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Análise: Space Otter Charlie é uma viagem longa, espacial e até interessante

E ainda pode ser "viajado" com mais 3 amigos localmente

Antes de começar a análise de Space Otter Charlie, queria fazer uma analogia com vocês. Pensem na seguinte história: Em 2500, a temperatura da Terra ficou insuportavelmente quente para viver e todos os humanos decidiram abandonar o planeta, deixando só os animais na Terra. Com isso, todos os animais comemoram que o planeta agora é só deles.

Com o passar do tempo, os animais começam a sentir os efeitos da temperatura elevada e planejam uma maneira de fugir do planeta, assim como os humanos. Então, do nada, todos os animais se juntam e começam a construir uma nave espacial (você não leu errado não: os animais se juntam para construir UMA NAVE ESPACIAL) e começam a corrida espacial animal. Infelizmente a primeira missão falha e o primeiro foguete explode no lançamento (a arte imita a vida, né?) e os animais ficaram todos tristes… Mesmo assim, sentindo a necessidade de fugirem do planeta, os animais criaram um novo foguete e, por muito pouco, não acontece outro acidente no lançamento. Mas esse foguete foi ao espaço com sucesso. Tirando apenas alguns errinhos, o foguete fica no espaço sem combustível. É, pois é… os animais estão agora sem combustível e perdidos no espaço. Como a sorte está sempre ao lado de quem tenta, os animais conseguem achar uma base espacial abandonada, para ver se consegue achar combustível para o foguete.

Se vocês acharam a introdução confusa, leia a descrição do jogo na página da Steam:

Com o fim da humanidade, coube às lontras a função de salvar o reino animal de uma Terra inóspita. Junte-se a Charlie e sua equipe esfarrapada em uma missão ousada através do Espaço Lontral enquanto eles buscam por um novo planeta para chamar de lar. Explore estações espaciais abandonadas, lute contra robôs enlouquecidos e divirta-se com trocadilhos lontrásticos enquanto salta, flutua e voa por cima de uma dúzia de níveis de muita diversão e pelos.

Vocês acham que isso poderia dar certo? A resposta é SIM! Pode dar muito certo, sim.

Depois dessa história que parece que foi escrita pelo Raul Seixas, o jogo em si começa. E, meu caros, que coisa confusa! A princípio, você será uma lontra chamada Charlie e a sua missão é encontrar combustível, peças e outras coisas que possam ajudar nessa jornada. Falando dessa maneira, parece que o jogo é algo bem normal e genérico, mas na hora que você começa a jogar, meu amigo, você consegue ver as grandes diferenças do jogo!

Gráficos e sons

Graficamente falando, o jogo é bem desenhado. As animações dos inimigos e do Charlie são bem suaves, incluindo os efeitos das armas e do foguete (seus principais itens). O mapa do jogo é bem detalhado e as cores usadas deixam o jogo bem ao estilo cartoon. A única parte que eu acho que é ruim é o fato de que o jogo parece ser bem “infantil”, com bichinhos bonitinhos, monstrinhos com rostinhos malvadinhos e lontras fofinhas.

O som do jogo deixa o ambiente mais leve e gostoso de jogar. Os efeitos sonoros das armas e do foguete são bem característicos e você consegue saber exatamente o que está usando. Os inimigos tem um som quase que genérico, mas não é algo que atrapalhe tanto. A trilha sonora é muito boa, se considerarmos que é um jogo indie. Pode jogar no fone de ouvido, você irá gostar muito dos sons que lembram muito Star Wars e Star Trek.

E o gameplay?

A primeira coisa que você consegue imaginar é que Charlie se movimenta igual aos homens na Lua. Ou seja, com gravidade baixa (ou até nula). Charlie não se movimenta de forma tradicional (indo para frente e para trás ou para cima e para baixo): ele sempre vai “pulando” de parede em parede, ficando até mesmo de cabeça para baixo.  

