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Análise: Metroid Dread chega como um dos melhores do ano

Hadar Sen Olmen!!!

Após um longo pequeno tempo (talvez uns 20 anos desde o último game 2d?) Samus retorna em um novo game 2.5D para o Nintendo Switch. Um game rápido, desafiador e a 60FPS desenvolvido pela MercurySteam e sendo uma continuação de Metroid Fusion lançado em 2002 para Game Boy Advance. Confira aqui nossa análise de Metroid Dread.

Metroid Dread já está disponível para Nintendo Switch e não conta com legendas em PT-BR.

História

Metroid Dread é uma sequência direta após os eventos Metroid Fusion, com a extinção do X Parasite. O universo estava em paz novamente com a Federação Galáctica presumindo a extinção do Parasita. Contudo, tempos depois um vídeo é enviado de forma anônima, comprovando que os X ainda existem e de forma livre em um planeta chamado ZDR. Em uma resposta rápida a federação enviou uma equipe de E.M.M.I. (um robô investigador feito dos materiais mais fortes do universo), porém logo após os E.M.M.I. chegarem no planeta, a equipe desapareceu e Samus ‎é enviada para investigar sobre o planeta e os E.M.M.I.

Ao chegar no planeta ZDR, Samus enfrenta um descendente da tribo Chozo e o embate dramático faz Samus perder parte de sua memória e, com isso, ela esquece como utilizar muitas de suas tradicionais habilidades e armas. Como sempre, os desenvolvedores buscam uma desculpa para o personagem principal ficar fraco no início do jogo.

Samus Historia

A história do game é ótima em seu todo, e sendo bem resumida para os novos jogadores. Contudo, mesmo sendo ótima julgo que eu esperava um pouco mais da história, ainda mais por ser Metroid 5. Algo bem interessante, é que foi adicionado diversas cutscenes que intercalam com momentos de gameplay apresentando um novo inimigo, uma nova habilidade importante e mais. Tudo feito de maneira bastante fluida e imersiva.

Acima de tudo devo admitir que sinto que faltou algo nela, mesmo possuindo uma história boa e infelizmente o game não possui suporte em português.

Samus Metroid 5

Gameplay

Em Metroid Dread, Samus segue a mesma linha dos jogos anteriores (correr, mirar e atirar em 360 graus, pular e adquirir novos poderes) e claro, contém muitas novidades que discutirei nesta análise.

Samus agora conta com o Phantom Cloak, onde permite ela ficar invisível a inimigos e sendo super essencial contra E.M.M.I.. Contudo ao ativar essa habilidade, Samus fica extremamente lenta e meio vulnerável.

Assim como o Phantom Cloak, Samus também ganhou mais dois novos equipamentos em Dread batizados de Spider Magnet, onde permite escalar paredes e Flash Shift onde é possível ativar até três dashs rápidos em série.

Samus também ganhou um movimento chamado slide, permitindo ela entrar em alguns locais estreitos antes só acessível com a Morph Ball e sendo sobretudo super útil durante as fugas.

Retornando

O counter introduzido no remake de 3DS (Metroid: Samus Returns) retorna e é seu melhor amigo em combates (principalmente contra os Chefes). A habilidade Pulse Radar (Aeion Energy também introduzido no remake de 3DS) também retornou para ajudar o jogador durante as explorações de mapa. Inclusive, esse counter acaba sendo, por muitas vezes, sua única arma contra as E.M.M.I. onde o encontro é quase fatal, afinal sua chance de conseguir o counter é de apenas 1%.

Esse novo inimigo perseguidor e virtualmente imparável traz certamente um constante sentimento de sufoco e desafio sendo uma ótima adição ao jogo.

Dread mantêm de maneira idêntica à fórmula antiga de Metroid, contendo mapas gigantescos, puzzles, backtracking, segredos e chefes. Contudo, mesmo sendo um deleite, ele dá umas pisadas de bola em algumas questões de backtracking, e combate. Em algumas situações o game trava o jogador de voltar, pois ele simplesmente seguiu o caminho correto sendo obrigado a dar uma volta gigantesca em algo que era só voltar alguns metros.

Embora eu adore os E.M.M.I. e os Chefes, em certos momentos são simplesmente cansativos ou difíceis. Havendo um timing de counter super preciso ou arrancando quase meio tanque de energia de armadura em um hit.

Por fim, também faço um destaque negativo ao mapa que muitas vezes acaba sendo um tanto confuso navegar por ele por ter uma HUD ultrapassada.

Gráficos e Trilha-Sonora

O game possui gráficos bonitos com boas animações e fundo animados, alternando entre o 2D e 3D durante as cutscenes e cenas de combate. Diversas vezes o fundo dos cenários se misturam com a parte em que está jogando, elevando a imersão e dando vida às instalações do planeta ZDR.

É muito legal ver as diversas ambientações que o jogo traz mesclando entre cenários industriais e tendo diversas temáticas com relação à temperatura do ambiente, trazendo desafios para adentrar nos cenários.

Contudo, mesmo possuindo gráficos bonitos o game possui um framerate instável em alguns locais, mas nada muito grande. Essas quedas são perceptíveis durante a gameplay em alguns momentos, mas de modo geral a MercurySteam fez um bom trabalho mantendo o jogo a 60 frames por segundo trazendo o jogo mais rápido e dinâmico da série até hoje.

A trilha sonora é boa, e sendo bastante parecida com os outros jogos, quieta e tensa em sua maioria, porém sempre te acompanhando e dando mais destaques em eventos e batalhas. (Principalmente nas corridas contra os E.M.M.I.)

Conclusão

Metroid Dread chega com o pé direito no Nintendo Switch se tornando um dos jogos de sucesso instantâneo no console como puderam conferir nesta análise. As novas habilidades e armas são muito bem-vindas fazendo a locomoção nesse planeta interessante e dinâmico. A ambientação é extremamente bem feita e a mescla entre parte jogável e o fundo é muito legal dando uma excelente imersão no jogo. E claro, a adição dos E.M.M.I. é super bem-vinda dando um sentimento de alerta, mesmo sendo sufocante e um pouco frustrante em alguns momentos.

Mesmo havendo umas pequenas gafes, é um game altamente recomendado para os amantes do gênero MetroidVania e para os jogadores de Nintendo Switch e sendo definitivamente uns dos melhores jogos do ano e do console. O game tem em média de 7 a 9 horas de gameplay, mas pode se expandir até 13 horas caso queira coletar todos os itens e investigar todos os segredos.

Essa análise de Metroid Dread segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Metroid Dread

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

9

Excelente

Sendo um jogo excelente em seu todo Metroid Dread consegue mostrar o melhor e o pior ao mesmo, e apesar de cometer pequenas gafes é um jogo altamente recomendado para os jogadores de Nintendo Switch.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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