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Análise: Returnal é uma verdadeira experiência de nova geração

Returnal traz uma verdadeira experiência de nova geração no PS5

Returnal foi lançado neste dia 30 de abril e é o mais novo exclusivo de Playstation 5 da desenvolvedora finlandesa Housemarque. O jogo consiste de um bullet-hell shooter com elementos de Roguelike e tem uma proposta um tanto quanto diferente. Basicamente, ele é uma daquelas pérolas de começo de geração que fazem com que a gente fique vidrado na tela. Se você quer saber sobre o jogo e se essa combinação funciona, se liga nessa análise, que eu vou te dizer o que achei de Returnal.

Desde que Returnal foi mostrado pela primeira vez, o conceito por trás do título sempre foi meio nebuloso. Os vídeos mostravam sempre um tiroteio insano com muita coisa acontecendo na tela. Era inimigos, tiro e poder para tudo quanto é lado. De cara, dava pra perceber que a ideia do jogo era ter um gameplay bem acelerado e desafiador. Entretanto, o que ficava no ar era como isso se encaixaria com a narrativa do jogo, que ainda era um mistério.

Apresentando Atropos – Análise: Returnal

Pois bem, o tempo foi passando e fomos aos poucos sendo apresentados ao enredo do jogo. Em Returnal, nós controlamos Selene, uma exploradora espacial da Astra que acaba caindo em Atropos, um planeta desconhecido após perder o controle da sua nave. Assim que iniciamos a nossa jornada, percebemos que Selene está completamente sozinha em um mundo cheio de criaturas e ambientes hostis. Após perder contato com o comando, somos obrigados a explorar e descobrir uma forma de sair desse planeta. E é aí que o bicho começa a pegar.

Como já explicado pela Housemarque nos vídeos que foram lançados pela desenvolvedora nas últimas semanas, Returnal se trata de um Bullet-hell com elementos de Roguelike. Explicando essa sopa de palavras em inglês pra vocês. Bullet-hell consiste de um estilo de jogo em que a tela é basicamente preenchida com inimigos e efeitos visuais frenéticos. Tudo acontece muito rápido e o caos prevalece com uma chuva de balas acontecendo por todos os lados. Já Roguelikes consistem de jogos com mapas gerados de forma aleatória ou procedural geralmente divididos em sessões nos quais a morte é permanente. Só isso já explica o nome do jogo, já que morre-se por diversas vezes. E, meu caro leitor, bota diversas nisso.

Se prepare para morrer – Review: Returnal

O nome do jogo, inclusive, resume de forma muito direta o que acontece no jogo. Você morre, e morre, e morre de novo, até conseguir avançar para o próximo mundo, onde você morre novamente. Sempre que Selene perece, ela retorna ao local da queda da nave e precisa recomeçar tudo praticamente do zero. Ou seja, se prepare para retornar diversas vezes para o início do jogo para recomeçar tudo de novo, como um bom Roguelike. A narrativa e a forma como a história do jogo é apresentada, aliás, depende dessas mortes para que você possa compreender a trama, a história por trás da civilização antiga que habitava Atropos, e a própria trajetória de Selene. O conceito dos jogos Roguelikes de retorno ao local inicial é utilizado para explicar o motivo de tudo que acontece na história do jogo ao longo das mortes.

Não vou me aprofundar mais na história de Returnal para evitar spoilers e deixar que vocês mesmos possam descobrir por si próprios desde o primeiro momento caso comprem o jogo. Contudo, só para finalizar essa parte da narrativa vale salientar que, realmente, a Housemarque conseguiu fisgar a minha curiosidade. Eu realmente quis explorar a fundo os mundos de Returnal para entender a história por trás daquele local não somente por meio da perspectiva de Selene, mas também da própria civilização que habitava nesse mundo e foi deixando pistas e segredos que vão explicando o seu paradeiro.

Um gameplay primoroso – Análise: Returnal

Daí nós chegamos ao ponto mais viciante de Returnal, o seu gameplay. Como eu já expliquei, toda a ideia por trás do jogo consiste em explorar as sessões dos 6 mundos, que são rearranjados de forma aleatória sempre que uma nova partida é iniciada. Em cada sessão do mapa, há itens diversos que trazem informações que ajudam a desvendar o quebra-cabeças da história do jogo. Além disso, também encontramos diferentes armas, que vão evoluindo à medida que eliminamos inimigos e ganhamos experiência. Inicialmente, o jogo parece até relativamente simples, com inimigos que são colocados aqui e ali só para mostrar as mecânicas de Returnal, mas meu caro leitor, espere só. À medida que novas armas e habilidades vão sendo desbloqueadas, percebemos que a equipe da Housemarque não estava de brincadeira.

Eu me atrevo a dizer que Returnal se juntou a Dark Soul’s no hall dos jogos mais difíceis de todos os tempos. Você vai morrer, e não vai ser pouco. Em alguns momentos, nos deparamos com uma infinidade de inimigos, que nos atacam por todos os lados. Se você não se movimentar muito rápido e prestar atenção em absolutamente tudo que está acontecendo na tela, você vai tomar uma porrada de algum lado. Há artefatos, parasitas e consumíveis com efeitos passivos e ativos que podem ser encontrados pelo mapa ou até mesmo comprados em totens que ajudam nessa tarefa, mas mesmo assim o desafio é absurdo.