Eu lembrei, logo de cara, de Dandara: um ótimo jogo indie feito por brasileiros. Mas não fiquem limitados a essa comparação, porque Space Otter Charlie tem as suas particularidades. E são essas particularidades que fazem o jogo ser divertido.

Outro fator interessante é que Charlie vai ganhando itens que o ajuda em sua jornada: um foguete que pode mudar a rota do seu voo, armas que ajudam a combater os inimigos e skins (que o jogo chama de suits, trajes). Muitas skins! Mas não se preocupe que o jogo não vende essas skins: elas são coletadas durante sua evolução na história. E o avanço no jogo é bem fácil: só destruir coisas e ir recolhendo parafusos, porcas e outras coisas que são dropadas. E não precisa só destruir inimigos: quase qualquer coisa que não é cenário ou puzzle pode ser destruído.

Dá só uma olhada nos controles do jogo:

Esse tipo de controle simples me agrada muito, porque deixa o jogo mais fácil de aprender. Mas é complicado de ser um bom jogador (como jogos de celular: fácil de jogar, difícil de ser mestre).

Acho que já deu para notar com os prints da análise de Space Otter Charlie que o jogo é de exploração. Apesar de ser um jogo de fases, ele lembra demais MetroidVania, pois você precisa ir coletando itens para liberar outras áreas e ir avançando no jogo. Adicione aí uma pitada de puzzles e plataformas e você terá um belo jogo indie, bem gostoso de passar um tempo. Eu falei que o jogo também tem áreas secretas?!

Space Otter Charlie não é feito só de maravilhas

A história do jogo é um clichê cômico bem genérico. Você verá piadinhas fraquinhas e referências bem forçadas. Sinceramente, no Zorra Total você vê piadinhas menos ruins que as desse jogo. Até mesmo as partes que o jogo fala a sério parecem forçadas demais.

O jogo tem diálogos a todo momento e, infelizmente, não tem legendas PT-BR. Apesar de que não ter as legendas ajuda a não ler a história bem fraquinha…

Apesar dos controles serem bem simples, conseguir entender a jogabilidade leva tempo e até mesmo conduzir objetos importantes para concluir os puzzles pode ser uma tarefa difícil no começo – e isso pode afastar alguns jogadores. Eu mesmo fiquei por volta de 1 hora para entender como o jogo “funciona”. E mesmo após concluir a análise de Space Otter Charlie, ainda fico perdido em certos momentos.

Conclusão

Space Otter Charlie é um jogo que vale a pena jogar. Pode ser que o jeito infantil do jogo afaste jogadores mais velhos, mas pode ir sem medo! Ignore a história do jogo e se divirta com os desafios trazidos por ele. Coloque seu fone de ouvido e vá escutando os efeitos sonoros, ao mesmo tempo que você escuta a Marcha Imperial com as outras músicas de Star Wars. E aproveite que o preço do jogo é bem aceitável para um jogo indie.

Space Otter Charlie está disponível para PC (via Steam), Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Space Otter Charlie

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

8.4

Ótimo

Space Otter Charlie foi um jogo que me surpreendeu imensamente. Quando olhei a página do jogo na Steam, eu fiquei bem cético, mas conforme fui jogando para contemplar essa análise, percebi o quanto esse jogo é uma bela jóia, quase lapidada. Está certo que essa jóia não é nenhum diamante, mas também não é um pedaço de carvão. Jogue e você sentirá toda essa surpresa que eu tive com o jogo. O jogo ainda permite jogar com mais três amigos, o que torna tudo sempre melhor!

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Eder DZR13

Um rapaz descontraído, engraçado, esperto e dinâmico. Esse cara não sou eu, mas eu amo jogar e viver no mundo gamer. Ainda procurando os dias de glórias porque de tanta luta, eu acho que serei a próxima DLC de Street Fighter. Detentor da 5ª Esmeralda do Caos e 3 vezes campeão da liga de Brawlhalla do condomínio. E ontem eu acertei a tela branca do Akuma.

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