em Chinatown. No entanto, por conta do falecimento de um primo, líder da maior gangue da região, ela é contatada para ajudar nos negócios da família e restaurar a influência que haviam no local.

Cada um dos personagens possui um kit de habilidades distinto, exigindo aos jogadores agirem de maneiras diferentes em cada fase. Com um sistema de progressão bastante adaptativo e os três personagens totalmente únicos, o game exige bastante estratégia e habilidade dos jogadores.

Os vigilantes do amanhã

A jogabilidade de Disjunction remete bastante jogos de tiro à-lá Hotline Miami, porém traz um elemento a mais ao conjunto. Graças ao sistema de habilidades, a exploração de cenários e estratégia para atravessar as salas repletas de inimigos se torna muito mais dinâmica. Cada um dos personagens possui habilidades específicas que remetem a seus perfis. Enquanto Frank possui habilidades de atordoamento, cura e dano, algo bastante esperado para um policial, Joe tem uma jogabilidade mais agressiva e que aguenta levar mais dano. Suas habilidades se resumem a avançar nos inimigos e dar ataques corpo a corpo mais fortes. Spider, por sua vez, utiliza de melhorias cibernéticas e hologramas para passar despercebida pelos seus inimigos.

Ainda, cada um dos personagens conta com uma arma à distância diferente, com atributos de dano, previsão e velocidade de ataque únicas. Dessa maneira, os jogadores precisam planejar bastante suas ações, gerenciar suas cargas de energia, vida e munição e tentar chegar até os objetivos da fase com maestria.

Na maior parte do jogo, no entanto, deve-se aproveitar de cantos escuros e fora do alcance de visão dos inimigos para avançar nas fases. Cada nível possui dois andares, e cada andar conta com um ponto de checagem. As fases são pré-configuradas de maneira que os jogadores consigam identificar padrões de movimento dos inimigos e criar uma rota mais segura para chegar ao destino. Ainda, cada fase conta com uma maleta de melhorias, que concede mais pontos para gastar nos aprimoramentos do personagem.

Falando nisso, o sistema de progressão é interessante e permite que os jogadores testem variantes para suas habilidades sem o medo de se arrepender. No início de cada fase vemos duas telas, nas quais os jogadores podem gastar e reordenar seus pontos de melhoria a fim de fortalecer as habilidades e facilitar a exploração dos cenários.

De volta para o futuro

A narrativa do game é bastante interessante, e consegue unir os três arcos diferentes de maneira coesa. Um ponto positivo do game é a influência das ações e diálogos no desenrolar da história, e por conta disso, dependendo da maneira que o jogador enfrentar um nível, diálogos diferentes surgirão, mostrando que os personagens do jogo foram impactados com suas ações, seja matando todos os inimigos ou passando despercebido. Ainda, cada um dos personagens principais possui personalidades e objetivos totalmente diferentes, adicionando vida ao universo do game. Também, o jogo não possui dublagem, mas todos os textos, desde menus a diálogos, estão localizados em português do Brasil, para a alegria dos fãs tupiniquins.

A arte não deixa a desejar, com uma estética futurista e cenários muito bem detalhados em pixel art. Os personagens principais possuem artes de perfil que transmitem uma caracterização ainda maior aos jogadores. Vale ressaltar que os inimigos possuem diversas variantes, desde soldados a mechas gigantes, que casam perfeitamente à toda a estética proposta. A trilha sonora, composta por Dan Farley, apresenta faixas Techno que casam perfeitamente com a jogabilidade que exige raciocínio rápido dos jogadores, aumentando a adrenalina por atravessar os cenários mais agitados.

Uma odisseia eletrônica

Disjunction traz uma perspectiva refrescante ao estilo de jogo remanescente de Hotline Miami. Um dos grandes pontos positivos encontra-se nas habilidades de personagens, que adicionam um tempero a toda exploração stealth presente no game. A jogabilidade é frenética, mas exige um certo nível de estratégia para atravessar os cenários, e também permite-os retomar rapidamente ao jogo caso falharem. Ainda, a narrativa repleta de reviravoltas e com três personagens únicos adiciona charme a toda ambientação cyberpunk.

Durante a experiência encontramos algumas linhas de texto que passaram sem tradução, mas acredito que corrigirão isso nas primeiras atualizações. Também, por conta da extensa quantidade de diálogos, a experiência pode ser um pouco cansativa para jogadores que estejam buscando um jogo mais arcade.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Disjunction

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8

8

Ótimo

Disjunction entrega um gameplay repleto de ação e estratégia, que permitirá aos jogadores decidirem como enfrentar cada nível! A variação de personagens expande o leque de mecânicas e entrega uma experiência divertida e com uma narrativa interessante!

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Nicolas Togashi

Graduado em desenvolvimento de jogos e aficionado por essa mídia, perde mais tempo jogando do que efetivamente utilizando a graduação para alguma coisa. Ama RPGs, e se esforça para ser um bom aliado nos jogos online.

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