O Dark Soul’s Roguelike – Review: Returnal

Não ache, todavia, que isso seja um ponto negativo para o jogo. Novamente, assim como em Dark Soul’s, Returnal dá aquela sensação de frustração misturada com aquele gosto de “Quero mais” que te prende no jogo. É simplesmente viciante. Você começa, avança o máximo possível, morre, se frustra e fala: “Ah, não. Agora vai!” e fica nesse ciclo eternamente.

Grande parte disso se deve à jogabilidade refinada do jogo, que traz uma sensação incrível a cada monstro que eliminamos. Selene se movimenta de forma veloz e responsiva, e as armas, que são bem variadas, nos forçam a adotar estratégias de combate diferentes. Além disso, o reposicionamento procedural das sessões dos mapas torna Returnal sempre imprevisível, o que aumenta ainda mais a vontade de reiniciar o jogo a cada morte. Aliás, vale lembrar aqui que não há saves. O próprio jogo explica isso. Você joga até morrer e começa tudo de novo. Se você precisar parar em algum momento, é necessário colocar o Playstation 5 em estado de espera.

Gráficos de primeira linha – Análise: Returnal

Até o momento você deve ter lido essa análise e deve estar se perguntando o que Returnal tem que o faz ser um verdadeiro jogo de nova geração. Começando pelo visual, nós temos até o momento o jogo mais bonito do ano. O fato de Returnal ter sido feito exclusivamente para Playstation 5 fez com que a equipe da Housemarque pudesse sentar com a Sony para tirar todo o proveito do hardware do console. Logo de cara, quando começamos a nossa jornada por Atropos, já vemos que o gráfico de Returnal jamais seria possível nos consoles da última geração. A quantidade de efeitos e detalhes espalhados por todos os cantos é incrível, e o jogo transmite vida. É impressionante ver os efeitos de partículas e as explosões sempre que inimigos morrem. 

A física, inclusive, está presente em praticamente todos os objetos dinâmicos do jogo, o que traz uma sensação de imersão absurda em meio ao caos. O jogo mostra todo o seu poder quando entramos em batalhas em espaços com estátuas, pilastras e muitos inimigos ao mesmo tempo. A mistura das explosões, dos tiros, da vegetação e de todas as partículas criam um cenário de tirar o chapéu.

A iluminação contribui muito para criar esse ambiente inóspito e desolador, e também é um dos pontos altos do visual de Returnal. Alie isso aos 60FPS e aos 4K dinâmicos que Returnal apresenta e você terá um show na sua TV. Para não falar que o jogo é perfeito nesse quesito, vale acrescentar que em alguns momentos de muita ação eu pude perceber quedas de FPS. Entretanto, nós jogamos a versão do jogo anterior ao patch de lançamento, então há chance desse problema ser corrigido em breve.

Som para os meus ouvidos – Review: Returnal

Com relação ao áudio, Returnal utiliza todo o poder da tecnologia 3D do Playstation 5 para criar um ambiente extremamente hostil. É possível escutar todos os inimigos em um espaço 3D e saber exatamente a localização de todos eles. Há um pequeno eco quando atiramos em cavernas e até a chuva ganha destaque com o poder do áudio do console. Junte todos esses elementos com a excelente trilha sonora e temos uma obra prima. Returnal alterna entre trilhas que trazem uma tensão extrema durante batalhas e obras que diminuem o ritmo de forma primorosa quando necessário. Os efeitos do jogo e a trilha sonora se complementam perfeitamente e contribuem muito para a imersão em Returnal.

SSD e Dual Sense para que te quero – Análise: Returnal

Além disso, temos duas das principais funções do Playstation 5 sendo pesadamente utilizadas em Returnal, a tecnologia de compressão Kraken junto ao SSD extremamente rápido do console, e o feedback háptico do Dual Sense. Primeiramente, é preciso dizer que o jogo praticamente não tem loadings. Tudo acontece de forma fluida. O processo de morrer e renascer, que acontece com bastante frequência, é praticamente instantâneo. Isso é algo que seria impossível na última geração e abre a possibilidade para jogos que exigem muita tentativa e erro de serem menos punitivos nesse sentido. Já vimos isso acontecendo com Demon Soul’s e agora o mesmo acontece com Returnal.

Para completar, eu não posso deixar de falar do trabalho feito pela Housemarque para utilizar todo o poder do Dual Sense. Praticamente tudo que acontece no jogo tem algum feedback no controle, e isso contribui enormemente para a imersão em Returnal. É possível sentir gotas de chuvas, trocas de armas, tiros, passos dados e muito mais. Ainda, cada arma possui um efeito não somente nos gatilhos, mas também na vibração a cada tiro. Deve ter dado um trabalho absurdo aos desenvolvedores criarem todos esses efeitos no controle, mas o resultado é um dos melhores vistos no Playstation 5 até o momento.

Conclusão – Review: Returnal

Resumindo essa análise, Returnal é uma excelente experiência de nova geração no Playstation 5. O jogo utiliza todo o poder do console primorosamente e entra facilmente para a lista de melhores jogos de 2021. Tanto seu gameplay quanto seus gráficos são uma obra prima que vai te prender por horas a fio após inúmeras mortes. Se você tem um Playstation 5 e não tem medo de jogos desafiadores, vá sem medo e experimente esse jogo que mal lançou e já me marcou tanto.

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Returnal

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10

10

Perfeito

Returnal é uma das melhores experiências de nova geração e, certamente, um dos destaques de 2021.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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