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Preço menor de sub na Twitch faz despencar “salário” de streamers

Neste ano de 2021 a Twitch anunciou e implementou preços de sub com valores mais adequados à realidade brasileira. Entretanto, que pareceu ser uma notícia incrível para os telespectadores, que agora podem apoiar mais facilmente seus criadores preferidos, acabou criando um problema enorme para os streamers. Isso de deu pelo fato de que a queda no preço dos sub fez streamers da Twitch verem seus rendimentos (salário, de certa forma) despencarem sem dó nem piedade: cerca de 66%. Dessa forma, a queda vai de encontro com supostos testes feitos pela plataforma, que anunciou em maio que os criadores não sofreriam perdas consideráveis.

Com essa rasteira, a pauta sobre direitos trabalhistas está começando a ganhar bastante força entre criadores de conteúdo de diversas plataformas, além da famosa roxinha. Picoca, streamer e influenciador da pAIN Gaming BR, é um dos cabeças no atrito com a Twitch puxando a ideia de um possível sindicato de streamers. Por enquanto, ele diz que o nome é um só “meme”, mas a discussão sobre estratégias coletivas de sobrevivência no cenário é séria. Há até mesmo um pré-formulário a ser preenchido para interessados e interessadas em fazer parte do grupo de trabalho.

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As questões sobre trabalhar em plataformas estão sendo abordadas por especialistas já há algum tempo. Muitos já acusavam que momentos como esse chegariam mais cedo ou mais tarde. Isso porque, assim como outras plataformas como iFood por exemplo, há parcas condições de trabalho, falta de suporte e um modelo de negócios predatório com metas que beiram o absurdo. Portanto, é também evidente que o dano seja ainda pior para produtores pequenos e médios, como nós do Última Ficha, que não possuem estrutura de negócios e financeira para sustentar longas jornadas de dedicação nas plataformas.

Muitos usuários ainda acham que streamar e fazer vídeos é simplesmente diversão. Pelo contrário, hoje em dia é trabalho sério. Por exemplo, um vídeo simples de 5 a 10 minutos pode exigir muitas horas de dedicação. Isso sem contar a necessidade de conhecimento profissional de edição, gerenciamento de plataforma e marketing. Para fazer lives de games em boa qualidade, como é exigido nas plataformas, os PCs não saem por menos de R$ 10.000,00 no garimpo; e tudo do bolso do próprio streamer. Dessa forma, retorno é extremamente baixo para quem não é top dos tops e muitos precisam ter um outro trabalho e/ou fonte de renda.

Lembrem-se, o apoio de vocês é muito importante!

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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