Análise: Mayhem In Single Valley

Desenvolvido pela Fluxscopic Ltde e distribuído pela TinyBuild, famosas pelos games Hello Neighbor e Graveyard Keeper, Mayhem In Single Valley é mais uma proposta Pixel-Indie que nos apresenta algo muito além de gráficos Next-Gen, focando mais na sua jogabilidade e história. Vamos para a análise de Mayhem In Single Valley.

O jogo está disponível para PC nas plataformas GOG, Steam e Epic Store. Realizamos esta análise no PC com uma cópia do jogo cedida pela produtora.

Divertido e insano na medida certa

O game começa com um sonho aonde Jack, o protagonista, vê um acidente aéreo, possuindo, aparentemente, poderes especiais, Jack sai voando para tentar salvar as pessoas. Após um período nessa situação, Jack acorda e começa sua história “real”.

Possuindo uma família disfuncional, Jack está prestes a deixar Single Valley, o local que cresceu. Após explorar a casa e ajudar um pouco sua família, Jack parte para sua nova aventura, porém, antes mesmo, se depara com um caminhão derrubando um liquido verde radiativo no rio. Tal substância transforma os animais locais em zumbis agressivos com a capacidade de infectar os seres humanos, transformando-os em zumbis, também.

Com isso, Jack parte em uma aventura para salvar sua cidade e, possivelmente, o mundo. Porque ele? Bom, acredito que o sonho no inicio da história indique a índole do protagonista e o porque de sua ação altruísta.

Gameplay simples e detalhista

Durante minha análise de Mayhem In Single Valley, joguei com um joystick de Xbox (o que é altamente recomendado) aonde o analógico esquerdo é para movimento, os gatilhos de baixo para mudar os itens, os de cima para utilizá-los, B para rolar, X para interagir, Y para arrastar os objetos e A para pular. Da mesma forma que é simples, o game apresenta uma boa dose de dificuldade. É necessário entender as mecânicas e preferencias dos inimigos, pois aqui, um ou dois hits, podem te derrotar. O combate é quase secundário e o estilo puzzle do game fica ainda mais aparente ao se deparar com os inimigos, pois se torna necessário encontrar maneiras criativas de passar por eles, seja derrotando-os, jogando iscas para atrai-los para longe do caminho etc.

Cada cenário possui puzzles e segredos a se descobrir, porém, com os inimigos constantemente te caçando, se torna muito complicado – e divertido – tentar explorar o ambiente e se manter vivo, exigindo, com isso, uma boa dose atenção e raciocínio rápido.

Áudio certo para a temática

O game conta com uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente na proposta: um game de pixel no estilo retrô. É uma mistura do retro com eletrônico, parecendo uma versão evoluída das trilhas dos jogos do meu antigo Nintendinho, porém, senti um certo “exagero” no peso dos agudos. Após, mais ou menos, uns 30 minutos de partida, cheguei até mesmo a sentir necessidade em diminuir o volume do áudio para aliviar meus ouvidos. Os efeitos sonoros, talvez por serem menos constantes, não tive a mesma sensação e conseguiu manter, também, a nostalgia apresentada em sua trilha sonora.

Como todos os pixels deveriam ser

Se tratando de um pixellike, o visual do game agrada demais, sou suspeito por gostar muito desse estilo, porém sou exigente também. Ao se tratar de um visual mais simples, acredito que a produção deve se atentar bastante aos detalhes, e Mayhem In Single Valley acertou com louvor. Seus gráficos mesclam um ambiente em 3D com personagens e objetos pixelizados e é lindo de se ver! O carinho com os detalhes, efeitos e, principalmente, com as animações, compensa muito bem o visual simplista que o game propõe, e, mesmo se tratando de algo com essa pegada, ele acaba se tornando o destaque do jogo.

Diversão garantida

Mayhem In Single Valley é mais uma proposta de game aonde o visual seria secundário, se voltando mais para sua jogabilidade e história, porém, ele vai além. Seus gráficos e animações são ótimos e acabam se tornando o principal destaque na obra. Não que isso tire o brilho do resto da produção, o game é muito agradável como um todo, possuindo desafio e diversões na medida certa. Sua história caótica e divertida somada a trilha sonora retro – que poderia ser um pouco menos aguda – aumenta mais ainda a diversão e garante um gameplay longo e divertido.