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Análise: Roguebook, o encantador, e difícil, livro

Richard Garfield participou, temos que conferir!

Desenvolvido pela Abrakam Entertainment SA – mesma equipe por trás do game Faeria – e distribuído pela Nacon, Roguebook chega em breve para PC, Switch, PS4 e Xbox com a promessa de ser um roguelike de montagem de decks de primeira. Essa aposta se reforça ao sabermos que um dos membros da equipe de desenvolvimento não é ninguém menos que Richard Garfield, criador de um dos melhores – na minha opinião pessoal, O melhor – card game do mundo: Magic The Gathering. Realizamos esta análise Roguebook com uma cópia do jogo cedida pela produtora.

O game ainda conta com legendas em português, mas que, infelizmente, encontram-se incompletas no momento dessa análise de Roguebook.

Um livro de faz-de-contas

O game é uma Spinoff de Faeria, e conta a história de um livro muito antigo que possui todas as lendas do mundo. Sendo perdido dentro de um poço de Faeria, ele entrou em contato com essa fonte de magia e adquiriu vontade própria, tornando-se, assim, o Roguebook.

Nossos personagens se encontram presos dentro desse livro e precisam passar por suas páginas para tentar encontrar uma saída, porém, a cada avanço, o livro se torna mais desafiante e perigoso.

Escrevendo um livro em um cenário animado e colorido

No momento dessa análise de Roguebook, o jogo com belos gráficos e animações que misturam um mundo em 2D e 3D, a movimentação dos personagens assim como os efeitos dos cards não decepcionam. Cada um dos mapas possui um novo grupo de adversário que combina com o seu tema e a imagem de fundo dos combates parece um quadro.

Você começa cada partida com Sharra, A Matadora de Dragões, uma personagem ágil e equilibrada, e pode escolher mais um companheiro sendo Sorocco, Primeiro Imediato, expert em cards de defesa; Seifer, Tirano Sanguinário, um berserker forte nos ataques e Aurora, Criadora de Mitos, uma simpática tartaruga focada em magias e buffs/debuffs. Embora Sharra seja seu personagem principal, existe a opção de substituí-la por qualquer um dos personagens, permitindo que você escolha a sinergia do time da forma que mais te agrade.

Após a seleção da sua equipe, passamos por um portão aonde você pode acrescentar desafios que aumentam a dificuldade da partida assim como suas recompensas. Seu controle se resume ao uso do mouse, executando as ações com o botão esquerdo e cancelando com o direito e o mapa é dividido me hexágonos, sua visibilidade é limitada por uma fog que so pode ser limpa com o uso de tintas. Começamos a partida com 5 desses potes que possuem a capacidade de revelar tudo num raio de 2 círculos em volta da gente, ao longo da partida, encontramos mais desses potes em combates, assim como outros com efeitos diferentes, podendo expandir ainda mais o mapa.

O único caminho que fica liberado desde o princípio é o que leva diretamente ao chefe da página, porém, sem explorar o mapa atrás de novos cards, itens e relíquias, esse combate se torna quase impossível dado a dificuldade do mesmo.

Essa parte é um dos principais diferencias do game, e, particularmente, me agradou bastante. De cara, nota-se que não se pode focar nossa estratégia à apenas o combate, fica nítido a importância de explorar o mapa atrás de reforços, e essa exploração deve ser bem muito bem utilizada dado a limitação de itens para a mesma.

Roguelike Card Game digno

O combate se assemelha bastante a Spire mas possui suas próprias características. Diferente da referência, você combate com dois personagens, e ambos possuem seus cards próprios, existe uma necessidade gigante em criar uma sinergia entre os decks, pois os mesmos se completam, criando combos vitais para conseguirmos sair vitoriosos.

Começamos cada combate com 3 de energia e a cada turno essa mesma quantidade é restaura, essa quantidade pode ser aumentada com o uso de cards ou com itens externos, assim como os combos e status podem mudar seus custos. As cartas podem, também, mudar a posição dos personagens, e isso é um ponto importantíssimo da luta visto que o personagem a frente será o que receberá os ataques.

Essa dinâmica de combo de cartas e movimentação deixa o combate mais difícil assim como muito divertido. Fica nítido a influência de Magic nas acertadas escolhas implementadas nos confrontos. Logicamente, como todo roguelike que se preze, não é fácil, e a derrota será comum ao buscarmos e testarmos novos combos. Felizmente ao terminarmos as partidas – seja no Game Over, seja chegando ao final – recebemos experiência e pergaminhos que nos permite liberar novas cartas e ganhar skills que tornam cada rodada menos difícil.

Música e efeitos de fantasia

Roguebook possui uma trilha sonora agradável, que muda em cada cenário e varia da calmaria, ao explorarmos o mapa, a ação, ao entrarmos em combate. Embora não possa ser considerado épico, todas são bem agradáveis e se encaixam perfeitamente bem ao cenário e ao momento, levando a uma imersão muito bacana de fantasia.

Seus efeitos sonoros também não deixam a desejar, além das dublagens, que são muito boas – mesmo nessa versão prévia da análise de Roguebook.

Equilibrado entre dificuldade e diversão

Roguebook chega como uma excelente novidade, além de possuir um visual agradável e uma trilha sonora boa, ele traz uma dificuldade razoável podendo ser adaptada de acordo com o gosto (ou sadismo) do jogador. Além disso, a liberação de novos cards assim como seus desafios extras permite um replay bem extenso e garantirá várias horas de jogatina sem perder a graça. A tradução ainda deixa a desejar, chegando a nem existir em alguns trechos, assim como, embora exista a opção, ainda não há funcionalidade para controle, mas nada que em alguns patchs futuros não corrijam.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Roguebook

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8

8.3

Ótimo

Roguebook chega como uma excelente novidade, além de possuir um visual agradável e uma trilha sonora boa, ele traz uma dificuldade razoável podendo ser adaptada de acordo com o gosto do jogador.

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Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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